A Bus Urban Wear é uma marca nacional inovadora e criativa na vanguarda da moda e que já exporta para vários países europeus. As colecções com 500 peças envolvem um processo exaustivo de análise das tendências e das vendas por parte da equipa criativa da qual a estilista Elsa Rodrigues faz parte há dois anos.
O que define o estilo da Bus Urban Wear?
Elsa Rodrigues: A Bus é direcionada para o jeans wear, embora também procure abranger as mulheres trabalhadoras, através de looks mais clássicos e básicos. Com um ar mais clean. É para uma faixa etária desde os 30 até os 40 anos de idade.
Mas, também apostam numa coleção masculina?
ER: Sim temos essas duas vertentes. A coleção feminina foi a primeira a ser produzida e só depois foi introduzida a de homem.
A partir das tendências, como é que defines o que funciona para a Bus?
ER: É feita uma análise as vendas, para saber o tipo de peças-chave que vão continuar, embora com algumas alterações. Há um conjunto de roupas bases que tem de existir sempre nas colecções da Bus, que são os chamados básicos e depois fazemos pesquisa das tendências para saber que as novidades que estão a surgir no mercado e que são essências nas colecções.
Quais são as peças base da Bus?
ER: É um grupo. Para o verão temos as t-shirt, as singlets e algumas camisas com personalização e calças básicas que são alvo de várias lavagens, ou em sarja e em várias cores. Não temos uma única peça que defina o estilo da marca, temos um conjunto que varia consoante a necessidade do mercado. Este ano estão a funcionar os vestidos e as saias e por isso acabam por aparecer duas ou três peças na colecção que acabam por ser mais marcantes, mas para o ano poderão ser as calças, ou as camisas. Mudam sempre.
Ana Paula Amorim é a designer responsável pelas colecções de pronto moda de uma empresa têxtil portuguesa. Uma marca que começou há dezassete anos, como quociente, mas que se tem implementado firmemente no mercado nacional com outro nome, Serenata, que reflecte uma linha mais romântica, clássica e um universo muito feminino.
Como é que surgem as ideias para as colecções de pronto-a-vestir?
Ana Paula Amorim: Eu não viajo muito, dependo muito da minha imaginação. O processo criativo começa com o livro de tendências de moda, que ajuda muito e tudo o que é revista de moda. Através dessas imagens vemos as cores, os cortes e as inovações do mercado. Vamos também para a internet pesquisar. Este ano, por exemplo, as tendências abrangem os anos 60,70,80. Vi muitos sites brasileiros, porque acho que eles têm roupa muito engraçada. Eles apresentam ideias que são mais para o verão. Vejo também, as colecções dos estilistas europeus, que são os que mais gosto.
Quem é a mulher que veste a marca Serenata?
APA: São mulheres que rondam entre os 25 anos até os 50 anos de idade. Compram o meu estilo de vestuário, porque são arrojadas. Atenção, as mulheres mais maduras querem cada vez mais roupa na vanguarda da moda e exigem as tendências actualizadas. Agora, também esta a surgir um fenómeno muito engraçado que são as mulheres mais fortes, querem peças mais bonitas, com gosto, com detalhes que não encontram à venda. Estamos já a fazer roupas para essas mulheres com tamanhos maiores, neste momento estou a trabalhar com XXL, XXL, embora a roupa não fique tão ousada, elas acabam por comprar, porque há uma necessidade brutal no mercado de tamanhos grandes. Querem também mais básicos, não tanto nas cores, mas nos estampados há um cuidado redobrado.
Porquê? A mulher portuguesa gosta ou não de estampados?
APA: Elas gostam de estampados, mas não é de todo os tipos. Tem de ser discretos, no sentido, em que não podem ser arrojados, por exemplo, os tigresse não vendem muito. Tenho clientes fiéis a esse tipo de padrões, mas há lojas que nem sequer as compram. Flores gigantes, ou então tecidos com fundo brancos e flores garridas, como dão muito na vista, elas não preferem tanto. As portuguesas gostam de ser mais discretas.
