Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

domingo, 30 dezembro 2012 12:25

Os neruda

Lançaram o seu primeiro e único álbum até a data em 2009 repleto de poemas cantados.

É um disco dedicado à poesia, as palavras proferidas ao vento, as emoções à flor da pele e ao grande escritor da latino-américa e do mundo, Pablo Neruda, daí o nome da banda e a inspiração. As baladas são prato forte desta banda lisboeta, são poemas de amor em tom melancólico acompanhados pelo “vinho do teu corpo” gota a gota, beijo a beijo, que abrem as hostes deste trabalho cheio de sonoridades românticas. Mas, nem só de versos sentidos vive o homem e das “queixas que a natureza nos faz”, que é outro dos bons temas deste álbum de originais, é o perfume da terra que se aspira e a que a inocência nos traz. “Sussurra-me” com palavras salpicadas de sal, repletas de memórias doces, numa sinfonia disfuncional que “dá passagem” a uma outra canção polvilhada de alegorias e tonalidades musicais saborosas que ecoam mais uma vez, em “Dança, canta e actua para mim”, o que te faz tremer as pernas? Este é um disco para se ouvir abraçado ao seu mais que tudo, ao seu lado mais doce, sentados no sofá, ou de mãos dadas no por do sol, não importa, é acima de tudo um excelente banda sonora para o amor eterno. Só lamento o silêncio desta banda nos últimos anos, por isso, espero que o fim seja apenas o princípio de uma história nova que tenham para contar, como bem o sublinham.

domingo, 30 dezembro 2012 12:23

Hipocondria

É o segundo álbum de uma das melhores bandas portuguesas de rock ao nível nacional.

Li recentemente um comentário sobre os Kelpht que faz jus à música que fazem e que reza assim: quem disse que ouvir bom rock tinha se ser em inglês? É a mais pura das verdades. Estes jovens músicos têm um brilhante futuro pela frente. São os dignos sucessores dos “Xutos e Pontapés”. São o sonho real. São à nova geração de rock português, que esta entregue em muito boas mãos. Hipocondria é o segundo álbum de originais dos Klepht, uma colectânea de grandes temas e os adjectivos são escassos para classificar este trabalho discográfico. A “idade da estupidez” é um hino aos apáticos, aos portugueses, ou a quem quer que seja, é um reflexo dos tempos conturbados em que vivemos, é uma canção-choque contra à indiferença, “chega de calma/critiquem tudo/ ou estamos de passagem e quem vier que resolva o mundo? E “embora doa” ouvir este duro despertar, gosto deste alerta aos menos atentos, para que não digam que os jovens estão ausentes no mundo multimédia em que vivem. Faço “tudo de novo” se nós saí mal, que ao contrário da letra, não está nada mal de todo, é uma das belas baladas que adornam este álbum. “Por uma noite”, rasga o nosso pudor, os nossos sentidos e isso apraz-me, porque quando o ouço só me apetece acender um isqueiro para iluminar á escuridão. Mas, “calma” é uma homenagem, um agradecimento a todos os que acompanham esta banda portuguesa que “segue um caminho sem direcção”, afirmam eles. O que não me parece, não só os Klepht sabem quem são, também me parece que sabem muito bem para onde vão. A prova? Eles pretendem atingir as 10 mil cópias vendidas e para tal, basta só comprar e não piratear este grande trabalho discográfico de que tanto gosto, muito para além do permitido por lei. Deixo no final do texto um apelo desta banda, ouçam e peçam por mais. Por ultimo e não menos importante, gostaria de realçar os vídeos dos temas que destaquei, são de excelente qualidade e nenhum deles fica aquém do que se vê ao nível internacional. Estão todos de parabéns!

http://www.youtube.com/watch?v=vuJ3CleMUOE&feature=relmfu

domingo, 30 dezembro 2012 12:20

Tasca beat, o sonho português

Orquestrada era o segredo mais bem guardado de Portugal, até bem pouco tempo.

