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Yvette Vieira

Yvette Vieira

domingo, 10 dezembro 2023 23:18

Bem...a poesia

As tertúlias de Jorge Ribeiro de Castro encerram esta temporada no Estúdio de Criação Artística, no Fucnhal, no dia 16 de dezembro, pelas 18 horas.

Este projeto surge com o objetivo de proporcionar ao público a oportunidade de ler e recitar poemas de autores famosos e menos conhecidos. Este projeto teve origem no 'Espaço 116', onde Jorge Ribeiro de Castro é um dos quatro administradores. Para o autor, é crucial dar voz aos textos, possivelmente com uma breve introdução sobre o motivo de escolherem declamar determinado texto.

Jorge Ribeiro de Castro tem se dedicado à escrita de histórias e poesias desde os 21 anos. Desde 1996, colabora periodicamente com várias revistas amadoras, contribuindo com artigos, entrevistas a bandas, críticas de álbuns, contos e poemas. Atualmente, faz parte da 'Versus Magazine' e integra o grupo artístico 'Mad Space Invaders'.

“Bem…A Poesia” estará em exibição no dia 16 dezembro no Estúdio de Criação Artística. A entrada é livre.

segunda, 18 setembro 2023 21:55

Monitor regressa ao teatro aveirense

 

Apoio a jovens artistas da área da música tem nova edição. Um projeto artístico promovido pelo Teatro Aveirense/Câmara Municipal de Aveiro, vai ter nova edição em 2024.

A iniciativa volta a permitir que três projetos musicais em início de carreira tenham acesso a um acompanhamento de mentoria durante um ano por especialistas da Indústria Musical, com o objetivo de partilhar conhecimento aprofundado sobre a Indústria da Música, apoiar o desenvolvimento de estratégias de crescimento e fornecer ferramentas para uma boa gestão da carreira.

Depois da bem-sucedida estreia em 2021, o MONITOR vai apoiar três novos projetos musicais, um de Aveiro e dois de outras localidades do país, dando também a oportunidade de se apresentarem ao vivo no Teatro Aveirense, em setembro de 2024, e um apoio de 2.500€ para edição de um disco, fotografias promocionais ou um videoclipe.

MONITOR | Henrique Amaro entrevista MEMA. (2021)
As inscrições estarão abertas entre 1 de outubro e 15 de novembro, podendo ser realizadas através do email candidaturasmonitor2024@gmail.com e neste link podem ser encontradas as normas referentes às candidaturas.

Um projeto de superação para músicos emergentes

O projeto MONITOR consiste na mentoria de artistas a solo ou bandas em início de carreira em todos os seus aspetos estratégicos e comerciais, na área da música. A génese criativa e a execução ao vivo não serão abordadas aqui e os candidatos devem ter essa área já solidificada. Pretende-se dar ferramentas e acompanhamento a jovens artistas que sejam músicos e autores que lhes permita desenvolver uma estratégia de crescimento no atual mercado.

O acompanhamento vai passar primeiramente pela teoria relacionada com a indústria musical em Portugal (players, contratos, remunerações), o marketing musical (tradicional e digital), a comunicação, a edição de discos, a marcação de concertos e tours, os direitos de autor/publishing e os direitos conexos, seguindo-se o apoio na definição de uma estratégia para todos esses níveis do projeto em questão.

A responsável por este projeto de mentoria será Rafaela Ribas (manager e agente, sócia gerente da agência aFirma, presidente da Associação Espetáculo – agentes e produtores Portugueses, co-coordenadora do curso de Criação e Produção Musical da ETIC Lisboa e professora da unidade de A Indústria da Música na mesma instituição), contando com o apoio de 11 especialistas em várias áreas do sector cultural, sendo a mentoria adaptada ao grau de conhecimento e desenvolvimento de cada artista/projeto. A gestão, organização e produção do projeto é da responsabilidade da Teatro Aveirense/Câmara Municipal de Aveiro.

MONITOR | Henrique Amaro entrevista Bang Avenue (2021)
Esta iniciativa insere-se no Plano Estratégico para a Cultura 2019-2030 da Câmara Municipal de Aveiro, nomeadamente na ação ‘Para Além do Palco’ do Eixo 1 - Criação.

