Um estudo prova que as mudanças climatéricas influenciam a sobrevivência desta ave marinha.
As alterações ambientais põem em risco a sobrevivência de predadores de topo na Antárctida, como o Albatroz, foi uma das conclusões de uma pesquisa internacional liderada pelo cientista português, José Xavier, investigador no Instituto do Mar da Universidade de Coimbra. O projecto de pesquisa Polar é financiado pela British Antarctic Survey e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), contou com a preciosa ajuda de uma equipa de oito cientistas do Reino Unido, de França e da Alemanha, que demostraram que predadores de topo não são capazes de encontrar alimento suficiente num ano em que o Oceano Antárctico esteja anormalmente quente. Assim, os seus filhotes morrem de fome, o que põe em risco a sobrevivência desta espécie. Para o especialista o facto mais surpreendente deste resultado é a incapacidade destas aves em encontrar alimento alternativo, quando confrontados com o aumento da temperatura das águas oceânicas, que os leva a procurar sustento para as suas crias ainda mais longe e sem aparente sucesso. Esta falta de flexibilidade de predadores de topo na Antárctida poderá ter um impacto importante, no futuro, em termos de sobrevivência da espécie, caso continuem a aumentar estes anos anómalos, em termos de mudanças ambientais.
http://cientistapolarjxavier.blogspot.pt/2008/01/albatrozes-e-beleza-das-aves-marinhas.html