É a tasca beat do país profundo para o mundo global e gosto muito desta terminologia irreverente, que soa bem e faz-nos sorrir por antecipação, é um alongar dos lábios que continua ao ouvir os primeiros acordes deste primeiro auspicioso álbum de estreia. Feliz coincidência que juntou este grupo de pessoas das mais diferentes nacionalidades com uma paixão em comum, a música e já agora, sem parecer arrogante, Portugal. É uma delícia ladrilhada de pedras de rubi só para o meu amor passar, como o é tema de abertura, dedicado a todos os arquitectos do país, “se esta rua fosse minha”, só nos dá vontade de rodopiar alegremente e pedir por mais. E não se fazem de rogados, Marta Miranda e companhia limitada brinda-nos como uma sonoridade refrescante, cheia de influências das mais diversas culturas musicais que se fundem no que já chamam a nova música popular bairrista portuguesa. Um epíteto cheio de graça e muito humor, que se reflecte no “kekfoi” dedicado a todos os portugueses, com um o que se passa, o que te doí? E se dúvidas houvesse não se pode deixar de ouvir, “ eu e o meu país”, uma canção que mescla vários aromas, vários odores num ritmo intermitente e irresistível. Como em ti há “qualquer coisa que me anima” cantada à capella desnuda a voz aveludada da carismática vocalista dos orquestrada. “Agarram-me” devia ser o título deste trabalho sem paralelo, porque é isso que eles fazem, conduzem-nos por uma aventura musical de fusão e antes de terminar “vá lá” oiça este disco com ternura e termino com o “oxalá te veja” que é o que espero fazer, assistir a um dos concertos desta multifacetada e divertida banda.

http://www.oquestrada.com/

domingo, 30 dezembro 2012 12:15

Cacique´97

É a primeira banda portuguesa afrobeat que lançou o seu primeiro álbum 2009.

Este é um trabalho multicultural, onde cabem as mais diversas sonoridades, que se misturam criando um ritmo irresistível com sabor afro, mas que vai muito além desse conceito. É um trabalho discográfico que assenta na grande diversidade instrumental. Há de tudo um pouco e para todos os gostos. É uma miscelânea de origens que reflectem a própria natureza da banda, que é constituída por 10 músicos de proveniências diferentes que residem no nosso país. Logo a abrir tem “eu quero tudo”, um tema com uma letra irónica, directa, sem papas na língua, com uma mensagem social que não poderia ser mais atual num país em plena crise financeira. Á beira do abismo. O mesmo se pode dizer de “Sr. Diplomata” é uma canção que vai beber a sua inspiração ao rap, a letra é um alerta, um aviso em relação aos engravatados do mundo, que mandam em todos e que nada fazem pelo colectivo. “Come from Nigéria” é outro apelo à não indiferença, a música é a arma nessa luta global, por um mundo melhor. Uma das curiosidades deste “cacique 97” é que os temas são longos, devido a sua instrumentalidade inerente que é cada vez mais rara no mundo da música, “dragão” é disso um excelente exemplo, inspirado na China, há todo um ritmo muito urbano que se agrega ao tema, contudo é quase impossível de cataloga-lo, aliás, esta mistura musical está patente transversalmente em todo o disco, basta ouvi-lo com atenção. Há um cheirinho de Aruba, de América Central, de África e Portugal. Três continentes num só disco. Como curiosidade, o nome do álbum remete-nos para os autocarros privados de Moçambique, chamados de chapa dos caciques que tem o número 97. De referir ainda, que a banda liderada pelo carismático músico Milton Gulli tem obtido um assinalável sucesso além- fronteiras, que muito deve a este álbum de estreia que chegou as tabelas cimeiras do worldmusic.

http://www.myspace.com/cacique97/music/songs/drag-o-50389511

domingo, 30 dezembro 2012 12:13

Um gosto de sol

É uma homenagem de Eugénia Melo e Castro à música brasileira, mais uma e não só.

