Hoje, ainda podemos encontrar muitos destes primeiros ceramistas em cidades como Mogi das Cruzes, Atibaia, Itapecerica da Serra, Cotia e Cunha. A Granja Viana, em Cotia, é hoje um dos espaços de concentração de vários artistas, nas áreas das artes plásticas, dança, música e fotografia, entre os quais vários artistas japoneses e descendentes. Uma das primeiras artistas a se instalar ali foi a veterana das ceramistas Shoko Suzuki, hoje com 82 anos, com ateliê na Granja desde 1966, época em que construiu também o forno Noborigama, com a ajuda do marido, o já falecido pintor Yukio Suzuki.
Um lugar que vale a pena visitar é o ateliê-escola Terra Bela, na Granja Viana, fundado por Ivone Shirahata, discípula de Shoko Suzuki. Para além de ateliê pessoal da artista, o espaço abriga um festival anual de Arte Cerâmica, a ser realizado este ano entre 1 e 4 de Dezembro. Lá os visitantes poderão assistir a demonstrações de queimas, assistir filmes sobre cerâmica e comprar ferramentas e equipamentos, assim como cerâmica utilitária e artística.
Mas é a cidade de Cunha, localizada a meio caminho entre São Paulo e o Rio de Janeiro, que é considerada hoje o polo da cerâmica japonesa no Brasil. O estabelecimento de artistas japoneses no local começou na década de 70 e, a partir dessa data, muitos outros ceramistas instalaram aí seus ateliês. O português Alberto Cidraes e a japonesa Mieko Ukeseki são os únicos que, do grupo original estabelecido em 1975, ainda possuem aí seus ateliês com fornos Noborigama. A abertura dos fornos em Cunha é uma famosa atração turística e acontece no ateliê Suenaga & Jardineiro várias vezes ao ano. A próxima abertura será realizada no dia 3 de Dezembro.






