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Portugal ameaçado

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É uma das conclusões de um encontro internacional que teve lugar em Fokohama, no Japão, para debater as alterações climáticas.

O risco de incêndios florestais, em particular, mega-incêndios, vão continuar a aumentar em Portugal e no sul da Europa no próximos 25 anos. Esta é uma das conclusões do paínel intergovernamental sobre alterações climáticas (IPCC), que se reúniu no Japão. Um relatório que envolveu o trabalho de milhares de cientistas e peritos, sendo considerado um documento estratégico para fundamentar as políticas climáticas à escala global e de cada um dos países
Outra das conclusões apontadas para o nosso país são os vendavais, uma tendência que tem vindo a notar-se e a ganhar fortes proporções a partir dos anos 70, devido à acumulação de combustíveis, mudanças do clima e eventos metereológicos que vão estender-se para além do nosso território em direcção à França, Espanha, Itália e Turquia.
Em termos das inundações costeiras, os alertas serão cada vez mais frequentes, tendo o grupo de analistas e peritos previsto que irão afectar até 5,5 milhões de pessoas no sul e norte da Europa, como custos directos que podem atingir os 17 milhões de euros. O turismo de verão irá sofrer algumas modificações, bem como o de inverno nas montanhas, já que o aumento das temperaturas irá provocar um dimininuição da neve das terras altas e à sul as condições de saturação e drenagem associadas às chuvas ficarão restrictas a determinados períodos de Inverno e Primavera.
Para o continente europeu os dados não são nada animadores será uma das zonas mais atingidos pelas alterações climáticas. O Norte da Europa e a zona central do Reino Unido continuarão a ser fortemente afectadas pelas cheias, atingindo mais do dobro dos actuais danos anuais. Considerando os impactos das inundações no crescimento económico, os danos causados pela subida das águas poderão aumentar 17 vezes num cenário de aumento de temperatura de 5,5 ºC.
A Europa é um fornecedor global de alimentos, por isso a segurança alimentar global será afectada pela queda na produtividade relacionada com as alterações climáticas, incluindo doenças e fungos. Isto sem falar do valor das florestas que poderá cair até várias centenas de milhares de milhões de euros, e a incidência de escaravelhos da madeira, fungos e doenças deverá aumentar. Por outro lado, as temperaturas mais quentes no mar e a acidificação dos oceanos terão impacto nas pescas e indústria do mar.
As alterações climáticas têm afectado e continuarão a afectar todos os aspectos da biodiversidade na Europa, incluindo o tempo de migração de Primavera das aves e a sua época de reprodução. Prevê-se que os habitats adequados para aves nidificantes da Europa se desloquem quase 550 km até o final do século.

Daí que o IPCC adverte que é necessária uma redução imediata das emissões de gases de efeito estufa para evitar passar o limite de aquecimento global de 2 graus Celsius, com o qual a União Europeia e todas as outras nações se comprometeram em Copenhaga. A ambição climática europeia não mudou nos últimos cinco anos e sua proposta de 40% das reduções de emissões em 2030 não é uma garantia de que vamos ficar abaixo de um aquecimento de 2 graus Celsius.

http://www.ipcc.ch/

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