Datas

1 de Outubro a 15 de Novembro 2023: Período oficial das candidaturas
6 de Dezembro 2023: Anúncio dos projetos a apoiar.
Janeiro a Novembro 2024: Mentoria
Setembro 2024: Espetáculo no Teatro Aveirense

Um júri constituído por António Apolinário Lourenço, Carlos Albino Guerreiro e Maria de Lurdes Sampaio decidiu atribuir o Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários APE/ CM de Loulé ao livro “Independente Demente”, de Miguel Esteves Cardoso.

Na ata pode ler-se, «Miguel Esteves Cardoso inventou uma subespécie de crónicas, nas quais o humor e a autoironia são elementos estruturantes da reflexão, pessoal, social e política, sem que isso diminua o alcance e a eficácia do comentário e da sátira. Embora tenham sido publicadas há mais de trinta anos, no extinto semanário O Independente, as crónicas aqui reunidas eram inéditas em livro, e mantêm no fundamental uma inquietante atualidade e uma contagiante comicidade, dentro do consagrado princípio segundo o qual “ridendo castigat mores”».
O Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores com o patrocínio da Câmara Municipal de Loulé, destina-se a galardoar anualmente uma obra em Português, de autor português, publicada em livro e em primeira edição em Portugal, no ano de 2022. Na presente edição, o valor monetário deste galardão para o autor distinguido é de € 12.000,00.
A cerimónia de entrega do prémio decorrerá no Dia do Município de Loulé, a 18 de maio.O Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários distinguiu já os autores José Tolentino Mendonça, Rui Cardoso Martins, Mário Cláudio, Pedro Mexia, Mário de Carvalho, Lídia Jorge e José Eduardo Agualusa.

Sobre o autor
Miguel Esteves Cardoso (MEC) nasceu em Lisboa, em 1955, e quis ser escritor desde que se lembra de ler. Tem duas filhas, Sara e Tristana Esteves Cardoso, e um casamento muito feliz com Maria João Esteves Cardoso. Autor de uma obra que abarca todos os géneros, MEC foi o primeiro influenciador do país, mesmo antes de se falar em influenciadores. Há quatro décadas que traça o mais original e belo retrato de um dos mais antigos países do mundo, chamado Portugal.

domingo, 23 abril 2023 22:23

Madrepérola de capicua celebra maio

A rapper apresenta-se com vários convidados especiais, no dia 13 de Maio, no Parque Urbano de Cevadeira, em Vila Franca de Xira, pelas 21 horas e no dia 20 de Maio, no Teatro Gil Vicente, em Barcelos, pelas 22 horas.

Os singles “Madrepérola” ft. Karol Conka, “Último Mergulho” ft. Lena d’Água, “Planetário” ft. Mallu Magalhães e “Passiflora” ft. Camané, foram algumas das pérolas reveladas do novo trabalho de Capicua, antes da sua edição física e digital, serão alguns dos temas ouvidos nestes dois concertos inesquecíveis.

O álbum está repleto de colaborações surpreendentes que expandem o universo único de Capicua. Além dos nomes já citados, conta ainda com a participação de Catarina Salinas, cantando versos de Sophia de Mello Breyner Andressen em “A Minha Ilha”, com o ator Pedro Lamares em “Cartas a Jovens Poetas” e com o fadista Ricardo Ribeiro no tema “O Quadrado Perfeito”.

A rapper volta a juntar-se a Emicida e Rael , companheiros de “Língua Franca”, para o último tema do disco, “Mátria” que conta também com o rapper Rincon Sapiência.

E para celebrar, uma vez mais, a sua admiração por Sérgio Godinho, a artista resgata o tema “Parto Sem Dor”, do álbum “Campolide” de 1979, para transformá-lo num refrão cantarolado, que acompanha uma letra emocional sobre a maternidade.

Ride, Stereossauro, Virtus, Minus, Pedro Geraldes, Holly, D-One, Branko e PEDRO, são os beatmakers responsáveis pelos instrumentais de “Madrepérola”.

