Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

domingo, 30 dezembro 2012 08:30

A esquiva abetarda


É considerada uma das espécies mais emblemáticas de Portugal.

A abetarda é a ave voadora mais pesada da Europa. Os machos da espécie otis tarda (nome cientifico) chegam a atingir os 16 quilos de peso e possuem penas muito coloridas em tons de castanho-avermelhado, branco e cinza-azulado, por contraste, as fêmeas são mais pequenas, mais leves e com uma plumagem menos vistosa para não chamar a atenção dos predadores enquanto nidificam no solo. Esta ave que deve o seu nome ao facto de ser lenta, pesada e que tarda em levantar voo, foi classificada como espécie em perigo de extinção, segundo o livro vermelho dos vertebrados de Portugal. Estimam-se apenas 1150 especímenes residentes no território nacional, fruto da alteração do solo e da morte por causas não naturais. De acordo com a sociedade portuguesa para protecção das aves (SPEA), “a intensificação agrícola é particularmente grave, devido à substituição em larga escala dos mosaicos extensivos por regadio e culturas permanentes. Também o abandono dos campos, traduzido na florestação de terras agrícolas, faz desaparecer largas áreas do habitat desta espécie. Na segunda ordem de factores, a mortalidade causada por colisão com cabos de transporte de electricidade e a caça furtiva são localmente muito negativos. Se não for invertida a tendência actual de florestação e intensificação do uso do solo no Alentejo e corrigidos os troços mais negros da rede eléctrica nacional, a curto prazo a Abetarda será levada para a extinção”.

Como já foi referido, uma das suas áreas preferidas para a nidificação destas aves “ocorre quase exclusivamente na planície alentejana, onde pode ser observada em determinadas zonas desarborizadas”. Nomeadamente, Alter do Chão, Monforte, Vila Fernando, Veiros, Campo Maior, Elvas, Évora, Mourão, Cuba/Vidigueira e Campo Branco (Castro Verde). A característica comum destas áreas é o facto de serem praticadas rotações culturais, onde a seara de sequeiro alterna com campos de pousio, essenciais para a parada nupcial dos machos. A abetarda por norma pode ser observada durante todo o ano, contudo, é uma ave muito dificil de avistar, devido ao seus caracter esquivo e timido. Um comportamento que se altera durante a parada nupcial, “à medida que o Outono se aproxima do fim, iniciam-se os comportamentos agonísticos entre machos (perseguições e exibições, que levam ao estabelecimento de hierarquias). Com o final do Inverno, os bandos começam a dispersar e os indivíduos dirigem-se a áreas específicas onde iniciam o comportamento reprodutor ou de parada (áreas de Lek)”. Após a cópula, a fêmea dispersa para os locais de nidificação, geralmente searas ou pastagens altas. O ninho é uma depressão no chão que corresponde ao corpo da fêmea. A postura varia entre 2 e 3 ovos. Após um período de incubação que varia entre 21 e 28 dias nascem os pintos. Eles são nidífugos, ou seja, pouco tempo após o nascimento abandonam o ninho e já estão prontos a seguir a progenitora” conclui.

http://life-sisao.spea.pt/pt/especies-alvo/abetarda/

domingo, 30 dezembro 2012 08:27

A caretta caretta


É uma das espécies marinhas que mais abundam nas águas portuguesas.

A tartaruga boba, ou comum é nativa das águas territoriais nacionais. Na Madeira é frequente serem avistados os especímenes juvenis, embora sejam pelágicos, ou seja, habitam exclusivamente o alto mar. Os adultos tem o hábito de visitar mais a costa, contudo, fazem longas migrações ao sabor das correntes marítimas. O acasalamento acontece no mar, perto das praias de nidificação. No atlântico, “as praias reprodutoras encontram-se somente nas costas do norte da América do Sul, do Caribe e dos EUA. Aproximadamente 90% das tartarugas da Madeira nasceram nas praias da Florida. Não há registos de nidificação nas costas europeias atlânticas, ocorrendo, no entanto, alguma desova no Mediterrâneo, especialmente na Turquia, mas também Grécia e Itália. A postura é depositada quase sempre de noite em ninhos escavados pela fêmea em solo arenoso ao abrigo da maré alta. O número varia entre os 58 a 174 ovos, podendo a mesma fêmea pôr até 7 posturas sucessivas numa época reprodutora activa, sendo cada uma delas separada por um intervalo médio de 13 dias. Em geral, elas nidificam cada 2 a 3 anos. O tempo de incubação é de 49 a 64 dias. A temperatura determina o sexo dos neonatos. A saída dos jovens do ninho acontece de noite, dirigindo-se ao mar aberto” com sublinha um estudo da secção de biologia marinha e oceanografica da Universidade da Madeira.
“As tartarugas mais pequenas capturadas nos mares da ilha têm portanto aproximadamente 1 ano de idade ou menos. A idade da maturação é estimada entre 15 a 30 anos com uma média de 920mm de comprimento de carapaça direito.  Nos juvenis, especialmente nos mais pequenos, as placas da carapaça, principalmente os escudos vertebrais têm quilhas muito marcadas alongadas em sentido caudal, ficando a carapaça com um aspecto serrado quando vista lateralmente.O dimorfismo sexual é pouco acentuado, não sendo normalmente possível a distinção dos sexos, especialmente nas especies mais jovens. Em adultos os machos têm caudas comparativamente mais longas e o plastrão ligeiramente côncavo.

