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Autarquias mais urbanizadas registam mais queixas

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Entre 1 de outubro de 2017 e 31 de julho de 2021, o Portal da Queixa (PQ) recebeu um total de 6988 queixas, um crescimento de 392% em comparação com o período homólogo do mandato anterior. De 1 de outubro de 2013 até 31 de julho de 2017, foram registadas na maior rede social de consumidores de Portugal apenas 1419 reclamações.

Com o mote das eleições Autárquicas à porta, o PQ realizou um estudo para apurar os principais problemas e preocupações, de foro municipal, que mais inquietaram os portugueses durante o mandato que agora termina (2017 – 2021). Foi registado um aumento de 392% do número total de reclamações dirigidas às entidades autárquicas, em comparação com o período homólogo do mandato anterior.

Os principais motivos de reclamação dos munícipes estão relacionados com Infraestruturas, Serviços e Ambiente, revela uma análise focada nas queixas dirigidas às 18 Câmaras Municipais das capitais de distrito do país. Entre 1 de outubro de 2017 e 31 de julho de 2021, o site recebeu um total de 6988 queixas, um crescimento de 392% em comparação com o período homólogo do mandato anterior. De 1 de outubro de 2013 até 31 de julho de 2017, foram registadas na maior rede social de consumidores de Portugal apenas 1419 reclamações.

O estudo às 18 câmaras municipais, capitais de distrito, permitiu concluir que Lisboa (1496), Porto (407) e Braga (191) foram, neste mandato que agora termina, as autarquias que receberam, no Portal da Queixa, o maior volume de reclamações por parte dos seus munícipes, um resultado que está relacionado com o facto de pertencerem às zonas mais urbanizadas do país e àquelas que apresentam uma maior densidade populacional.

Por outro lado, as autarquias de Portalegre (10), Bragança (7) e Guarda (5) são as que menos reclamações têm registadas no PQ. No estudo, evidencia-se a Câmara Municipal de Vila Real concelho que, ao longo do mandato atual, não registou uma única reclamação. Na análise efetuada, o indicador de variação, do crescimento entre os períodos dos dois mandatos, aponta percentagens significativas de subida das reclamações nos municípios de Viana de Castelo (1300%), em Beja (1000%) e Faro (825%).

Relativamente ao parâmetro Índice de Satisfação, a pontuação atribuída a cada entidade no PQ, são cinco as autarquias que demonstram uma maior preocupação em responder e resolver os problemas reportados pelos seus munícipes. Com as melhores pontuações destacam-se as câmaras de Lisboa, Faro, Braga, Leiria e Setúbal.


De que reclamaram os munícipes neste mandato?

De acordo com o estudo, analisando as cinco Câmaras Municipais com maior número reclamações de Lisboa, Porto, Braga, Coimbra e Viseu, e que representam 88% do total de reclamações dirigidas às 18 autarquias analisadas, conclui-se que os principais motivos de reclamação dos munícipes estão relacionados com Infraestruturas. Nomeadamente, obras públicas, reparações, iluminação das ruas e problemas de sinalização. Os problemas com os serviços dos municípios também foram abrangidos pelas queixas, de destacar, a falta de resposta e mau atendimento. Quanto as reclamações num departamento específico, neste caso o ambiente, as queixas incidem sobre a manutenção e cuidado de espaços verdes, recolha do lixo, limpeza de espaços públicos e pragas. As licenças camarárias, fiscalizações, multas, problemas de estacionamento e queixas de ruído foram também alvo de descontentamento. Registaram também queixas com com habitação particular, concursos públicos de habitação, e ainda saúde pública, em relação a segurança e saúde pública.

Outras conclusões do estudo

As reclamações efetuadas no PQ, entre 2017 e 2021, aumentam em função do grau de urbanização e do poder de compra do concelho, tal como em função do nível de instrução dos seus habitantes, ou seja, aumentam em função do grau de desenvolvimento das populações. As reclamações diminuem, por outro lado, nos concelhos onde a % percentagem de população sem o ensino secundário é maior, ou seja, diminuem nos concelhos onde há menos instrução. O Portal da Queixa também verificou que as reclamações aumentam nos concelhos onde há mais população residente, com mais natalidade que é mais frequente nas zonas mais urbanas. O poder de compra e a densidade populacional é maior e ainda, a população empregada no setor terciário verifica-se em grande número.

"Este estudo revela a existência de uma correlação positiva entre a variável em estudo com a caracterização sociodemográfica dos próprios concelhos analisados, evidenciando-se ainda que, a reclamação do consumidor/munícipe realça, de forma muito clara, uma atitude moderna, de maturidade civilizacional e de consciência cívica, atestando o impacto social da nossa plataforma num ecossistema do consumo justo e equilibrado e na literacia digital no seio da sociedade portuguesa.", sublinha Pedro Lourenço, CEO & Founder do Portal da Queixa by Consumers Trust.

Recorde-se que, o PQ desenvolveu em 2019, um projeto de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) que visa estabelecer protocolos de colaboração com várias entidades de gestão pública. O objetivo é possibilitar aos organismos estatais o acesso gratuito a um conjunto de serviços e condições especiais através da sua plataforma. De referir que, já aderiram a este projeto de RSE nove Câmaras Municipais do país. O intuito da parceria é melhorar a performance da autarquia na gestão de reclamações e na agilização da comunicação com os seus munícipes.

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