Em termos de cores, elas também tem preferência pelos tons mais garridos ou nem tanto?
APA: Nem tanto. Mas, por incrível que pareça este ano os tons situam-se nos corais, no ouro, nos tons terras com amarelos e laranjas e elas estão a aderir. Embora a mulher portuguesa não aprecie este tipo de cores, mas como é moda este ano estão a comprar em força.
Já não necessita de sair de casa para comprar um par de brincos, ou um tecido. Basta encomendar tudo pela internet.
Num passado muito recente, cada vez que necessitávamos de um corte de tecido, de um botão especial, uma pluma, ou uma fita para o cabelo, recorríamos invariavelmente as retrosarias, com a sua grande variedade de cores, padrões, tamanhos e era quase como entrar num mundo onde a nossa imaginação não tinha limites para a criatividade. Actualmente, esses espaços tem vindo a desaparecer das zonas do comércio tradicional por falta de clientes, mesmo as que se mantém, fazem-no muito á custa da teimosia das donas, de rendas muito baixas e das fiéis antigas clientes. E curiosamente não são as grandes superfícies que têm ditado a morte destes negócios “dos pequenos nadas”. O principal “culpado” pela decadência destas lojas é o pronto-a-vestir, o vestuário já não é manufacturado pelas modistas munidas com as revistas da moda. Nos anos 60, 70 era normal até que as mães confeccionam-se o guarda-roupa da família toda, fruto da necessidade de poupança, havia sempre uma potencial costureira em muitas casas portuguesas. Nos nossos dias, são as jovens entusiastas pelo faça você mesma, que inundam a internet com os seus maravilhosos produtos e ainda vendem à retalho online. Curioso, não? “O mundo dos acessórios” é um desses conceito com uma oferta variada, muito divertida e ainda se quiser pode adquirir tecidos com padrões verdadeiramente deliciosos que fazem sempre a alegria das crianças. Há de tudo um pouco, para todos os gostos e todas as idades. E se pretender alterar, não faz mal, pode sempre fazer uma encomenda. São os ventos de mudança, na era em que a loja deixa de ser física e passa a ser virtual, embora se quiser “o mundo dos acessórios” oferece uma série de cursos in loco.
Alexandra Prieto é uma artista plástica e designer que se define como uma esponja. Suga tendências, cores, padrões e emoções que transporta para a tela e curiosamente para os seus sapatos. Sim, leu bem. A “art on shoes” surgiu por uma brincadeira, mas pronto se tornou numa marca que tem vindo a implementar o binómio da arte, através da ilustração, com a moda, na forma de calçado.
Gosta muito de sapatos, por isso aplicou arte no calçado?
Alexandra Prieto: Os sapatos é uma paixão que alimento desde pequenina. Sempre gostei de usar os da minha mãe e brincava até com eles. Durante estes anos todos pouca roupa comprava e mas todos os meses tinha de adquirir um par de sapatos novos. Foi algo que naturalmente me atraiu e até por brincadeira definia as pessoas pelo calçado. Entretanto, a pintura esteve sempre presente na minha vida, acabei por seguir arte, licenciei-me em pintura e escultura em belas artes e a “art on shoes” nasceu de um evento. Em Dezembro de 2010 estava a preparar uma exposição e lembrei-me de ir calçada com um par de sapatos com o tema da exposição, que esteva impresso no convite e no cartaz. Tentei fazer uns protótipos para ver como era possível por a ideia em prática e quando os sapatos vieram foi uma loucura e vi que era algo que poderia explorar mais a sério. Antes desse evento, registei a marca, fiz o logotipo e lancei-a nessa mostra com “art on shoes”. Até foi uma surpresa para as pessoas que pensaram que iam apenas ver uma exposição e acabaram por ver calçado exposto numa outra sala, quase como quadros. Cada coleção associada a uma ilustração.
E vendeu todas as coleções nessa altura?
