Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

h facebook h twitter h pinterest

Design aos seus pés

Escrito por 

A Arkitetwool recria a partir de um simples tapete desenvolve um novo conceito de design. Um produto acessível feito a partir das técnicas mais tradicionais, mas que se diferencia pela inovação e pela qualidade dos seus acabamentos. Uma marca que já se expandiu além fronteiras, no país do tropicalismo, o Brasil, mas que não se quer ficar por aqui, como explica o mentor deste projecto empresarial, Luís Barreira

Como é que surgiu o conceito de Arkitektwool?
Luís Barreira: Depois de ter terminado a faculdade surgiu a oportunidade de ingressar numa empresa de tapeçaria e desde logo aí percebi que havia uma grande lacuna, há vinte anos, no design de tapetes. A partir daí surgiu uma ideia de criar uma empresa paralela e nasceu a arkitetwool.

Paralela em que sentido? Tem uma produção de tapetes e a arkitetwool?
LB: Não, toda a nossa produção está ligada ao fabrico de tapeçaria. Temos uma loja que é arkitet art, mas a nossa empresa fabrica todos os tapetes. E todos de uma forma ou outra são manuais. Alguns requerem mais mão-de-obra do que outros. É uma das nossas características principais, nenhum deles é industrializado, ou seja, não saem de uma máquina trezentos a quinhentos tapetes à vez. Saem sim dos teares manuais, um de cada vez para um cliente em específico. É mesmo um trabalho de alfaiate.

Quanto demora um artesão em média a concluir um tapete?
LB: Isso depende da medida, do desenho intrínseco e do trabalho que o tapete exige. Em média um tapete manual, com uma medida entre 1,60 cm x 1,40 cm, pode demorar cerca de dois dias a ser executado.

Em termos criativos, os desenhos dependem de um pedido feito pelo cliente, ou a vossa equipa criativa desenvolve ideias a partir de conceitos?
LB: O trabalho pode começar dessas duas formas que referiu. Nós temos as nossas colecções que são desenvolvidas pela equipa criativa, são quatro ao todo. A de cozinha com tapetes que podem ter a forma de um morango, ou de um ananás e de um cacho de uvas. Temos outra para as casas de banho, com os peixes tropicais. Depois temos um segmento para a decoração da casa e para o quarto das crianças. Estas são as colecções que a arkitetwool apresentam ao seu cliente. A outra vertente, é quando o cliente chega até nos com um desenho, ou outra coisa qualquer, como uma cortina de casa e a partir desse tecido idealizamos duas ou três propostas para essa sala mediante esse pormenor. Desenvolvemos especificamente um conceito para a sua casa. As pessoas muitas vezes ficam surpreendidas como é que conseguimos elaborar um trabalho de tanta qualidade a um preço tão acessível, a rondar os quatrocentos euros. Este é uma das grandes apostas da marca, porque a nossa ideia é chegar ao público em geral e não apenas aos nichos de mercado. Os nossos tapetes apesar do design, não são só para jogadores de futebol. Há muitas pessoas que chegam ao nosso espaço e até tem receio de perguntar o preço, porque julgam que custa uma fortuna e não é assim. Apostamos também na inovação. Um dos nossos produtos tem pequenos apontamentos com uma madeira muito fina incrustada e resulta muito bem. Temos aplicações de tecido e de flores artificiais feitas de feltro. São esses pormenores que tornam os nossos tapetes distintos e com alguma diferenciação.

 

 

A arkitetwool é uma empresa que aposta na sua internacionalização, em mercados como o Brasil. Como é que se vendem tapetes de lã num país tropical?

LB: De facto todos os nossos tapetes são de lã, mas dentro deste material existem vários tipos. Há fios com uma espessura grossa e outra mais fina e nesse âmbito refiro-me a um que tem um centímetro de diâmetro e assim essa questão não se coloca tanto. Apesar disso, temos também o linho, que é uma matéria-prima mais fria que se adapta a esses climas mais quentes. Os nossos tapetes de cozinha, tanto podem ser em lá, como num material acrílico, meio plastificado onde mais uma vez não se coloca esse problema. O mercado brasileiro tem um grande potencial em termos de negócio, está em grande crescimento, aceita muito bem os nossos tapetes e nunca se colocou essa questão de serem quentes e que não se adaptariam ao seu clima, bem pelo contrário.

Quais são os mercados que os atraem mais neste momento?
LB: Neste momento no Brasil, estamos a desenvolver as zonas de Salvador da Baía e São Paulo, mas estamos com perspectivas de crescer para Angola. É um mercado mais complicado, mas gostaríamos e estamos a tentar entrar.

Nesta marca para além dos tapetes também vende pintura, porquê?
LB: A pintura surgiu como complemento da vertente tapeçaria. Quando abrimos o nosso show room, a arkitet art, foi um espaço que nasceu para que os nossos clientes pudessem vir ver o nosso produto, as nossas colecções sem terem de se deslocar à fábrica. Nós temos um ateliê próprio. Dividimos uma parte do espaço com uma galeria de arte onde expomos alguns trabalhos de pintura e escultura que podem ser feitos por medida, mediante as especificações do cliente. É tudo um pouco personalizável.

Porquê o nome arkitetwool?
LB: Para juntar o conceito de projecto de arquitectura com a matéria-prima. O objectivo é unir estas duas características. De um lado, a ideia de criar um projecto, que se pode inovar e diferenciar. É uma espécie de arquitectura da lã, onde gostamos de individualizar e não massificar.

Outra das apostas da vossa empresa é na publicidade online, há uma forte aposta nas novas tecnologias…
LB: Sim hoje em dia é fundamental estarmos online. Temos alguma publicidade em revistas, mas muito pouco. A nossa aposta é a internet.
Porque chegam a um mercado global e é isso que interessa?
LB: Exactamente. Temos um site e um grande movimento no facebook, na nossa página arkitet art onde as pessoas podem seguir as nossas novas criações e os produtos que vamos lançando quer ao nível de tapetes, quer de pintura.


http://www.arkitetwool.com/

Deixe um comentário

Certifique-se que coloca as informações (*) requerido onde indicado. Código HTML não é permitido.

FaLang translation system by Faboba

Eventos