Eugénia Melo e Castro teve sempre uma carreira intermitente em Portugal. É uma relação esporádica, quase que longínqua, mas quando regressa é tão saborosamente familiar que esquecemos imediatamente o tempo que discorreu entre a primeira vez e última em que ouvimos a sua voz de veludo. A intimidade que estabelecemos com a sua sonoridade é sempre tão despojada, sabemos que respira e vive, mas nunca perguntámos por ela. E não é que não gostemos da Geninha( como é carinhosamente apelidada), é que a sabemos tão errante que invariavelmente nem exigimos a sua presença, intimamente pressentimos que esta bem, porque quando regressa, embora discretamente, o seu voltar é sempre um acontecimento. Como o de alguém que nos é muito querido, que já não víamos há imenso tempo e ao revê-la as saudades inundam-nos nesse momento e nem queremos ouvir falar em perde-la de novo para os lados de Vera Cruz. “Um gosto de sol” é um disco-homenagem aos autores de Minas Gerais. É um trabalho que na sua génese é de certa forma conceptual, porque é uma abordagem muito pessoal ao universo da música mineira de que tanto gostámos. Bem, pelo menos eu. É um repertório cheio de participações especiais, recheado de artistas que são muito queridos à Eugénia Melo e Castro e aos portugueses. É também uma comemoração pelos 30 anos de carreira desta cantora e compositora portuguesa. Não disse? Foi assim há tanto tempo? Pois foi. Como digo, nem demos pelos sinais do tempo. Não vou destacar nenhum tema, são todos tão gostosos, como dizem os brasileiros. Embora, o CD tenha já sido lançado em São Paulo, a cantora virá em Junho deste ano para apresentar este novo trabalho, recheado de poetas com um gosto muito solar, no nosso país. Delicie-se!

http://www2.uol.com.br/eugeniameloecastro/

domingo, 30 dezembro 2012 12:10

Crónicas de violentíssima ternura

É um trabalho discográfico de Pedro Barroso ainda é tão violentamente apaixonante como há uma década atrás.

Este é um disco que se divide em três capítulos e um post-scriptum. O primeiro é dedicado as mulheres com o tema de abertura intitulado “jardins de poetas”, que vai para além de um poema que discorre suavemente pela voz grave de Pedro Barroso, é uma ode que floresce o espírito, uma homenagem a todos os trovadores da língua portuguesa, que como ele, são superiores e verticais, embora o contrarie nesta singela canção. A violentíssima ternura é um tema que exalta a vida, “um pouco mais de tempo era a felicidade/um pouco mais de céu e era o paraíso”. O título magnificente pelo seu lirismo inerente é acompanhado por palavras ditosas que exaltam a alma. Maria montanha segue-lhe o rasto. É a história de uma reclusa vestida de negro, de lábios de veludo, com os seus cabelos ao vento, que vive para lá de Amarante. O segundo capítulo fala do mundo, e não há nada mais lusitano do que dize-lo cantando, com o tema “sou português, sou diferente”. É uma canção que fala do povo, das nossas idiossincrasias de uma forma tão ofegante e sinuosa, que ressoa no coração. É a vida de emigrante. A eterna inquietude. A nossa sina. E o mar…E diante das ondas ouvimos Pedro Barroso recitar “o sentido das coisas”: ao ver este país a navegar. A terceira parte desta deliciosa crónica traz a memória a celebre frase: todo o ser humano tem um pouco de louco. Vêm mesmo a calhar nesta progressiva loucura, com o tema “templário enlouquecido”. É um balsamo que o fara sorrir, ou talvez chorar. A encerrar, o P.S., meu preferido, “em nome do feitiço acontecido”, que foi precisamente o que me aconteceu ao ouvir este trabalho de um dos maiores cantautores da língua portuguesa, fiquei enfeitiçada pelo grande e não o digo apenas de forma metafórica, o Pedro Barroso, que embora um pouco arredado das grandes salas de espectáculos, ninguém sabe bem o porquê, jamais será esquecido, nem muito menos vencido. Ele é eterno enquanto a sua música e as suas palavras durarem em mim e espero que oiçam. Por isso deixo, um “cheirinho” deste trovador das palavras.

http://www.youtube.com/watch?v=skLKK6OMmsY

domingo, 30 dezembro 2012 12:05

Mi ma bô

Foi o primeiro trabalho discográfico de Sara Tavares para o mundo. E ainda bem que assim aconteceu.

