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Num tempo de incertezas eis que surge a nova alegória da caverna, surge mais um movimento musical, emitido no facebbok, para ouvir , apreciar e descontrair a partir do dia 30 de Março. 

Num mundo enclausurado numa caverna, chegam-nos projecções de sombras vindas do exterior. Tal como na Alegoria da Caverna, interpretamos como medos as sombras que nos chegam aos écrans, sejam eles de TV ou dos computadores. É um tempo em que a reflexão dotada do necessário espírito crítico se impõe.
É um tempo em que não podemos claudicar diante duma batalha que ameaça vir a consumir a Humanidade e a Civilização enquanto obra maior do sentir colectivo;
Os Artistas performativos, sempre que sinos tocaram a rebate, mostraram ser, ao longo da História, arautos de mensagens solidárias e sempre souberam vestir a camisola de causas que subscreveram como suas;
A pandemia do COVID19 veio obrigar a um conjunto de medidas que forçam a população ao recolhimento;
A mortalidade do vírus faz-nos questionar se não estaremos a revisitar períodos da História que tiveram efeitos devastadores, dos quais salientamos a Lepra, a Peste Negra, o Tifo e muitas outras que igualmente causaram danos no tecido social;
No entanto, no caso concreto do COVID19, nunca passámos por uma experiência como esta. Assim, impõe-se que os Artistas Performativos, em seus nomes e das equipas que com eles trabalham (e que constituem uma vasta camada da população), encontrem novas formas de prestarem os seus serviços ao Público enquanto entidade primeira a quem devem contas;A Arte, enquanto bem supremo da etapa Evolutiva, é o que nos mais bem caracteriza enquanto espécie. Por outro lado, somos a espécie mais frágil do chamado reino animal.
Todo este imenso e permanente acervo de criação artística pode ficar comprometido inexoravelmente se não o mantivermos alimentado de novas criações.
Mas, para isso, os Artistas necessitam QUEM possa fruir e desfrutar das suas criações.
E esse grande número de Gente está confinado nos seus lares por força de medidas de emergência.
E, logicamente, os Artistas necessitam de se alimentar, pagar rendas de casa, garantir que não lhes será cortada a energia eléctrica nem os serviços básicos, entre os quais está a Internet, que nos permite hoje um patamar possível de socialização.
Este festival,como muitos outros pelo Mundo, visa constituir-se como uma forma alternativa de chegar das casas dos Artistas às casas das pessoas que são o Público, garantindo-lhes o estatuto de Seres Livres, Pensantes e Críticos.
E disso necessitamos TODOS sob risco de, passada a tormenta, não termos entendido nada da lição. Por estarmos distraídos com as sombras.
Importa saber que as sombras que vemos projectadas na parede da caverna devem transformar-se urgentemente em Luz que, ao invés do nos cegar, nos prepare para quando, enfim, sairmos para a rua, possamos continuar a ser um melhor Homo Sapiens Sapiens que, a despeito dos passados nem sempre edificantes, contou no seu número com Aristófanes, Leonardo da Vinci, Maria Callas, Jorge Amado, Beethoven, Simone de Beauvoir, Fernando Pessoa, Ravi Shankar, Débussy ou Strawinsky.

 

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