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Como um rio invisível

Escrito por 

São retalhos de uma realidade que marcam a nossa sensibilidade, escritos por António Loja.

Este é um livro que se divide em dois, literalmente. De um lado, temos a história de amor entre duas pessoas que tem apenas em comum o facto de serem estrangeiras num país, o Brasil. É o romance de gerações. A idade é um factor que pesa nesta relação inusitada, que esta sempre presente. Um romance que floresce a pretexto de um quadro, que nos remete para uma ilha perdida algures no oceano atlântico. O segundo retalho é muito mais marcante, no meu ponto de vista, relata a camaradagem de um pelotão na guerra colonial. A vida equilibra-se entre o visível e o invisível. Os pesadelos são reais, de carne e osso. A única forma de sobreviver é estar acordado, sempre. O cansaço e os descuidos vencem muitos. Morrem tanto portugueses, como africanos. São eles os espólios da guerra. Esta história segue o trabalho de um grupo particular de militares, a equipa das minas e armadilhas. Ninguém quer ser um deles. Arriscam-se muito mais que os outros. Todos querem voltar para casa vivos e inteiros. E eles voltam, mas o destino é cruel para um desses homens em particular, de uma forma tão inesperada que nos choca até o amago. Em “como um rio invisível” as histórias são como as margens de um caudal de água, diferentes e iguais ao mesmo tempo. No fundo estes relatos têm um ponto em comum, o amor. É por amor que Francisco ultrapassa os seus próprios preconceitos. É por amor que um pai constrói um poço para o filho e todos afectos são o prelúdio destas histórias muito comoventes. Boa leitura

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