“O disco chama-se ‘Madrepérola’ numa clara alusão à maternidade, já que foi gravado durante e depois de uma gravidez e foi ele próprio um processo de longa gestação. Como um parto, é um disco de superação e renascimento. ‘Ostra feliz não faz pérola’ é a frase de Rubem Alves, autor e pensador brasileiro, que serve de abertura ao disco e ao seu primeiro single homónimo, precisamente porque as ostras só fazem pérola quando têm um grão de areia a incomodá-las. Vão cobrindo o grão de areia com uma baba e acabam por fazer uma pérola, numa metáfora perfeita para isto da gestão dos incómodos da vida e sua sublimação em arte e amor. A música e a maternidade têm tanto de beleza e abnegação, como de desconforto e superação. Não é por acaso que a ideia de ‘criação’ serve para a arte e para os filhos e este disco fala de tudo isso.”

PRÓXIMOS CONCERTOS

13 DE MAIO
VILA FRANCA DE XIRA
PARQUE URBANO DA CEVADEIRA - 21:00
ENTRADA LIVRE

20 DE MAIO
BARCELOS
THEATRO GIL VICENTE - 22:O0
Mais datas a anunciar em breve

A cantora brasilwira lança segundo single e antecipa a chegada do novo álbum, Errante que tem lançamento previsto para o dia 31 de março.

“Pra Lhe Dizer”, o segundo single que antecede o lançamento do novo álbum de Adriana Calcanhotto. Uma das canções inéditas de Errante, o 13º álbum de estúdio da cantora e compositora e que ganha também um videoclipe realizado por Emílio Rangel e Barbara Ohana, e que estreia no canal oficial da artista. O lançamento deste single sucede a “Horário de Verão”, o primeiro single que foi apresentado ao público em meados de janeiro.

Este tema de lançamento é uma composição de autoria de Adriana Calcanhotto, e é um xote que fala sobre o anúncio de abandono de um amor “só pra dizer que eu vou trocar de sonho/ eu vou mudar de você”. Outro verso da letra também demonstra alguma incerteza “se não me engano me enganei”. A certeza que existe é a da errância: “que o caminho é feito daquilo que se andar”.

“É uma dessas canções que inaugura, decanta, retoma e volta a inaugurar. E isso na estrada vai indo. Eu tenho uma impressão que esse ‘eu lírico’ está sobre o lombo de um animal. Acho que ela tem um negócio andante e errante. Tem os acontecimentos e ela vai. Eu acho que quem dá mais isso é o riff da guitarra do Davi Moraes que eu acho matador. Eu acho que com o riff a gente pode a chamar de canção”, afirma Adriana.

Todo o trabalho foi gravado com a banda criada por Adriana Calcanhotto (guitarra e voz) com Alberto Continentino (baixo, piano e lira), Davi Moraes (guitarra e guitarra acústica) e Domenico Lancellotti (bateria e percussão), com o apoio de Diogo Gomes, Jorge Continentino e Marlon Sette.

Tour Adriana Calcanhotto|Errante em Portugal

24.Maio | Coimbra | Convento S. Francisco

26.Maio | Lisboa | CCB

27.Maio | Estarreja | Cine Teatro

29.Maio | Ponta Delgada | Teatro Micaelense

31.Maio | Porto | Casa da Música

23. Junho | Faro | Teatro das Figuras

domingo, 26 fevereiro 2023 21:05

Lucas argel lança sabina

Este novo trabalho de Luca Argel é apresentado ao vivo no dia 23 de março de 2023 no b.Leza, em Lisboa, e no dia 26 de março no Novo Ático, no Coliseu Porto Ageas, no Porto.

O novo álbum combina sonoridades afro-brasileiras eletrificadas, que piscam olhos ao rock, ao funk e, é claro, ao samba, que Luca Argel e a sua banda já tinham virado pelo avesso em Samba de Guerrilha. Igualmente carregado de poesia e mensagens, Sabina é, contudo, o trabalho mais solar e dançante que o cantautor luso-brasileiro já concebeu até hoje. Palavras e sons são louvação e feitiço, alimento para o corpo e a mente.

Dois anos depois de apresentar “Samba de Guerrilha”, Luca Argel está de regresso às edições com “Sabina”, o quarto álbum de originais, onde recupera e homenageia a história e o mito de uma quitandeira que foi símbolo da persistência do racismo após a abolição da escravatura e exemplo da solidariedade de rua que, historicamente, o enfrentou.

Um álbum que nasce da encruzilhada onde o mito e a história se encontram, resgatando o passado como projeção de todas as lutas do presente.