A sua alimentação é bastante variada, sendo os adultos principalmente os bentónicos que comem moluscos e crustáceos. Os juvenis e subadultos pelágicos alimentam-se principalmente de alforrecas, tunicados e cefalópodes (lulas e polvos)”. A nutrição desta especie tem sido alvo de uma fortes campanhas de preservação ao longo dos anos, porque muitos destes carettas carettas (nome científico) morrem de fome no seu meio natural, porque confundem sacos plásticos e balões que são atirados ao mar com os celenterados dos quais dependem para sobreviver. Por isso, evite poluir os mares e deixe-se contagiar por estes belos exemplares marinhos.

http://www3.uma.pt/Investigacao/Tartaruga/html/body_p20-crta.htm

http://naturdata.com/Caretta-caretta-2005.htm

domingo, 30 dezembro 2012 08:22

O mundo natural português


É o primeiro parque português que integra a rede europeia a global de geopark sob os auspícios da UNESCO.

São 600 milhões de anos por descobrir numa área que abrange os 4.600 Km2 de extensão que se estendem por seis municípios portugueses. O Geopark Naturtejo da meseta meridional oferece uma serie de rotas que vão seduzir os amantes não do só da natureza, como da história e da geologia. Um legado natural que, permite a possibilidade de observar a enorme diversidade de aves, algumas das mais raras e emblemáticas em toda a península ibérica. “As Portas de Ródão servem de habitat para a maior colónia de grifos do país, são um local privilegiado para a investigação de fauna e avifauna, onde podem ser observadas 116 espécies de aves, muitas delas consideradas em vias de extinção das quais se destacam a cegonha-preta, milhafre real, abutre-preto, águia perdigueira, narceja, bufo-real, ferreirinha-serrana e papa-moscas”, como sublinha o site do naturtejo. No que se refere a flora, será ainda “frequente deparamo-nos com imponentes árvores com muitos anos de idade e com um porte que se impõe na paisagem. Algumas delas são protegidas como monumentos vivos de interesse público, através da rota das árvores monumentais. Um passeio a não perder, nem que seja pela magnificiência da paisagem que rodeia o visitante.

Outra das atracções referenciadas é “a história milenar desta região. As ruínas da Civitas Egitania em Idanha-a-Velha, as estações paleolíticas e a Arte Rupestre do Tejo, bem como as regiões megalíticas de Nisa e Rosmaninhal constituem pólos de relevante interesse arqueológico. As práticas ancestrais, testemunhos vivos das múltiplas singularidades da cultura raiana, têm fortes raízes na paisagem. O estatuto de "aldeia mais portuguesa de Portugal", conferido a Monsanto, e as aldeias de xisto, espalhadas pelo Geopark Naturtejo, são símbolos desta riqueza etnográfica  muito bem preservada” refere ainda. Alguns itenerários abrangem ainda percursos pedrestes com passagens por um  “conjunto de elementos geológicos de elevado valor científico, educativo e cultural, que permitem contar a história da terra. No Geopark naturtejo são inúmeras as ocorrências de património geológico que se distinguem em rochas, fósseis, paisagens, formas e minas” como conclui.

http://www.naturtejo.com/

domingo, 30 dezembro 2012 08:17

As beldades


Venha conhecer as três espécies mais raras de flores selvagens da ilha.

