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Um olhar sobre o teatro

Written by  mafalda simões fts direitos reservados

 

O Auditório do Ramo Grande, na Praia da Vitória, nos Açores, assinala o Dia Mundial do Teatro com um ciclo de cinema com os documentários de Eduardo Breda.

 

- Documentário "O Retrato" - exibido a 26 de Março (sexta-feira), às 21h00.


- Documentário "Boa Alma" - exibido a 27 de Março (sábado) às 21h00.


- Documentário "Caos Danado" - exibido a 28 de Março (domingo), pelas 18h00.

Após a sessão de cinema de sábado, dia 27, em que será exibido o filme "Boa Alma", e de forma a se promover uma reflexão sobre a arte do teatro, terá lugar uma conversa com Eduardo Breda, Sandra Faleiro, Ricardo Neves-Neves e Cristina Carvalhal, que participarão através da plataforma Zoom. Na plateia do Auditório do Ramo Grande estará Álamo d´Oliveira, poeta, escritor, ator e encenador terceirense que participará na reflexão conjunta.

Proskénion
Um filme de Eduardo Breda com Fernando Ribeiro
vozes desencarnadas João Reis, Sara Barradas
Banda Sonora
Noiserv
colaboração
Teatro Nacional D.Maria II, Teatro Nacional S.João,
Associação Nome Próprio;
estudio de som
Tuff.studios
Residência de escrita
Quinta do Chaínho
um filme de Eduardo Breda com Fernando Ribeiro
vozes desencarnadas João Reis, Sara Barradas
Banda Sonora
Noiserv
colaboração
Teatro Nacional D.Maria II, Teatro Nacional S.João,
Associação Nome Próprio;
estudio de som
Tuff.studios
Residência de escrita
Quinta do Chaínho


Durante 2021, acompanhará o trabalho do cenógrafo Fernando Ribeiro. O documentário terá música original de Noiserv. Fernando, num mundo globalizado e em constante transformação, ocupa o seu tempo a desenhar outros lugares e a construir a cenografia para vários espectáculos. O seu imaginário aproxima-nos desta arte que (des)codifica as palavras, traduz o indizível. Mas além do Fernando, uma voz faz-se ouvir e interrompe o quotidiano. Uma voz que fala sobre o que vê, o que ouve e o que sente. 
Proskénion, termo que define o espaço que está entre o palco e a plateia, vem destacar a dualidade do argumento que foi concebido para habitar a relação de proximidade com o espectador, dando recorte ao lugar que existe entre a ficção e a realidade.
Em 1967, Jorge Luis Borges afirma numa entrevista que as suas ficções podem ser consideradas híbridos resultantes de um cruzamento entre formas do conto e do ensaio. Um ano mais tarde, Weber escreve sobre Borges, desvendando esta complexa articulação entre a ficção e a realidade: “Se Borges mostra que as distinções entre o mundo ficcional e o nosso próprio mundo “real” são duvidosas, precárias ou não existentes, pode afirmar-se que as histórias não só criam um reino imaginário como também constituem comentários às formas possíveis de conhecer e representar o mundo em que vivemos” (Weber 1968).
Não deixa de ser curioso que a analogia entre “ficção” e “sonho” possa ser motivada por ambas serem desprovidas de materialidade. No entanto, pertencem à experiência do ser humano, à sua existência num gesto de consciência sobre o real.
Neste filme, Fernando Ribeiro, o nosso protagonista, é um cenógrafo de profissão. Alguém que ausculta a realidade e que reage artisticamente. Alguém que provoca e questiona; um artista que procura estabelecer um elo de ligação entre estas duas linguagens, através de vários códigos plásticos, criando novos significados da realidade. Alguém que traduz o presente e que, através de uma linguagem ligada ao mundo sensível e abstrato, nos convida a criar uma intimidade, estabelecendo uma relação entre o espectador e o objecto artístico.

 

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