Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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A vila

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É uma das localidades mais povoadas do nosso país.

A primeira imagem da cidade é o mar. Das suas ondas periclitantes que banham o areal esbranquiçado. O azul domina a paisagem urbana carregada de testemunhos de um passado defensivo, a antiga cidadela, a praça-forte, de onde sobressai a fortaleza da nossa senhora da luz, uma, da linha de fortificações da margem direita do Tejo, que do alto do seu muro ainda espreitam o horizonte. Palco de escaramuças e batalhas com o passar dos séculos, a cidade ganhou um estatuto real, local predilecto de soberanos e da alta burguesia que ia aos banhos, desde então foi ganhando a fama de eleita e de pobre passou a rica, estatuto que mantém até os nossos dias. Ao longo da costa avistam-se os palacetes que em tempos albergaram a mais fina nobreza e sociedade de Portugal. O centro histórico é um confluir de becos e ruelas engalanadas de lojas de comércio tradicional. Pequenas feiras de artesanato vão colorindo, no fim-de-semana, as ruas que se enchem de curiosos e turistas.

Terra de navegadores e pescadores, Cascais estende-se languidamente até o Farol de Santa Maria e aí a paisagem outrora calma e pacifica transforma-se em ondas espumantes que embatem incessantemente contra as fragas. Visita obrigatória é a boca do inferno, entre as reentrâncias da rocha, surge uma bocarra enorme que engole ruidosamente as águas salgadas do mar e quem lá tiver o azar de cair desaparece para sempre. O som ritmado das ondas a entrar no labirinto é de certa forma hipnótico, todo o cuidado é pouco, mas não se preocupem que esta bem sinalizado. Mais a frente, eis-nos chegámos ao Guincho e a suas praias quase selvagens povoadas de surfistas e amantes das actividades marítimas e no final das arribas eis que surge o cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa, uma escarpa vertiginosa que inspirou Camões num dos seus versos mais famosos dos Lusíadas e mais uma vez o mar salgado. Bem, nunca o deixámos.

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