AP: Exatamente. Para essa exposição tinha mandado fazer alguns contando com as vendas e foi a primeira vez que percebi que poderia haver um mercado e que era engraçado. Na altura, tive bastantes encomendas e a “art on shoes” tem vindo a crescer como uma marca mais coesa.
Como decorre o processo criativo que permite criar as ilustrações para as coleções do “art on shoes”? Reparei que gosta de abordar a temática da cidade de Lisboa.
AP: As primeiras impressões surgiram dessa exposição que referi há pouco, na sequência de um pedido de um escritor Napoleão Mira que me pediu para fazer umas ilustrações para o seu livro, ele pegou nessas pinturas para poder divulgar o seu trabalho em vários pontos de venda. Eu nasci em Lisboa, moro nesta cidade e das poucas vezes saio, que viajo, acabo voltando e apaixonando-me cada vez por ela. Quando regresso fico fascinada com essa luz extraordinário e isso acaba por refletir-se no meu trabalho, no entanto gosto muito do Alentejo que também aparece em algumas das ilustrações. O conceito de “art on shoes” propriamente dito é diferente. A empresa só tem dois anos e ainda só fizemos três coleções. O que se passa com a minha ideia é que funciona ao contrário da moda, onde se apresentam as coleções de verão e inverno. Nos temos as ilustrações, num total de 17, em que vamos alterando os modelos conforme a estação. Imagine, o peep toe, que é um sapato aberto à frente que se usa seja inverno, seja verão. Com meias ou sem elas, acaba por ser um modelo aberto que é vendido todo o ano. As sandálias surgiram porque foi convidada para uma exposição e fiz uma ilustração mais veranil, chamada verão Cascais, onde me inspirei nos jardins, não explorei a parte praia, mas sim o conceito mais floral daquela zona. Então emerge essa coleção muito mais leve, claramente citadina a pensar nas mulheres desta cidade. Surge tudo naturalmente. Neste momento estou a analisar as tendências para lançar neste verão cores mais arrojadas. Também pensei na moda Lisboa e a inspiração acaba por vir de todo o lado. E depois depende das cores, se estamos no inverno as cores são mais escuras.
Quem é a mulher da “art on shoes”? A quem se dirige?
AP: As clientes, inicialmente do “art on shoes”, imaginei que fossem mulheres da minha idade, eu tenho 34 anos. Elas seriam um espelho daquilo que gosto. Inevitavelmente, isso acaba por estar muito presente. Hoje em dia, surpreendentemente o nosso leque de clientes é muito mais abrangente, tenho raparigas com 18 anos a comprarem os meus sapatos. Pedem aos pais um calçado diferente para irem até os bailes de finalistas. Até senhoras com 65 anos de idade, temos para elas um modelo confortável, com mais castanhos e que se pode usar com uma roupa clássica. Portanto, acabámos por atingir um target muito vasto. As mulheres que nos procuram e estão fidelizadas à marca, é aquela mulher empresária, que tem sucesso profissional, esta de bem com a vida e gosta de ser arrojada, gosta de moda e quer um pormenor diferente. Nós podemos estar vestidas da mesma maneira, com o mesmo vestido, calçámos um sapatos rasos e temos uma postura a andar e com a mesma roupa e uns saltos altos tornámo-nos mais imponentes. Mais autoritárias no bom sentido. Acaba por ser uma mulher classe média alta.
Ao longo das duas produções do B&B foi audível a aposta na produção musical nacional em português e inglês.
