Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

segunda, 21 março 2011 00:00

Rasganço

 

Um filme de Raquel Freire que têm como cenário de fundo o mundo académico de Coimbra, dos seus encantos e desencantos.

Já dizia a música, Coimbra tem mais encantos na hora da despedida e com esse ritual do fim do curso que começa a história de Edgar que acaba de chegar a cidade e começa a desvendar as regras que regem os estudantes e a academia. Coimbra é uma das personagens como a própria diz: Eu não sou só uma cidade. Sou uma estufa. Uma reserva natural para estudantes, onde eles vivem em plena liberdade. Sou uma espécie de doce, entre a adolescência e a idade adulta. Mas só para os que puderam estudar. Os melhores. Eles sabem que são uma elite. Uma manhã de Janeiro chegou um homem. Apaixonou-se por mim e pelas minhas mulheres.Tolo, não percebeu que EU não sou para quem quer, mas para quem pode; e que o amor não abre as minhas velhas portas.


Para aqueles que não conhecem o mundo académico, posso esclarecer que há regras para entrar, estar e sair. E é essa essência do filme, as leis implícitas de uma forma de vida estranha para alguns, elitista para outros, analisada sob óptica do Edgar, que está do lado de fora. Não é doutor, nem engenheiro e ao longo da sua "educação" apaixona-se e desapaixona-se ao ponto do ter asco deste mundo que lhe é mostrado por três mulheres completamente diferentes na sua maneira de estar e de viver a academia. No meio há um crime que não vou deslindar, têm de ver. Paciência.

Desta longa-metragem do que mais gosto é da fotografia porque as imagens são de uma grande beleza estética. Reconhecemos todos os recantos românticos, as ruelas obscuras e as batas dos estudantes cirandando pela cidade. O som é um dos problemas mais incompreensíveis do cinema, está sempre num tom mais abaixo do que habitual, não percebo! Alguém há-de explicar este fenómeno misterioso que ataca muitos dos filmes portugueses.

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