A ilha da Madeira ser apelidada de um jardim, não de Jardim e não é por acaso, na sua fauna endémica existem três especímenes florais que mancham de cor a paisagem da floresta laurissilva de forma indelevelmente marcante. A orquídea da serra, é uma planta herbácea rara de avistar, mas difícil de ignorar, pela sua cor ofuscante e voluptuosa parece um novelo rosa-pupúrea. Esta “espécie endémica da Madeira vive em lugares preferencialmente húmidos, entre os 500 e os 1100 m e podem ser observadas no Ribeiro Frio e no sítio das Ginjas, em São Vicente. É uma flor selvagem que pode atingir entre os 20 e os 80 cm de altura, de caule erecto, folhas longas e inflorescência cónica”, conforme citação da Madeira natura.  A isoplexis, nome vulgar e pouco imaginativo para dizer o mínimo, é também uma especie vegetal esquiva, sendo avistada em algumas ravinas e escarpas da ilha, a partir dos 600 aos 1000 metros de altitude. É um herbáceo que chama logo a atenção pelas suas flores alaranjadas, embora prefira locais sombrios para florescer. Por último, a estreleira, parece uma malmequer, mas não é. Ao contrário das outras espécies endémicas, esta herbácea prefere as escarpas da ponto mais este da ilha, a ponta de São Lourenço, tornando-a de certa forma quase inacessível ao olhar e mais visível do mar, pelo obvio contraste do árido rochedo pontuado com montículos verdes cravados de pequenas flores branca, entre os meses de Maio e Junho.

http://www.madeiranature.com/index/cms/page/-/page/nature_flora_endemic_indigenous/lang/pt

domingo, 30 dezembro 2012 08:12

A mais famosa serpente de portugal


A víbora-cornuda foi recentemente uma das estrelas de um documentário produzido pelo National Geographic.

É um das poucas serpentes em Portugal cuja mordedura para além de extremamente dolorosa, pode ser tóxica, mas não ao ponto de ser fatal se tivermos cuidado. “A víbora-cornuda é uma das duas espécies de víboras existentes no nosso país. Contrariamente à vibora-de-Seoane, que tem uma distribuição muito localizada , espeficiamente na zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês, este especimén encontra-se distribuída por todo o território, embora em populações dispersas e isoladas, associadas sobretudo a zonas montanhosas e com baixo grau de ocupação humana”, como refere o biólogo Libério Sobreira, num artigo na página oficial da Quercus.

“O seu nome vem do facto de possuir um apêndice nasal revirado para cima e a sua identificação é relativamente fácil atendendo a esta característica e ao facto de se distinguir de outras serpentes por ter uma pupila vertical. Sendo réptil, é normal que a sua actividade e comportamento sejam afectados por padrões de variação, quer diárias quer anuais de temperatura. É essencialmente uma serpente diurna e normalmente hiberna, embora possa ter uma actividade nocturna em meses de mais calor e de não hibernar em zonas com Invernos mais suaves.

Em Portugal, o conhecimento desta espécie ainda é insuficiente e por isso foi colocada com um estatuto indeterminado, pensando-se que esteja ameaçada em maior ou menor grau, devido ao facto de estudos efectuados revelarem que as suas populações estão a sofrer um declínio acentuado.
Este decréscimo deve-se sobretudo à acção humana e é consequência de uma perturbação cada vez mais acentuada do seu habitat, por incêndios florestais e por morte deliberada, quer para comércio e coleccionismo quer por lhe estar associada uma imagem maléfica.
É uma espécie estritamente protegida, fazendo parte do anexo II da Convenção de Berna e sua captura, morte e comércio estão proibidos”.

http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=616&articleID=1602

domingo, 30 dezembro 2012 08:09

O voo do francelho


É uma subespécie da macaronésia que habita na Madeira e nas Canárias.

O falco tinnunculus canariensis é uma das aves de rapinas mais comuns da Madeira e Canárias. É uma subespécie dos falcões peneireiros que se encontram ameaçados no território nacional, embora tal não acontece na ilha. O francelho, designação comum, é uma das espécies mais bem adaptadas ao seu meio ambiente, de tal forma, que já é considerada uma ave urbana na região. Estima-se segundo dados veiculados, pela madeira natura, que “existem 10,000 indivíduos que nidificam na ilha e a sua área de ocorrência é extensa. É o espécimen mais pequeno da região. Possui ainda uma grande capacidade de peneirar durante largos períodos, isto é, pairar durante um largo período de tempo no mesmo sítio, comportamento que os ajuda a localizar a presa ”. É possível avista-los nas zonas altas da ilha, nas periferias dos centros urbanos, nas zonas de cultivo e em falésias. Em grande medida, o sucesso da sua reprodução muito se deve a sua capacidade de adaptação ao meio e ao facto de ser considerada pelos agricultores madeirenses como uma benesse que os ajuda na desratização dos terrenos.