A primeira vez que ouvi a cristalina voz de Sara Tavares, tinha ela quinze anos e participava pela primeira vez na sua vida num programa televisivo chamado “chuva de estrelas”, ao qual se tinha inscrito graças a cumplicidade de um vizinho com o intuito de surpreender a avó. Nunca hei-de esquecer a emoção que senti a ouvi-la cantar um tema da Whitney Houston. Creio que cantora norte-americana, caso tivesse estado ali presente teria dado os parabéns fervorosos a esta jovem descendente de cabo-verdianos, pela magnífica interpretação de um dos seus temas de maior sucesso. Já agora, para aqueles que não sabem, a Sara Tavares venceu essa primeira edição e tornou-se uma estrela muito especial no panorama musical português. “Mi ma bô” foi o seu primeiro disco. O teste à versatilidade de uma voz maviosa, cheia de calor e diferentes tonalidades que estão presentes neste trabalho. É um cadinho de culturas reunidas num só CD. Uma homenagem as suas origens, cabo-verdianas e portuguesas e as influências da música americana. O tema “eu sei” é a pedra no charco deste trabalho. É a minha preferida e claro que só poderia ser a Sara Tavares a interpretar desta forma tão emocionante este tema, diga o que disserem. A canção “mi ma bô”, que dá o título a este disco, é tão singela que mesmo que não percebamos o seu significado ficamos logo bem-dispostos. “Tu és o sol” é também outro das canções desta compilação que ficarão associados ao seu talento, já que ela também coproduziu este disco recheado de pérolas musicais.

domingo, 30 dezembro 2012 12:03

Drama box

É um trabalho de Mísia, lançado em 2005, inspirado na mãe da cantora.

É um disco cheio de “músicas” que a ajudaram a sobreviver quando a vida nos morre. É assim que Mísia define este trabalho na capa deste projecto muito sui generis, porque atravessa vários estilos musicais, varias línguas e que fala de poesia, de poetas. É uma homenagem as influências do hemisfério sul do mundo, que reflectem as origens ibéricas da cantora. É um caleidoscópio melódico, com tangos, boleros e fados que se fundem muito bem neste disco, porque falam do mesmo, da tristeza, da alegria, da vida, da morte, dos amores trágicos e dos momentos marcantes de toda uma existência. É uma miscelânea de sotaques e tons, em “fogo preso”, de Vasco Graça Moura, declamado por várias actrizes europeias. É um disco que fala da amizade, dos poetas e escritores que gentilmente cederam-lhe o seu tempo e o mais importante as suas palavras…José Saramago em o fado da “adivinha II”, “se a morte me despisse” de Natália Correia, “Cicatrizes” de Rosa Lobato Faria e “Se o nosso mundo anoiteceu” de José Luís Peixoto. É também um tributo aos músicos do sul, do outro lado do Atlântico, os míticos de sempre, Manzareno, Expósito e Piazzola. “Ese momento” e “te extraño” tem uma cadência única que só foi possível, graças a magnífica interpretação desta artista, que embora não seja muito valorizada no nosso país, é amplamente reconhecida e premiada além-fronteiras. Este disco é um compêndio de influências que vão ao encontro de todos os que gostam de música e que não pretendem ouvir um trabalho estanque que se limita a um único género, formatado e embalado para as grandes massas. Este Mísia pode não ser para todos, mas encerra em si todo o meridiano sul de um universo musical muito rico, variado, cheio de tonalidades quentes. São todos excelentes motivos para rever este meu preferido de sempre marcado pela diferença.

domingo, 30 dezembro 2012 11:48

Os originais

Uma produtora nacional rockstarmagic criou um concurso que visa dar a conhecer os novos talentos musicais que existem por esse país fora. Ao princípio a ideia era pequenina, mas cresceu à medida que iam recebendo cada vez mais candidaturas. Uma aposta que a organização considera ganha, devido à qualidade dos grupos musicais que actuaram ao vivo e para o ano prometem mais.