Uma das bandas que faz parte da banda sonora dos filmes de “balas e bolinhos” são os Fonzie. Trata-se de uma banda indie que compõe temas em inglês e português. O tema de estreia no B&B foi o “rock my heart” , uma música com uma forte batida pop e com um ritmo alucinante, muito ao gosto dos nossos amigos de Valongo e com enorme sucesso nas redes sociais. O grupo pretende lançar em finais de Setembro, um novo disco com 12 músicas em português, com o título de “Caminho”.A banda que se segue é os bLUNDER com o tema “happy pills” que fez parte das “balas e bolinhos”, o regresso. Este grupo português canta também em inglês, com um som mais próximo do rock , embora também se considerem indie. Estes rapazes do Norte têm já uma carreira assinalável no panorama da música em português desde 1999 e recentemente lançaram o seu último álbum de originais, intitulado “lost and left behind”. E por último, o não menos conhecido Jaimão, com o tema icónico deste trilho musical, Quinzinho, o chulo. É uma música que reflecte o espírito não só do personagem, mas também dos filmes. As músicas tem letras brejeiras, umas mais óbvias do que outras, que nós fazem rir pela sua intenção malandra. Este cantor popular vai participar com um novo tema na terceira saga, que será uma estreia nacional. O álbum tem um nome muito sugestivo que me recuso a reproduzir. Procurem no site se quiserem e ouçam com atenção. E mais não digo!
A Arkitetwool recria a partir de um simples tapete desenvolve um novo conceito de design. Um produto acessível feito a partir das técnicas mais tradicionais, mas que se diferencia pela inovação e pela qualidade dos seus acabamentos. Uma marca que já se expandiu além fronteiras, no país do tropicalismo, o Brasil, mas que não se quer ficar por aqui, como explica o mentor deste projecto empresarial, Luís Barreira
Como é que surgiu o conceito de Arkitektwool?
Luís Barreira: Depois de ter terminado a faculdade surgiu a oportunidade de ingressar numa empresa de tapeçaria e desde logo aí percebi que havia uma grande lacuna, há vinte anos, no design de tapetes. A partir daí surgiu uma ideia de criar uma empresa paralela e nasceu a arkitetwool.
Paralela em que sentido? Tem uma produção de tapetes e a arkitetwool?
LB: Não, toda a nossa produção está ligada ao fabrico de tapeçaria. Temos uma loja que é arkitet art, mas a nossa empresa fabrica todos os tapetes. E todos de uma forma ou outra são manuais. Alguns requerem mais mão-de-obra do que outros. É uma das nossas características principais, nenhum deles é industrializado, ou seja, não saem de uma máquina trezentos a quinhentos tapetes à vez. Saem sim dos teares manuais, um de cada vez para um cliente em específico. É mesmo um trabalho de alfaiate.
Quanto demora um artesão em média a concluir um tapete?
LB: Isso depende da medida, do desenho intrínseco e do trabalho que o tapete exige. Em média um tapete manual, com uma medida entre 1,60 cm x 1,40 cm, pode demorar cerca de dois dias a ser executado.
Em termos criativos, os desenhos dependem de um pedido feito pelo cliente, ou a vossa equipa criativa desenvolve ideias a partir de conceitos?
LB: O trabalho pode começar dessas duas formas que referiu. Nós temos as nossas colecções que são desenvolvidas pela equipa criativa, são quatro ao todo. A de cozinha com tapetes que podem ter a forma de um morango, ou de um ananás e de um cacho de uvas. Temos outra para as casas de banho, com os peixes tropicais. Depois temos um segmento para a decoração da casa e para o quarto das crianças. Estas são as colecções que a arkitetwool apresentam ao seu cliente. A outra vertente, é quando o cliente chega até nos com um desenho, ou outra coisa qualquer, como uma cortina de casa e a partir desse tecido idealizamos duas ou três propostas para essa sala mediante esse pormenor. Desenvolvemos especificamente um conceito para a sua casa. As pessoas muitas vezes ficam surpreendidas como é que conseguimos elaborar um trabalho de tanta qualidade a um preço tão acessível, a rondar os quatrocentos euros. Este é uma das grandes apostas da marca, porque a nossa ideia é chegar ao público em geral e não apenas aos nichos de mercado. Os nossos tapetes apesar do design, não são só para jogadores de futebol. Há muitas pessoas que chegam ao nosso espaço e até tem receio de perguntar o preço, porque julgam que custa uma fortuna e não é assim. Apostamos também na inovação. Um dos nossos produtos tem pequenos apontamentos com uma madeira muito fina incrustada e resulta muito bem. Temos aplicações de tecido e de flores artificiais feitas de feltro. São esses pormenores que tornam os nossos tapetes distintos e com alguma diferenciação.
