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Biomares em acção

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O parque natural professor Luiz Saldanha é um caso de sucesso na preservação sustentável de espécies que interagem com os seres humanos ao longo de 12 anos de existência.

O impacto da pesca intensiva na biodiversidade marinha tem sido uma das maiores preocupações da comunidade científica. A questão tem suscitado grandes debates no mundo global, já que é necessário implementar respostas bio sustentáveis, eficazes e atempadas tendo em conta as necessidades humanas por uma grande fonte de alimento que até bem pouco tempo se dizia que era inesgotável. Afinal, o cenário é bem mais dramático do que se imaginava. Contudo, há sempre uma luz ao fundo do túnel, e é aí que entra o projecto biomares que teve lugar no parque marinho prof. Luiz Saldanha, entre a praia da Figueirinha e da Foz, ao norte do Cabo Espichel. O objetivo foi “criar padrarias marinhas, outrora existentes na costa da Arrábida, através da plantação de três espécies diferentes de algas marinhas muito importantes do ponto de vista da manutenção da população piscícola, da qualidade da água e da retenção da areia e biodiversidade marinha”, como refere o relatório para leigos da Biomares.
“Foram replantadas ao longo de três anos 60 parcelas ente a zona do Portinho e da Galapos. As plantas marinhas foram recolhidas na Ria Formosa e estuário do Sado para o efeito. A experiência científica não teve o resultado esperado, devido a contingências exteriores, ou seja constrangimentos naturais motivados por tempestades que ocorreram nessa área e a capacidade herbivoria das salemas. Apesar dos percalços, verificou através da contagem das larvas dos peixes existentes, para além das 28 espécies que residem neste parque marinho, graças ao projeto foram introduzidas neste local 220 novos espécimenes ao catálogo de Luiz Saldanha. É de realçar que 37 destes animais marinhos são tubarões e raias. O cação-liso e o cação-perna-de-moça são dois cartilagíneos com um estatuto de vulnerável e por esse motivo constam da lista vermelha das espécies em via de extinção. É ainda de realçar a raia-branca que também esta registada como em perigo de desaparecer dos mares e que já se pode avistar nestas padrarias marinhas.
Verificou-se ainda que o número de peixes aumenta se a monitorização for constante e houver uma maior proteção de uma zona costeira designada para o efeito” concluem. Os resultados mostram que áreas protegidas parcialmente permitem a recuperação da biodiversidade contribuindo para a pesca sustentável e uma maior consciencialização das futuras gerações para estes espaços marinhos.


http://www.projetobiomares.com/

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