A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) promove entre 7 e 8 de abril o XIII Censo de Mantas na Madeira, numa iniciativa que pretende contribuir para avaliar o estado da população da maior ave de rapina diurna que nidifica no arquipélago.
A iniciativa realiza-se todos os anos desde 2006 e pretende mobilizar dezenas de voluntários, a quem se pede a recolha de dados sobre os avistamentos de mantas, algumas vezes conhecidas por milhafres.
Estas aves, com uma envergadura entre 110 e 130 centímetros, podem ser observadas sozinhas ou em grupo, a voar, pairar, pousados no solo ou, muito frequentemente, em cima de muros, postes e nos seus poisos de caça. A espécie pode ser observada um pouco por toda a ilha, desde zonas florestais até os próprios centros urbanos. Com uma alimentação constituída por roedores, mas também pequenas aves, insetos e minhocas, o envenenamento e a eletrocussão em linhas elétricas são as principais ameaças que afetam as mantas.
Este censo, promovido pela SPEA, decorrerá nos dias 7 e 8 de abril, simultaneamente na Madeira e nos Açores. Para participar neste censo não é necessário ter conhecimentos científicos específicos, bastando conseguir identificar esta ave de rapina. O censo apela, por isso, à cidadania ambiental (ou Citizen Science), propondo a participação dos cidadãos num projeto científico que visa a obtenção de mais dados sobre as populações de mantas nos arquipélagos.
Famílias curiosas e observadores mais experientes, somam os mais de 200 voluntários envolvidos nas 12 edições deste censo. Distribuídos pela Madeira e Porto Santo, já percorreram mais de 7.050 km de percursos a pé, de carro ou bicicleta nesta iniciativa.