“Sabina” relembra a história de uma mulher de cuja vida se sabe pouco mais além do que aconteceu num espaço de poucos dias, quando subitamente se tornou um símbolo político para depois desaparecer, e voltar como lenda. Sabina teria sido uma vendedora de laranjas num momento histórico de um Brasil recém libertado da escravatura, e às portas da queda do regime monárquico. No meio de uma disputa entre elites imperiais e republicanas, uma simples vendedora de laranjas fez esse caldo entornar pelas ruas da capital do então Império do Brasil. Assim começa esta viagem pelo tempo, seguindo o rasto de uma personagem misteriosa, cuja lenda revela muito sobre a nossa própria natureza e as engrenagens que movem as nossas sociedades.

Se em “Samba de Guerrilha” Luca resgata a história política do samba, dos seus protagonistas e do papel preponderante que desempenharam na luta contra a escravatura, o racismo, a pobreza e a ditadura militar, em “Sabina” o foco é dirigido ao “corpo encantado das ruas” e aos atores e atrizes da vida quotidiana onde a história se desenrola, constrói e disputa para lá das narrativas oficiais.

“Sabina”, como personagem e lenda das ruas, é símbolo das tensões da pós-abolição e do racismo que se lhe segue, e ao mesmo tempo um exemplo de uma solidariedade popular pouco estudada e relatada, mas que marca indelevelmente o rumo das sociedades em que vivemos. Quem narra os acontecimentos é o historiador brasileiro Luiz Antonio Simas, a quem a atriz luso-angolana Nádia Yracema, cúmplice de Luca Argel no espetáculo “Samba de Guerrilha”, empresta a sua voz.

A viagem sonora pela aventura de Sabina será editada em Vinil, CD, e plataformas digitais no dia 22 de fevereiro, complementada por uma edição em banda desenhada, ilustrada pelo artista brasileiro Allan Matias.

 

ALINHAMENTO "SABINA"

01. Bandarra
02. Aldeia
03. A Saga de Sabina
04. Bala e Estrela
05. A República
06. Sabina
07. O Emblema
08. Sangue e Pão
09. Tigres
10. Uma Passeata Repleta de Laranjas
11. Imortais
12. O Extreminador das Laranjas
13. Peça Desculpas, Senhor Presidente
14. A Carruagem do Visconde
15. Gêmeos
16. Oitis
17. Lampedusa
18. A Rua
19. Nada Pessoal

sexta, 30 dezembro 2022 16:14

Amália, dona de si

O musical sobe ao palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a 29 de janeiro de 2023, pelas 18h.

Após a estreia em 2021 no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz e depois de ter representado Portugal num festival de teatro no Brasil, apresentando-se em três palcos de São Paulo, no mês passado, é a vez de o Coliseu dos Recreios receber Amália, Dona de Si – o Musical, um espetáculo biográfico que nos leva à descoberta de uma mulher fascinante e enigmática, dos seus sonhos, medos, ansiedades, da sua vida e das escolhas artísticas.

Com encenação e dramaturgia de Jaime Monsanto e interpretação de Diogo Carvalho, Amália, Dona de Si – o Musical é uma viagem pela carreira de Amália, recordando, por exemplo, a sua forte ligação não só à cultura popular, como também a Lisboa. Num espetáculo com música ao vivo, o Diogo Carvalho surge acompanhado por Pedro Ferreira ao piano, Filipe Ferreira no contrabaixo e Ricardo Silva na guitarra portuguesa, conta ainda com a presença da Marcha do Castelo. O guião deste projeto contou com o apoio da Fundação Amália Rodrigues.

Ateneu do Porto exibe até final de Fevereiro réplicas miniaturizadas de 17 monumentos do melhor destino turístico de cidade do mundo. Coleção, que pode ser visitada espelha dedicação de um ourives joalheiro à "Invicta".

Os diferentes caminhos que nos conduzem ao Porto monumental confluem todos numa mesma direção, o n.º 44 da Rua de Passos Manuel. Morada não só do centenário Ateneu Comercial do Porto (ACP), mas também, por quase dois meses, da Estação de São Bento, da Torre dos Clérigos, do Palácio da Bolsa, da Feitoria Inglesa, da Ribeira e das pontes, e igualmente, dos Paços de Concelho, da Livraria Lello, do Café Majestic, do Marégrafo da Foz do Douro e até dos pitorescos Sanitários do Passeio Alegre.