Na cabeça apresenta uma cor mais acinzentada, o corpo é mais acastanhando com uma espécie de riscas pretas as penas de voo são mais escuras. Tem uma cauda longa e as asas em forma de foice, permitindo um voo rápido e ágil.  É também um pássaro que faz muito barulho, com uma espécie de sons muitos agudos e rápidos, é um pio que parece ecoar e que por norma faz quando se “confronta” com outras aves de rapina que habitam na ilha.  Por norma, nifica em ninhos abandonados por outras aves e as fêmeas põem 4 a 5 ovos que  são incubadas durante 28 dias até a sua exclusão.

http://www.madeiranature.com/

domingo, 30 dezembro 2012 08:02

A iberia do sul


A Almargem e outras associações ambientais do nosso país e de Espanha pretendem a criação de um novo parque natural internacional.

O estuário do rio Guadiana é considerada uma das áreas ideias para a criação de um novo parque natural internacional. Este projecto transfronteiriço resulta da partilha de várias áreas protegidas em ambas as margens deste passadiço fluvial partilhadas por Portugal e Espanha. Uma proposta que os movimentos ecologistas e naturalistas de ambos os lados da fronteira têm vindo a desenvolver em conjunto com vista à criação do Parque Natural Internacional do Baixo /Bajo Guadiana. Um projecto que responde à necessidade em dotar estes espaços protegidos de uma gestão integrada que permita a preservação deste importante património natural e cultural e o defenda das crescentes ameaças que pairam sobre estas zonas. Nomeadamente, uma urbanização crescente e insustentável, poluição e grandes infraestruturas hidráulicas.

“A proposta portuguesa para a rede natura 2000, prevê uma superfície de 39.527 hectares que abrange a embocadura da Ribeira de Beliche até alguns quilómetros abaixo da Barragem de Alqueva, assim como a dos seus afluentes Ribeira doVascão e de Oeiras. No concelho de Mértola inclui parte do Parque Natural do Vale do Guadiana. Com uma altitude máxima de 370 m, um espaço que é constituído por escarpas e vertentes rochosas,com cursos de água de caudal irregular e torrencial.

Nos sapais e ribeiras meridionais, os limites do Sitio chegam a afastar-se do eixo fluvial mais de 7km, embora em geral se situem a 3 ou 4 kms. Já no Alentejo, a largura deste espaço natural é menor, ainda que com excepções, como na zona limítrofe entre os concelhos de Mértola e Serpa. A necessidade de proteger esta zona fundamenta-se essencialmente através da presença de espécies piscícolas migradoras, entre elas o esturjão, sendo o Guadiana o único rio português onde ainda ocorre esta espécie, o saramugo e outros peixes endémicos, o cágado-europeu e e cágado mediterrânico,

para além de formações vegetais terrestres muito bem conservadas. Entre as ameaças que afectam este espaço, podem citar-se os baixos caudais em períodos de estiagem, a poluição hídrica com origem humana e em actividades agrícolas, a construção de grandes obras hidráulicas, a extracção de inertes, o pastoreio excessivo e a captura ilegal de espécies.

A Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António incluí 2.312 ha de sapais, salinas, matos, zonas florestadas e agrícolas, trata-se de um espaço protegido de reconhecida importância, devido à função que exerce como maternidade natural de variadas espécies de peixes e como lugar de migração, invernada e nidificação de muitas espécies de aves” como sublinha a proposta preliminar. A discussão pública deste projecto tem sido promovida pelas várias associações ambientais junto da população de ambos os países com vista a sua divulgação de uma forma ampla e cívica.

http://www.almargem.org/

domingo, 30 dezembro 2012 07:59

A lagartixa da Madeira


É uma das espécies mais descriminadas pela população local.

A lacerta degusii, (designação científica), mais conhecida por lagartixa, é uma espécie endémica da ilha da Madeira. Trata-se de um espécimen que existe em grande abundância no território, muito derivado a falta de predadores naturais e a sua grande capacidade de adaptabilidade as alterações do seu habitat. Embora, sejam essencialmente insectívoros e se alimentem de bagas silvestres, este réptil aproveita para a sua dieta os restos de comida das lixeiras urbanas, frutos e vegetais de cultivo, sendo considerados por esse efeito pela população geral, uma praga. A sua maleabilidade ao meio é de tal modo eficiente, que este pequeno animal pode ser avistado na montanha, na costa e nas cidades. Embora, seja originário do arquipélago, não reúne a simpatia dos locais, é talvez o animal mais detestado em todo o território. A sua falta de beleza natural, também contribui para o efeito.

