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A cozinha do futuro

Escrito por 

Mafalda Casais é um dos nomes emergentes no panorama do design industrial. Uma jovem promessa que aposta na recriação de utensílios que fazem parte do nosso quotidiano diário, uma abordagem diferente para a nossas cozinhas. A inspiração surge das necessidades do dia-a-dia para os novos consumidores. Com certeza um nome a reter.

Porque a escolha do mundo doméstico em geral?

Mafalda Casais: Eu fiz um trabalho o ano passado sobre a paisagem doméstica, ou seja, “ o gosto pelo quotidiano e pela cozinha em particular”, e escolhi para projecto do meu primeiro ano de mestrado. Os resultados demonstraram que este tipo de projecto é como uma paixão. E no ano seguinte decidi continuar a abordagem relacionada com a cozinha.

E o trem de cozinha?

MC: Foi um trabalho académico, tínhamos que escolher na lista que nos foi dado e como gosto do espaço da cozinha decidi escolher o trem. Os materiais usados são só os tradicionais. Cobre, o barro e ferro. Mas, optei por investigar como se poderiam compor as camadas dentro desses tipos de materiais para optimizar o seu uso.

E o Faqueiro?

MC: Foi um dos primeiros projectos que fiz na licenciatura, é um exercício de estilo, não esta melhorado, porque se baseia na forma física do faqueiro ocidental. Tentei dar-lhe um aspecto mais moderno, com mais design, mais dentro do que um jovem gostaria.

Procuras nos teus conceitos abordar a questão da ecologia?

MC: Há sempre uma preocupação ambiental em todos os projectos. Encontro-me neste momento a desenvolver a dissertação de Mestrado sob o tema “A pequena cozinha verde, design para o novo consumidor” no qual exploro não só a ecologia no design, como as tendências emergentes nos estilos de vida. Trata-se uma uma cozinha ecológica para um espaço mínimo. Está pensado para pessoas que alugam T0, ou estúdios, jovens que tem pouco espaço a seu dispor e querem ter conforto nessa tarefa. Neste projecto não quis ser original, o que se pretendia era que fosse compacta, ou seja um equipamento com o essencial. São também materiais tradicionais, os mais reais possíveis que tenham uma identidade reconhecível, que passem o conceito de solidez, calor. São quase integrais, sem serem refinados.

Os teus objectos de design são vocacionados para os jovens porque?

MC: É um pouco inevitável, porque como tenho esse perfil, acabo por desenhar aquilo que conheço, para as minhas necessidades. O que não significa que possa ser confrontada com outro contexto diferente do meu. Mas, ainda não aconteceu.

Tens alguma noção do mundo do design em Portugal?

MC: No design industrial não, mas no gráfico sim, porque tenho feito trabalhos. E sei que é mais difícil aqui mas, como também o é em qualquer lugar.

Qual é o teu objecto de design, aquele que gostas mais?

MC: Gosto muito do trem de cozinha da Alessi, do Richard Sapper, porque é absolutamente lindo e super completo, foi desenhado para um cozinheiro gourmet, e não necessariamente para um chef de cozinha, mas para alguém que gosta de cozinhar e que usa produtos gourmet. Para além disso gosto do trabalho de Naoto Fukasawa e Jasper Morrison. Em relação às marcas, admiro a Muji, a Alessi e a Magis, entre outras.

http://www.behance.net/mafaldacasais

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