Uma inovadora tecnologia permite prevenir potenciais ataques cardíacos. Para tal basta vestir uma t-shirt.
O futuro está aqui, em formatos que jamais imaginámos ser possíveis, mas que graças a estudos aprofundados, ao engenho e esforço de alguns é possível melhorar a qualidade de vida das pessoas. A vital Jacket (vj) é uma camisa que permite monitorizar o ritmo cardíaco dos pacientes com problemas cardiovasculares 24 horas por dia. Imagem uma maquina de electrocardiograma do tamanho de um chip inserida numa t-shirt muito confortável que pode ser usada no seu dia-a-dia. O produto, desenvolvido e comercializado por uma empresa nacional, comporta um sistema holster que permite actualizar os registos cardíacos de um paciente num ritmo contínuo, não intrusivo e em tempo real. Como? Através de um transmissor bluetooth que permite visualizar os resultados desse pequeno scanner no consultório do seu cardiologista. Ou seja, se o paciente se encontrar em paragem cardíaca o médico de imediato acciona o sistema de urgência de apoio ao doente. Parece ficção científica? Mas, garanto que não é. Existe ainda uma versão desta camisa para os bebés prematuros e os mais jovens, como é do conhecimento público, muitas das vezes é difícil manter as crianças quietas e confortáveis, enquanto se procedem aos exames rotineiros, a angústia desse momento desaparece por completo com a utilização da versão Kids. Não só é menos evasiva, como permite manter um registo detalhado dos batimentos cardíacos das crianças enquanto desenvolvem as suas actividades quotidianas. A Biodevices mantém uma sociedade frutífera com a Petratex, uma empresa têxtil, líder em novas tecnologias de ponta para a criação de tecidos, que foi crucial na manufacturação das camisas. O instituto de cardiologia do Norte é outra das parceiras deste projecto inovador, através de desenvolvimento de novas aplicações clínicas para o vj na medicina cardiovascular.
São jovens inconformadas com as tendências de moda que pretendem personalizar o seu vestuário.
No mundo digital e nas redes sociais é notório o aparecimento de jovens que ajudam a alterar peças de vestuário, calçado, acessórios de forma personalizados e ao gosto de cada um. Um novo movimento que ganha cada vez mais adeptas, tanto é assim, que muitas criam blogues incentivando formas de criar um estilo pessoal em detrimento das tendências da moda. São sobretudo mulheres jovens que comercializam até as suas peças de vestuário únicas na internet, mas não se trata apenas de moda, incentivam um estilo de vida alternativo, que choca com a sociedade de consumo. Reinventam a sua imagem, começando pelo vestuário, no namorado, na casa e terminando no animal de estimação. Se forem ao youtube e colocarem a indicação, por exemplo, como fazer um vestido, aparecem inúmeros vídeos para todos os gostos e todas as idades que não duram mais do que uns minutos. É assim de simples, barato, acessível e pensem desta forma, já não precisam de perder tempo nas lojas a tentar vestir aquela peça que tanto gostam num tamanho que quase não lhe serve e supostamente era o seu, isto sem esquecer, os espelhos e as luzes castradoras dos vestiários que conseguem desmoralizar-nos ainda mais, mostrando-nos todos os defeitos físicos possíveis e imaginários. Então o negro cenário ajudou? Em vez de tudo isso, o mote agora, é faça-o você mesma, crie ao seu gosto e mais dê asas a sua imaginação. Muitos destes pequenos universos femininos vendem ainda tecidos e pequenos conjuntos de materiais para que você possa passo-a-passo possa recriar aquela peça que mais gosta, ou alterar uma que não aprecia. É só ter um pouco de paciência e os resultados podem surpreende-la. É uma questão de experimentar. Como é meu hábito deixo no final dos neste texto algumas hiperligações de jovens portuguesas sem medo de sair á rua vestidas com as suas versões muito pessoais das tendências de moda. Ouse e abuse!
