O Mosteiro de Santa Maria Maceira Dão (MSMMD), será reaberto no dia 16 de Dezembro, pelas 11.30, em Magualde, concelho de Viseu. A edificação religiosa foi alvo de obras de reabilitação e estabilização, promovidas pela Direção Regional de Cultura do Centro e financiadas no âmbito do Programa Operacional Regional Centro 2020.
O Monumento nacional estava em muito mau estado estructural, basicamente uma ruína, que necessitava de uma intervenção urgente, que embora tivesse tido inicio no ano de 2019, teve de ser adiada por causa da pandemia do Covid-19.
A candidatura foi aprovada considerando um valor total de 500.000,00€, com um apoio de 425.000,00€, sendo a contrapartida nacional assumida pelos proprietários.
A reabilitação do Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão integrou o conjunto de 7 candidaturas que a DRCC viu aprovadas no contexto do Programa Operacional Regional do Centro 2020, com um investimento total de aproximadamente 4 milhões de euros.
A reabilitação e estabilização do MSMMD garantiu de condições de segurança
necessarias a visitação do monumento. O projeto desenvolvido partiu da necessidade de suster a ruína, centrando-se na igreja que foi alvo de uma intervenção estrutural com substituição do revestimento em telha e respetiva estrutura de suporte, ações de conservação e restauro de elementos pétreos, recuperação e consolidação de alvenarias e abóbadas e instalação de caixilharias. Foram ainda consideradas ações de travamento estrutural no tardoz da capela-mor.
Esta operação permitirá a concretização de dois objetivos estratégicos: a interpretação cultural, histórica e arquitetónica do lugar através da criação de uma exposição de longa duração, em organização, e a inserção deste monumento nos roteiros culturais nacionais e internacionais, nomeadamente nos circuitos de visita associados à Ordem de Cister.
Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão
A fundação do deste monumento religioso está atribuída a D. Soeiro Teodoniz, dentro da Regra Beneditina. Crê-se que o cenóbio foi instalado no ano de 1168. A partir de 1188 adota a Regra de Cister, sob dependência dos abades de Alcobaça. Coevo à fundação da nacionalidade, foi desde logo beneficiado e privilegiado por D. Afonso Henriques. Dos primórdios da fundação há ainda visível o volume constituído pela torre do século XII. A partir do século XVII são realizadas profundas alterações com a construção do claustro e da fachada, conforme se constata pela epígrafe 1613 exibida na portaria. Desta época, datam o claustro, a sala do capítulo, o refeitório, a cozinha, a adega e outras dependências, ficando as celas situadas no piso superior, bem como o quarto do Dom Abade, a biblioteca e a enfermaria. A igreja de nave elíptica data da década de 1740, tendo ficado concluída em 1779. Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, o mosteiro foi abandonado e o seu património móvel e integrado disperso.