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O filme da treta

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É uma comédia sobre dois dos bons malandros mais famosos de Portugal, o Zéze e Toni. Um filme com muitas peripécias protagonizadas pelos dois maiores cromos da cidade de Lisboa.

O filme da treta foi o segundo maior êxito de bilheteira no nosso país, com cerca de 279 mil espectadores que foram ao cinema para ver ou rever as desventuras destes dois bons malandros, o Zezé e o Toni, respectivamente, os actores José Pedro Gomes e o já infelizmente desaparecido António Feio. Estes dois comediantes protagonizaram sem dúvida uma das maiores duplas do panorama artístico português. Esta comédia com realização de José Sacramento resulta da transposição para cinema de uma paródia radiofónica que, resultou por sua vez numa peça de teatro que esteve anos em cena um pouco por todo o país, tal era o êxito destas duas personagens muito sui generis junto do público português.  Eu escolhi este filme, porque quero prestar uma homenagem a estes dois monstros sagrados do teatro português, e afirmo-o com convicção, porque ao longo dos anos tive o prazer de vê-los em palco em mais do que uma ocasião.

A versão cinematográfica da conversa da treta infelizmente deixa muito a desejar, na minha opinião, foi uma confusão. Os sketches eram em demasia o que criava uma certa dessintonia no decorrer da acção, foi demasiado para aquelas duas horas de cinema, menos teria sido melhor. O argumento de Filipe Homem Fonseca e Eduardo Madeira perdeu-se algures nas várias encenações que assistíamos ao longo do filme, o que deixou um certo sabor a decepção para quem já tinha assistido as peças de teatro e a série filmada para a televisão. Qual foi o sucesso desta dupla? Era a grande conversa que eles tinham sobre as idiossincrasias da vida, do seu quotidiano e da política em Portugal. Tudo isto perdeu-se pelo caminho. Teria sido mais producente ter havido menos “bonecos” e mais diálogos engraçados. O filme só teria a ganhar, já que o resto ficava nas mãos capazes de dois dos maiores comediantes de Portugal.

O mais positivo, para além de José Pedro Gomes e António Feio, foi o trabalho dos actores secundários. As composições de Marco Horácio, Maria Rueff , do João Raposo, António Melo e Rui Paulo são de louvar, pela qualidade que estes também comediantes demonstram e que compõe o resto dos “cromos” que fazem parte do universo de Zezé e Toni.

http://filmesportugueses.com/filme-da-treta/

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