É um dos últimos álbuns editados por Jorge Palma e segundo algumas vozes discordantes o mais comercial de todos o que já editou até à data.
Falar de um disco de Jorge Palma só por si é um acontecimento. Trata-se, sem grande margem para dúvidas, de um dos maiores compositores do nosso país. Vôo nocturno é uma marca na sua discografia pelo facto de ter sido lançado, após um interregno de três anos. É também uma lufada de ar fresco, porque pela primeira vez, Jorge Palma é conotado como cantor romântico e torna-se “popular” junto das camadas mais jovens, através do célebre e inesquecível, “encosta-te a mim”. Não que ao longo dos anos, ele estivesse fora de moda, mas o seu fiel público era outro. Agora são muito mais e daí ter sido alvo de críticas por parte de alguns, que afirmam que se “vendeu” a um tipo de música mais comercial. Este argumento só por si é muito falacioso. Só porque graças a uma telenovela, um dos temas deste álbum atingiu o top de vendas ao nível nacional, é um factor que contribui de forma bizarra para a diminuição da sua qualidade como compositor? Não aceito, Jorge Palma esta no seu melhor. E se agora as massas o conhecem e apreciam, tanto melhor, ele merece este disco que em nada é inferior aos restantes. Ele continua a escrever letras que ficam pairando constantemente na nossa memória, deitando por terra o argumento de que a língua portuguesa é difícil de transpor para música. Este é um álbum feito de poesia. Se calhar os saudosistas preferiam o Jorge Palma que em palco se esquecia das suas próprias letras, que desafinava e vivia num constante torpor etílico! Agora, ele não só canta melhor, como continua a escrever melodias sem igual. Este álbum é prova disso. Por isso, encosta-te a mim/ nós já vivemos cem mil anos. E Jorge Palma viverá para sempre.
O mercado de produtos criados a partir da cortiça tem crescido ao nível internacional.
Se a trinta anos atrás tivessem sugerido a criação de produtos feitos a partir da cortiça para serem comercializados nos mercados nacionais a ideia teria sido descartada imediatamente. Actualmente, não é o caso. Depois da aplicação deste material natural no calçado com grande sucesso, eis que surgem no mercado várias aplicações da cortiça em todo o tipo de acessórios de moda e até decoração. A casca do sobreiro de onde é extraída, fornece uma fibra vegetal versátil que pode ser utilizada em inúmeros objectos, enquanto que a floresta a árvore renova um outro ciclo de nove anos findo o qual pode ser novamente descascada. É um material que serve para inúmeros fins que ultrapassam a tradicional rolha de vinho ou champagne. Leve e resistente a líquidos, é um óptimo isolador acústico e térmico que já usado na construção civil. Extremamente decorativo, pode ser reciclável e é biodegradável o que amplia ainda mais a panoplia de áreas onde pode ser usado. Motivos mais do que suficientes para que várias empresas portuguesas tenham apostado em vários nichos de mercados que valorizam este tipo de produtos.
As novas tecnologias ligadas ao sector industrial também contribuiram para a versatilidade da aplicação da cortiça em objectos do quotidiano tão dispares e pouco usuais, como sejam guarda-chuvas, pen drives ou mesmo papel de parede.A moda é um dos sectores mais competitivos nesta máteria. Devido, a cor mel deste componente vegetal, ao seu toque acetinado e a sua leveza, a cortiça tem sido usada como apontamentos quer para o vestuário, marroquinaria e calçado como já foi referido anteriormente. Os designers nacionais conscientes das potencialidades deste material ecológico recriaram sandálias, criaram peças de roupa e objectos de decoração que já mereceram à atenção do público e potenciais clientes ao nível internacional. O Museu MoMa em Nova Iorque é um dos locais onde se podem adquirir alguns destes produtos que rompem a fronteira nacional, caso para dizer, pense verde, pense cortiça e seja bioactivo preservando ao mesmo tempo um património natural que é de todos.
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