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O periplo dos cavaquinhos

Escrito por  yvette vieira fts Bárbara Fernandes

 

Este projecto artístico é promovido pela Associação do Cavaquinho com vista a promover o interesse e divulgação por este instrumento tradicional nacional e a sua divulgação. São 70 artistas plásticos para 70 cavaquinhos que estão em permanente tournée pelo país.

O que esteve na origem desta exposição do cavaquinho e o convite a vários artistas plásticos ao nível nacional.
Júlio Pereira: Como quase tudo começa com uma ideia, que às vezes achámos que pode ter graça ou não, a verdade é que começou e foi sempre bem-vinda quer pelos construtores de cavaquinhos, quer pelos artistas plásticos e a maneira como tem sido recebida pelo público. Cada vez mais recebemos convites para se realizarem em várias cidades e sobretudo porque vai alertando as pessoas para a questão do cavaquinho. A Associação do Cavaquinho esta a fazer de tudo para investigar tudo com a práctica deste instrumento quer ao nível dos construtores, quer ao nível dos tocadores e locais de ensino. Tudo o que fazemos é um trabalho de bastidores, as pessoas não sabem, nem vêem o que estámos a fazer e a exposição ajuda a dar a conhecer o trabalho da associação.

Depois da tounée nacional qual é o resultado que se espera?
JP: O objectivo é que não pare nunca. Até porque a Associação do Cavaquinho ainda não tem edifício próprio e até faz sentido que a exposição ande em todo o mundo e que todos nos convidem.

Como surge o projecto dos cavaquinhos?
Carla Cabral: Eu recebi um telefonema do Júlio Pereira, eu não o conhecia e fez-me um convite para participar numa primeira exposição que estava agendada para Lisboa, eu aceitei porque achei que era um bom projecto.

Qual é o teu projecto?
CC: É um cavaquinho muito simples. É uma homengagem ao madeirense, a tragédia do 20 de Fevereiro, mais precisamente as pessoas que morreram e sofreram nessa tempestade. Tudo isto esta simbolizado, através de uma figura, de uma personagem que esta a cair, a ser levada pela água e tem uma árvore na cabeça. Também tem uma referência as casinhas e toda a construção que desapareceu com a água, por isso, elaborei as edificações em três dimensões. Já que ia representar a Madeira quis fazer essa analogia.

 

Luz Henriques: O meu cavaquinho é inspirado no mar. Usei técnicas mistas de acrílico sobre a madeira neste caso. Houve só um grau de dificuldade na parte do suporte, como sabem, estou habituada a pintar telas com 10 metros e depois deparo-me com um espaço mais pequeno.

Helena Berenguer: Procurei acima de tudo deixar a minha marca, aquilo que me identifica nessa transformação da pintura sobre o instrumento. O que sei sobre música é o que oiço e eu não possuo uma cultura musical, o instrumento só o conheço por ouvi-lo tocar. Passei a olhar para o cavaquinho com mais carinho, com mais cuidado, porque tem uma tradição regional bastante relevante e antes não lhe prestava à atenção devida, imprimi o meu cunho pessoal e quis que fosse uma peça visual também.

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