É um filme de 2004 do realizador Fernando Fragata.
Um dos motivos pelo qual escolhi este filme prende-se com uma certa nostalgia do tempo em que havia cinema português a ser produzido em Portugal. Não estou a ser irónica apenas constato um facto, infelizmente. Mas, vamos então ao que interessa, trata-se de uma longa-metragem de enganos, em que nem tudo é o que parece e quando achámos que já percebemos tudo, surge uma nova variante à história. Parece confuso e é em parte. Existem certas passagens deste "sorte nula" que suscitam algumas dúvidas, por exemplo, afinal quantos amantes tem a Susana? E como é que ela sabe quem é o pai da criança? Contudo, para conseguir compreender este mistério e outros mais basta estar atento, o argumento é inteligente, a montagem é muito boa, porque confere uma grande dinâmica ao filme e a equipa de actores cumpre o seu papel de forma competente. Não diria que é brilhante, é um daqueles filmes óptimos para o verão, diverte e é uma grande oportunidade para rever um grande actor ainda que brevemente, o António Feio. Devo acrescentar que um dos aspectos mais positivos desta longa-metragem, ao meu ver, é a banda sonora, gostei imenso da faixa inicial do Gil Semedo intitulada "lembra tempo" e claro, o tema dos Xutos&Pontapés, que dá o título ao filme e que só bem abrilhantar ainda mais este "sorte nula". Bom cinema.