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Tsintty

Escrito por 

"There's something I need to tell you", conta a história de alguém que é abandonado numa relação amorosa. Ele ou ela,passam por momentos angustiantes e de sofrimento incríveis, mas cabe a eles encontrar aquela força que os permitirá seguirem frente sem olhar para trás. Três diferentes sombras do amor que nos contam a melhor mensagem de todas, no amor. Uma curta-metragem escrita por Rui Sousa, em 15 minutos, que levou um ano a ser produzida, saiba porquê.

A pergunta que te coloco é a mais óbvia de todas, como surgiu a ideia para esta curta-metragem?
Rui Sousa: Estava num jantar de amigos que estava a ser muito divertido e a certa altura tive uma ideia sobre relacionamentos, sobre o amor, sobre os desgosto amoroso e o que as pessoas devem fazer para ultrapassar esse período negro das suas vidas. A partir desse momento, comecei a escrever a história que partilhei com os meus colegas e que seria bastante interessante, não tanto para o mercado de festivais, mais como uma curta viral. Entretanto, no pós produção e até durante a promoção comercial do filme decidimos arrancar para os festivais de cinema.


A curta-metragem aborda três histórias de amor diferentes, já quando tiveste a ideia para este pequeno filme era essa a premissa?
RS: Sim, já, o filme tem algumas mensagens, não apenas uma. Procura mostrar que o amor é transversal em qualquer tipo de relação quer seja heterossexual, homossexual. Inicialmente pensei no que deves fazer quando termina uma relação que para ti era importante e o caminho que deves seguir. A aprendizagem é das personagens, ao mesmo tempo mostra que o amor é universal para qualquer ser humano.


Uma das questões que se colocou em relação a esta curta-metragem é que inicialmente até obtiveste algumas promessas de apoio, no entanto, quando vinha à baila que o filme foca também uma relação homossexual, as pessoas recuavam. É ainda um assunto tabu na nossa sociedade?
RS: Claramente, infelizmente ainda é. Houve muitas pessoas interessadas em ajudar, mas assim que recebiam o argumento o discurso foi diferente, diziam não era tão fácil ajudar, que era difícil. A história era sempre mesma. Ficamos com um sentimento de injustiça, pelo facto de notarmos que só após a recepção da história ficávamos sem qualquer tipo de apoio, até o ponto em que ficámos sem nada. Então todos, a equipa e os actores, decidimos continuar com o projecto com o dinheiro do nosso próprio bolso, cada um dava o que podia para conseguir mostrar o filme fora de Portugal.


Todos os que participam são pessoas anónimas ou com pouca experiência profissional, quer os actores, ou a equipa técnica, ou mesmo tu como realizador?
RS: Nós somos todos profissionais da área, grande parte da equipa técnica trabalha numa produtora do Porto, que não intervêm neste filme. Para todos como um conjunto é a nossa primeira obra. Em relação aos actores, temos a Joana Antunes, que é uma actriz de teatro, o restante elenco terminou os seus cursos de teatro na escola artística do Porto.

Então finalizada a curta, estão agora a promove-la em vários festivais.

RS: Sim, no Brasil, Argentina, Uruguai e ainda estamos na fase das candidaturas.


Achas que será um filme polémico, pela abordagem da temática da homossexual?
RS: Eu acredito que infelizmente pode causar alguma polémica, tendo em conta a ideologia que algumas pessoas defendem. Não digo que seja toda a população, principalmente junto do público mais conservador, mas também os donos dos festivais que não o vão aceitar. Acredito é que esta curta-metragem além-fronteiras, nos países que referi, esta a ter muito mais seguidores do que propriamente portugueses, como se pode constatar na página do facebook. O objectivo deste filme é tocar as pessoas, porque hoje em dia, qual é a pessoa que não sofreu por amor uma vez na vida?


Quanto tempo demoraste a escrever o argumento?
RS: Demorei quinze minutos a escreve-lo. Mas, depois foi aperfeiçoado ligeiramente. Foi algo instantâneo que saiu naquela altura, naquele jantar. Mas, demorou um ano a ser produzido, porque sem apoios é muito difícil, implica que as pessoas dessem o seu melhor, gastassem o seu tempo e a sua gasolina, porque todos tem os seus trabalhos e tínhamos que filmar consoante a disponibilidade de cada um nos fim-de-semana. Por isso, é que se arrastou, quando não podemos pagar as pessoas para filmarem todo o dia.


Porquê o título em inglês?
RS: A história tem um narrador que fala directamente para o espectador, já que o próprio se põe na pele dos personagens. Quando me sentei naquela mesa escrevi o argumento todo em inglês e não me pergunte porquê. Foi assim quando me surgiu a ideia, e ainda bem, porque no exterior vai tocar mais as pessoas, infelizmente, do que aqui.

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