Trata-se de um lagarto que pode atingir os 20 cm de comprimento, apesar dos adultos terem, normalmente, entre 10 a 15 cm. A sua cor pode variar entre o castanho claro ao cinzento escuro, com alguns exemplares (normalmente machos) a poderem apresentar cores iridescentes, como o verde, azul e violeta. Os machos podem ser facilmente distinguidos das fêmeas devido à presença de uma prega nupcial de cor amarela na parte inferior da suas patas traseiras. Preferem, por norma, os locais mais escuros e altos para porem os ovos.Como todos os lacertídeos, possui a capacidade de destacar a sua cauda se se sentir em perigo, servindo o rabo solto, que se contorce energicamente, de distracção para os predadores, permitindo a fuga do animal. A cauda volta a crescer novamente, ocorrendo por vezes o fenómeno de um destes animais acabar por possuir duas caudas, quando a cauda antiga não é completamente seccionada.

domingo, 30 dezembro 2012 07:53

A adrenalina começa


Uma das formas de apreciar algumas das belezas naturais do Minho é através dos desportos radicais. Venha conhecer o rio Paiva.

O Rio Paiva é o melhor local para a prática de rafting pelas suas águas bravas e o cenário envolvente. Segundo o site, descubra Portugal, “a partir do final do mês de Outubro, com as primeiras chuvas a voltar em força, é a altura ideal para se fazer ao caminho. São várias as empresas de animação turística que operam neste rio. Escolha uma e prepare esta pequena aventura. Prove estar à altura dos homens do norte, fazendo frente a este rio, um dos mais arrojados do país.  Caracterizado pelas suas encostas íngremes, ao mesmo tempo belas e um pouco assustadoras para os principiantes, este endiabrado curso de água leva-nos por um percurso acidentado a uma velocidade alucinante, por entre rochas, quedas de água e curvas apertadas. Gosta de montanhas russas? Ora aqui está uma boa alternativa a estas, mas num cenário idílico, em plena comunhão com a natureza!”.

Este curso de água, é um dos afluentes do rio Douro, com 108 km de extensão, que percorre nove concelhos portugueses. Para além de ser ideal para a prática de desportos radicais, foi considerado um dos rios menos poluídos da Europa, onde ainda hoje ocorre a desova das trutas. Este ecositema natural sofre a ameaça da pressão humana e da plantação de espécies arbícolas invasoras, contudo, as populações locais muito atentas a  preservação deste património natural, tem criado diversas iniciativas em sua defesa e conservação.

http://www.descubraportugal.pt/edicoes/tdp/registo.asp?idcat=24&id=364&tipo=a&o=t

http://www.riopaiva.org/

domingo, 30 dezembro 2012 07:49

Japoneira ou cameleira?


É uma das árvores mais belas que povoam os nossos jardins. São um dos maiores amores botânicos (se é que posso dizer isto) dos portugueses, desde o tempo das descobertas.

A árvore das camélias tem origem no sudoeste do continente asiático. O Japão ao igual que o nosso país tem um culto ancestral por esta planta, bem se calhar um pouco maior que o nosso para ser franca, porque há registos da existência das suas flores em ornamentos decorativos, na tradição do ikebana e na cerimónia do chá. Uma paixão de proveniência chinesa, outro povo grande admirador desta planta desde a dinastia Tang.

A introdução das cameleiras na Europa ainda está envolta num certo mistério, mas o mais certo é que foi trazida pelos portugueses, nos primórdios do contacto comercial com o continente asiático, no período das descobertas. O que faz sentido. Afinal, fomos os primeiros ocidentais a chegar ao Japão. Daí um dos nomes para este espécimen botânico. Japoneira.

A segunda designação é uma homenagem ao jesuíta Georg Kamel, pelo cientista sueco Carl von Linné. O kapa desaparece, porque não faz parte da escrita latina e surge o cê para camélia. Curioso é como num território tão pequeno, a mesma árvore, é apelidada de forma distinta. No Norte de Portugal e ilhas é apelidada de japoneira, devido a origem no país do sol nascente, no sul é cameleiras. Engraçado, não? Contudo, seja qual for a sua verdadeira proveniência desta planta, um facto não se altera, está arvore maravilhosamente profusa de cor, faz parte da maioria dos jardins portugueses. É muito decorativa e tem uma belíssima sombra. Embora, prefira solos ácidos mais profícuos no Norte do país. Daí que se podem admirar diversas variedades deste espécimen botânico em vários dos espaços verdes públicos e jardins privados. O amor é tanto, que existe mesmo um festival internacional das camélias, em Celorico de Bastos. É o ex-líbris desta cidade nortenha que decorre no mês de Março. Um período perfeito para vê-las em flor. Não fossem elas japoneiras. Prefiro assim, soa melhor.

http://www.eventoclick.pt/eventos-pt/empresariais/festa-das-camelias-um-evento-flores-r.html

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