"O Porto em miniaturas", em exibição no Ateneu, apresenta naquela que é uma das instituições mais conhecidas da cidade 17 dos seus conjuntos monumentais mais emblemáticos. Vistos pelo olhar criativo e pela minúcia manual de um só homem, Licínio Sousa. Que depois de se ter feito ourives joalheiro ao longo de uma vida, escolheu as duas décadas finais dela para espelhar dedicação a uma outra arte e à sua terra.

A metrópole que foi este ano eleita como melhor destino de cidade do mundo nos World Travel Awards é, na visão do mestre Licínio, um sítio também feito de memórias. Como se pode constatar na forma como replicou com assinalável rigor, recorrendo a fotografias antigas, o antigo edifício do Palácio de Cristal, desaparecido em 1951.

"Um vizinho carpinteiro cedia-lhe as madeiras de que precisava teca, faia, mogno, ou outras, um outro amigo ajudava-o a resolver alguns imbróglios mecânicos ou elétricos, a mulher e o filho asseguravam as pinturas. E ao cabo de meses e meses de trabalho as peças iam tomando forma. Na sua casa foi construindo um pequeno museu que fazia as maravilhas de todos quantos o visitavam", recorda Manuel de Sousa, historiador, especialista nas história do Porto.

São algumas destas peças que agora se expõem ao público. Graças ao filho do autor, que transporta igualmente o nome e o legado do progenitor.

Licínio Sousa, que começou o hobby pela sua Foz natal e depressa passou para os principais monumentos portuenses, não se ficou pela mera reprodução do aspeto exterior dos edifícios. "Em muitos casos, as maquetes incluem curiosíssimos pormenores interiores, a escadaria da Livraria Lello, a Sala da Sessões da Câmara do Porto, o hall da Estação de São Bento ou o Salão Árabe do Palácio da Bolsa, dotados de iluminação e, por vezes, até animados mecanicamente", nota Manuel de Sousa, que será cicerone nalgumas visitas guiadas nesta exposição do Ateneu Comercial do Porto.

Licínio Rocha de Sousa nasceu na Foz do Douro em 1934. Foi o terceiro de quatro filhos de um ourives e de uma dona de casa. Numa época difícil, salienta Manuel de Sousa, cedo seguiu os passos do pai e ingressou como aprendiz numa ourivesaria da Baixa do Porto. Rapidamente singrou na profissão, demonstrando uma destreza raras, que o transformou em ourives joalheiro.

"Este homem, cujo grau académico era apenas a quarta classe, aos 15 anos de idade já era oficial de primeira ordem na arte da ourivesaria. E aos setenta começou a construir miniaturas de edifícios históricos do Porto, deixando-nos um património rico na arte do bem trabalhar. Além das ferramentas que utilizava nas oficinas de ourivesaria, o Licínio teve de comprar e aprender a utilizar ferramentas com as quais construiu as peças que vão ter oportunidade de apreciar. São miniaturas feitas com carinho, arte e paciência, autênticos puzzles que demoravam muitos meses de longo e árduo trabalho", evoca Inácio Sousa, seu amigo de longa data.

Licínio, pai, já não se encontra entre nós, mas, enfatiza o amigo Inácio, "de certeza que muito gostaria de apresentar as peças que construiu e que adorava". E seguramente muitos de nós de o ouvir. Na falta, fica o espólio. E as memórias.

Os bilhetes da exposição no Ateneu Comercial do Porto, que pode ser vista de segunda-feira a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h00, têm o preço simbólico e podem ser adquiridos online, no website da instituição.

Sobre o Ateneu Comercial do Porto

Fundado em 29 de Agosto de 1869, o Ateneu Comercial do Porto nasceu como Associação de Cultura, Instrução e Recreio, resultante da fusão de outras instituições congéneres, com o propósito de promover e cimentar "relações de benevolência e boa sociedade" entre os associados, isto é, os comerciantes da cidade "Invicta".

