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A grande torre

Escrito por 

Amin Brakk é um documentário sobre o repto que um homem, Leopoldo Faria, se colocou a si mesmo. Uma escalada em Sagres que demorou dois anos a concluir e que pretende ser um filme para ser mostrado em festivais, para tal basta a sua ajuda. Venha conhecer o aventureiro e a sua aventura muito pessoal.

Uma viagem pelo Paquistão onde houve um acidente é o que provocou esta ideia do filme?
Leopoldo Faria: Não, a viagem ao Paquistão foi uma expedição feita em 2010. Nessa jornada houve um acidente onde parti o pulso e estive bastante tempo a recuperar desse ferimento, até não tinha certezas quanto à minha recuperação total. O médico tinha-me dito que não iria ter a mesma capacidade de força nessa mão e mais tarde em 2011 quando comecei a escalar de novo, com mais calma, tentei arranjar um desafio que me fizesse superar a mim mesmo, que me obriga-se a ser melhor, a ir mais além e descobri Sagres. Essa escalada conseguiu trazer-me essa motivação extra, para aprender e treinar mais. Demorou dois anos a fazer e só consegui realiza-la mesmo este ano. Depois disso, surgiu a ideia de fazer um vídeo sobre essa aventura e quando falei com uma produtora pensámos em fazer um filme promocional acerca da escalada. Estivemos a estudar várias opções, vimos as imagens do Paquistão e constátamos o potencial para contar uma história mais completa, ou seja, mostrar as pessoas o que me levou até Sagres e decidimos faze-lo para um público mais generalista, em vez de um nicho de espectadores. Há poucas histórias de aventura contadas em Portugal, pelo menos sobre este tipo de modalidades. Lá fora faz-se muito, mas cá não há quase nada.


O título o que significa?
LF: É o nome do maciço montanhoso onde aconteceu o acidente. Onde começa toda a história do Paquistão que aparece no filme.


Durante o filme tentas focar a relação que criastes com a população local, ou não? Já que para além do acidente, houve cheias torrenciais que te separaram do restante grupo.
LF: O filme tenta focar essa parte pessoal da experiência e da aventura. E queremos dar expressão a todas essas envolvências que estão presentes numa viagem destas. O meu contacto com a população local e com a cultura é uma dessas vertentes.


Já acabaram o filme? Ou pretendem transforma-lo numa longa-metragem, uma vez, que estão a pedir apoios?
LF: Nos fizemos um trailer para o filme que está a ser pós-produzido, para ajudar a pagar o que ainda falta por fazer, que não é pouco. Além do tempo que já foi despendido em gravações e que ainda vamos ainda fazer e produzir.


O sonho foi a viagem ou é o filme?
LF: Quando falámos nos sonhos, como no trailer, falo de uma forma vaga, exactamente por isso, para que qualquer pessoa se consiga identificar, porque todas tem desejos e vontades. Os sonhos não tentam ser algo concreto, são conquistas que queremos alcançar. O filme é sobre uma escalada específica, mas o cerne não é isso, e sim o conjunto de emoções que despoletam.


Qual é o teu próximo desejo, para além deste filme?
LF: Primeiro acaba-lo, em termos de escalada ainda há muita coisa por fazer. Muitos sítios que quero visitar, viagens que quero fazer. Não tenho nada tão forte como tive nestes dois anos por causa da estádia em Sagres. Foi muito doloroso e agora espero não arranjar nada que demore tanto tempo. Mas, claro, que continuo a ter sonhos.

http://www.aminbrakk.com/#!contact/c16fm
http://www.leopoldofaria.com/

 

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