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Onde param os anjos

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É o primeiro romance da jovem Filipa Ribeiro do Cruz. Trata-se de um livro que aborda a questão do trafego de seres humanos, do amor incondicional que nunca se perde no tempo e reflecte sobre a existência de anjos sob a forma humana.

Achei curioso que tivesses abordado a questão do tráfego de seres humanos. O que sabias sobre o assunto? Pesquisas-te?

Filipa Ribeiro da Cruz: Eu primeiro comecei a pesquisar sobre o assunto, também coincidiu um pouco com as matérias que andava a estudar na escola, em Geografia, comecei a interessar-me cada vez mais e achei que era um tema que nem sempre vêm a baila na sociedade actual. Tratando-se de uma questão tão importante foi natural que me suscita-se tanto interesse.

Como definirias o livro que escreves-te? Parece um policial, mas ao mesmo tempo tem como base um romance.

FRC: Acho que este livro que escrevi é um misto desses géneros, por um lado é um policial, tem todos esses componentes, desvenda um crime. Por outro, acho que é um romance de intervenção, porque foca assuntos sociais e mundiais e tendo em conta que tem uma história de vida, inevitavelmente acaba por ser um romance.

Porque aquele título?

FRC: O título só me surgiu no final de escrever este livro, foi um pouco para as pessoas reflectirem sobre o tema, mesmo antes de lerem. É a necessidade de haver anjos, pessoas boas que libertem outras do mal de este mundo. Qual é o paradeiro dessas pessoas? Qual o seu papel? E a necessidade de existirem pessoas boas para combater esses malefícios.

A Bianca tem o seu destino logo definido no princípio do livro, porquê?

FRC: A partir do momento em que ela entra num caminho sem regresso, porque sabemos que o que lhe aconteceu, não há grande oportunidade para retroceder. Eu achei que o fim desta personagem é um pouco glorificar as pessoas boas que dão tanto ao mundo, apesar de saberem o seu paradeiro, o que lhes vai acontecer no final e foi acima de tudo, demonstrar que as pessoas boas nem sempre tem a justiça que merecem, mesmo assim lutam pelas suas crenças, pelos seus sonhos, apesar de a vida ser madrasta.

Qual é a personagem que tem mais de ti?

FRC: Acho que é Bianca. Sou uma pessoa que observa a sociedade, estou sempre a fazer juízos, do que vejo, das pessoas que encontro, dos lugares, das situações mais problemáticas e das mais caricatas. Esta personagem observa o que a rodeia e tenta por tudo fazer alguma coisa, intervir, criticar, e mudar alguma coisa. Eu sei que sou jovem, mas também gostava de fazer alguma coisa boa pelo mundo.

Falaste em objectivo de vida, é por isso que escreves sobre estes temas tão actuais?

FRC: Eu já tenho outros projectos que não passam muito por este tema, mas sinto-me inspirada para escrever sobre eles, ao nível universitário, ou seja, desenvolver trabalhos sobre estas temáticas. Vejo-me a escrever não só sobre tráfego humano, mas também sobre exploração de crianças, eu já retrato esta questão neste livro, mas a um outro nível. Gosto de focar os diversos problemas do mundo nessa óptica.

Escreveste este livro aos dezassete anos?

FRC: Comecei a escrever aos 15 anos e acabei aos 17 anos.

Depois decidistes enviar a todas as editoras ao nível nacional?

FRC: O meu primeiro objectivo foi concluir o livro e depois comecei a pensar numa possível publicação, depois tentei a minha sorte e enviei para várias editoras ao nível nacional, tive a resposta de duas e escolhi a chiado editora.

Falaste a pouco que tens vários projectos, mas um deles é ser escritora?

FRC: Sim, ser escritora é algo de que gosto muito e desde criança que escrevo, poemas, ensaios e agora estou mais virada para os romances. Eu sinto que é uma vocação e quero continuar a escrever livros.

Estas a já a escrever outro livro?

FRC: Sim, é um romance histórico já mais passado em Portugal, mas apresenta outra perspectiva da sociedade.

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