Trata-se de uma instituição ímpar no seu género, com cariz de clube privado, que dinamiza atividades lúdicas e culturais. Identifica-se, desde a génese, com o Porto e os seus movimentos sociais, desde as suas origens de sociedade recreativa até às extravagâncias de clube burguês, não esquecendo a tradição dos bailes, saraus e tertúlias. Foi sempre um local frequentado pelas grandes personalidades das letras, artes, ciências, negócios e política da região.

Localizadas no n.º 44 da Rua de Passos Manuel, em plena Baixa, as instalações do ACP incluem salão nobre, gabinete de leitura, biblioteca, sala de sessões, sala de jogos, cafetaria, bar e restaurante. A instituição conta atualmente com cerca de 300 associados.

terça, 01 novembro 2022 19:08

Muchoflw inunda guimarães

Com alinhamento incontornável a 9ª edição, o festival de música pop e eletrónica regressa já nos próximos dias 4 e 5 de novembro à cidade de Guimarães.

Por razões externas à organização Yaya Bey e Elias Rinnenfelt não podem estar este ano no Mucho Flow (muchflow). No seu lugar entram dois artistas emergentes e incontornáveis da pop e da eletrónica, que se têm destacado pela singularidade dos universos sonoros em que se movem, Marina Herlop com a recodificação dos cânones do piano e da voz para uma linguagem futurista; e George Riley, oriundo da eletrónica britânica, que se destaca pela voz de veludo e por um RnB digitalizado.

O Muchoflw continua a dar primazia aos artistas de geografias e expressões ímpares, seguindo sempre o mote da não repetição de fórmulas. A regra de ignorar as regras mantém-se na edição de 2022 deste festival que se estende ao Centro Cultural de Vila Flor, ao Teatro Jordão, ao Centro Internacional de Artes de José de Guimarães e ao Teatro São Mamede.

PROGRAMA COMPLETO

04 Novembro
CIAJG
18h00 - Sofie Birch

Teatro Jordão
19h15 - George Riley
20h15 - Slauson Malone 1
21h15 - Marina Herlop

CC Vila Flor
22h30 - aya live av w/ sweatmother
23h30 - Kai Whiston

São Mamede
01h15 -Slikback
02h15 - Schwefelgelb
03h15 - Poly Chain
04h45 - DJ Otsoa

05 Novembro

CIAJG
17h00 - Luís Fernandes
18h15 - FAUZIA

Teatro Jordão
19h30 - Rainy Miller
20h30 - Moin
21h30 - III Considered

CC Vila Flor
22h45 - Jockstrap
23h45 - Blackhaine

São Mamede
01h30 - object blue
03h00 - Skee Mask
04h00 DJ Lynce
Blackhaine
DJ Lynce
FAUZIA
III Considered
Jockstrap
Luís Fernandes
Moin
Object blue
Rainy Miller
Skee Mask

sábado, 24 setembro 2022 10:44

Aquário

 

O primeiro livro de crónicas da rapper Capicua. Um livro ora confessional, ora poético, mas sempre insubmisso, que chega às livrarias.

Filosofia da vida quotidiana, derivas e deambulações, o estado das coisas e a ironia da existência, crónicas da pandemia e o pandemónio da maternidade.

«‘Quando vejo o cor-de-rosa parece que se referem a mim.’ A mui tatuável frase de Almada Negreiros numa das páginas d’A Invenção do Dia Claro ecoou no meu âmago para lhe dar sentido. Descreveu uma dimensão importante da minha existência e verbalizou um sentido de identificação que sequer havia realizado em consciência. Tocaram os sinos. Acendeu-se a lâmpada. É mesmo isso: quando vejo o cor-de-rosa parece que se referem a mim!» Ora confessional, ora furiosa, mas sempre perspicaz, inconformada e inteligente, além de totalmente entregue à experiência da «matrescência», Capicua dá ao leitor uma caixa de bombons em forma de livro.

Crónicas, pequenos textos, poemas e algumas letras, para rir, chorar e acenar com a cabeça em jeito de concordância –às vezes, surpreendidos por não termos reparado no mundo como Capicua faz.

Aquário é uma moldura, um recorte ou, se quisermos, uma janela para os mares interiores de Ana Matos Fernandes. Palavras fluidas, que disparam rascunhos de canções, críticas sociais, rasgos de esperança, amor e desabafos.

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