O que esteve por detrás da criação deste festival de música?

Fernando Pinto: O objectivo é encontrar novos projectos musicais e ter uma carteira de artistas mais interessante, porque as dificuldades para os músicos em Portugal todos conhecemos, temos bons artistas mas, há poucas oportunidades para mostrarem as suas ideias e o seu trabalho. Foi uma ideia que surgiu em conversa com o Nelson Fontes, que também faz parte da organização. Inicialmente pensámos num evento mais pequeno, mas recebemos tantas propostas musicais que tivemos de reequacionar tudo, porque não é concurso especificamente para bandas, mas sim para todo o tipo de grupos musicais.

Como é que fazem a seleção dos grupos? Criaram várias categorias e as bandas, ou grupos, ou solos e eles inscreviam-se nas respetivas áreas?

FP: Não. Aceitámos as candidaturas, ouvimos a música e depois fazemos uma pré-selecção com um júri que é constituído por vários músicos. O projecto tem de ser interessante, ter algo diferente, não basta ter o estilo a, b ou c. É subjectivo, cada um de nós tem o seu gosto. Depois chegámos a um consenso e desses 10 candidatos, achámos que seis ou sete reúnem boas condições para continuar. Não distinguimos estilos musicais.

Então numa primeira fase quantas candidaturas receberam?

FP: Na primeira fase tivemos 104 candidaturas. Dessas selecionámos apenas 64 candidatos, porque permitia que actuassem mediante a agenda que estabelecemos e as eliminatórias que estavam programadas, até chegar aos três primeiros prémios, se assim lhes podemos chamar.

Mas, ouvem todos os candidatos, ou tem de actuar em palco?

FP: Ouvimos todos e não fomos rigorosos em relação as gravações, ou seja, podiam ser pouco profissionais, até podiam ser vídeos amadores. Temos que usar a fantasia para imaginar como seria essa gravação se fosse profissional. Eles enviavam-nos inicialmente três temas e em palco tocavam mais dois numa segunda fase, num total de cinco e a partir desse actuação foram avaliados ao vivo. As duas últimas canções que apresentaram eram desconhecidas e assim temos uma certa surpresa. São doze dias de concertos ao vivo. O público também participa dessa avaliação, para além do júri que é constituído pela organização e por um conjunto de músicos e patrocinadores.

domingo, 30 dezembro 2012 11:45

The cherry on my cake


É a estreia musical de Luísa Sobral no mundo da canção. Uma cereja em cima do bolo.

Os concursos para descobrir valores musicais tem um percurso curioso no nosso país, raramente geram ídolos. Ao contrário da publicidade. A Luísa Sobral é a excepção que confirma a regra. O seu primeiro trabalho não resulta de um contrato blindado, mas sim é fruto da sua criatividade pessoal, que acaba por reflectir a sua personalidade. A de uma cantora com uma tonalidade vocal muito singular, que não necessita de grandes produções para se fazer ouvir. Xico é prova disso e um das melhores canções deste álbum que chegou ao ouro. Se inicialmente parecia que estávamos perante mais um enlatado musical, as aparências enganam. É o primeiro trabalho da Luísa Sobral, mas já promete. A sua entidade musical fica patente a partir do momento que ouvimos o primeiro tema deste trabalho intitulado “the cherry on the cake”. As suas influências são um jazz e uma certa musicalidade pop, vai ao encontro do seu gosto personalizado. As restantes canções originais compõem o ramalhete de um disco que pode ser ouvido numa tarde de ócio, num final de tarde em boa companhia e este disco tem o condão de nos fazer sentir melhor e remeter para um tempo de grandes vozes do passado como a Billie Holliday e a Ella Fiztgerald. Em boa hora.


http://www.luisasobral.com/

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