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O sexo e o sapato

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O calçado é o reflexo da evolução do homem, mas mais que isso é um ícone para as mulheres.

A história do sapato teve inicio há 10 mil anos quando o homem sentiu a necessidade de andar erecto e deambular pelo planeta. E devido a essa urgência meramente física, porque como sabem andar descalço dói como o raio, foi necessário criar uma protecção eficiente para os pés para poder caminhar longas distâncias de forma cómoda e que permitisse manter a temperatura corporal! As primeiras sandálias foram feitas com a pele dos animais que caçavam.

Na antiguidade porém, para além da sua função de protecção, o sapato ganhou uma outra dimensão que era ser o reflexo de um estatuto social. Os Egípcios, por exemplo, apenas permitiam o uso de sandálias à nobreza e só o Faraó podia usar tiras feitas em ouro. Os romanos distinguiam os vários escalões senhoriais pela cor das sandálias, os cônsules eram brancos e os senadores marrons com quatro tiras pretas. Foram os gregos, sim mais uma vez, que criaram a moda para sapatos. Nunca ouviram falar na expressão menta sã em corpo são, pois é, a beleza tinha um papel preponderante na sociedade mais desenvolvida da sua era, daí que os gregos usavam sandálias de várias cores, pelo prazer sensorial de olhar para algo belo mesmo que fosse apenas feito para andar.

Na idade média, a forma do sapato obteve a sua conotação sexual, as biqueiras mais precisamente, quanto maior fosse o tamanho, maior era o órgão sexual masculino, um privilegio que como é evidente só era acessível aos Reis. Não se tratou contudo de uma evolução sem fundamento, numa época assolada pela peste negra, era necessário garantir a fertilidade, ou pelo menos ostensivamente demonstra-la à sociedade. Mas, também houve o reverso da medalha, em Itália, as venezianas usavam tamancos altíssimos e muito elaborados que as impediam de andar sozinhas pelas ruas, uma vez que necessitavam de apoio e isso era uma forma camuflada dos maridos vigiarem as esposas. No Oriente, como sabem durante séculos, as raparigas chinesas de tenra idade eram obrigadas a enfaixar os seus pés, um processo doloroso que as acompanhava ao longo de toda a vida, para evitar que eles crescessem. Um comportamento atroz, que era aceite na sociedade da altura como estético, mas que no fundo apenas tinha como objectivo confinar as mulheres ao espaço do lar.

Mas, é em França que o sapato ganha dimensão de ícone sexual para as mulheres, já que aparece o primeiro salto, pequeno é certo, nos pés da infeliz Maria Antonieta. E é aí que se dá a viragem. O sapato sempre foi para a mulher uma extensão da sua feminilidade, com mais ênfase a partir do momento em que começamos a usar saias. E os saltos altos ainda fortalecem mais esse poder sexual que as mulheres desfrutam com grande deleite. Uns finíssimos agulhas reforçam o ondular das ancas, realçam as barrigas das pernas e mais importante fazem-nos sentir maravilhosas. Muito femininas. As mulheres e os seus sapatos são um assunto sempre em voga e que não deve ser referido de ânimo leve. Lembram-se da Carrie, do Sexo e da Cidade? Ela pediu ao Big um grande armário para os seus Manolos! As mulheres não brincam em serviço quando se trata de sapatos. E até a minoria pode afirmar que é um exagero, que preferem andar com um calçado mais confortável, do que sofrer durante horas. Até aceito, mas isso só é verdade para aquelas que não encontraram o tacão certo! Não há nada mais sexy do que uns sapatos de salto alto, meninas. E não precisam de ser uns Luís Onofre, bastam que tenham aquela altura limite dos 18 cm e sejam lindos, provocando os uaus de prazer que só nós sabemos. Não há nada mais reconfortante do que comprar uns sapatos novos, levanta sempre a moral de qualquer uma, por mais baratos, ou caros que sejam. E é consensual os sapatos são os itens mais democráticos do nosso armário. Baixa, alta, gorda ou magra todas podemos usa-los e ficam sempre bem no pé. Verdade?

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