Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

h facebook h twitter h pinterest

Ecoportugal

Escrito por 

 

 

O nosso país está entre os três primeiros países industrializados que mais tem contribuído para a diminuição das alterações climatéricas.

Nem só as más notícias vêm de Portugal, o nosso país destaca-se, segundo um estudo global efectuado pela agência internacional de energia, como uma das nações que mais tem contribuído com medidas ambientais eficazes no combate as alterações climáticas. É uma classificação que compara os 58 países industrializados que são responsáveis pela produção de 90% dióxido de carbono que é lançado para a atmosfera.
Na prática implica que Portugal é o terceiro melhor país, na medida em que, tal como ano passado, os três primeiros lugares estão vazios, por se considerar não haver por agora nenhum país merecedor do pódio no que respeita à protecção do clima. O objectivo do índice é aumentar a pressão política e social, nomeadamente nos países que têm esquecido o trabalho nacional no que respeita às alterações climáticas.
Os melhores lugares foram para três países europeus: a Dinamarca, o Reino Unido e Portugal (considerado uma surpresa), à frente ainda da Suécia (7ª). A Alemanha saiu do "top ten", ocupando agora o 19º lugar, muito penalizada pela atitude que tem tomado em decisões de política climática à escala europeia, na área do comércio de emissões e da melhoria de eficiência dos automóveis. Os piores países são o Canadá, Irão, Cazaquistão e Arábia Saudita.
A Dinamarca apresentou o melhor desempenho pela sua recente tendência de redução das emissões e por uma política climática considerada excepcionalmente positiva. Na União Europeia, a Holanda sobe 18 posições graças às políticas do novo governo, a Polónia é a penúltima (45º lugar), e no fundo da tabela está a Grécia, com o pior desempenho (47º lugar).
O desempenho da China melhorou oito lugares (de 54º para o 46º lugar) e mostra sinais positivos pois, apesar do aumento de emissões, está a conseguir separá-lo do crescimento do PIB, tendo grandes investimentos em energias renováveis e estando a limitar o uso do carvão, sobretudo por causa dos enormes problemas com a qualidade do ar. A Índia volta a recuar seis lugares, dada a forte tendência de aumento das suas emissões. Os Estados Unidos da América mantêm o 43º lugar, à custa da crise económica e também da redução do uso de carvão.
A metodologia revista é centrada principalmente em indicadores objectivos: 80% da avaliação é baseada em indicadores de emissões (30% função dos valores de emissões e 30% função da evolução recente das emissões), eficiência (5% relacionado com nível de eficiência energética e 5% com a evolução recente), e ainda o recurso a energias renováveis (8% em função da evolução recente e 2% função do peso do total de energia primária de fontes renováveis).
Os restantes 20% baseiam-se na avaliação de mais de 250 peritos dos países analisados, tendo a ONG portuguesa Quercus intervindo neste critério. O CCPI2014 foca-se particularmente na questão da política nas áreas das energias renováveis e eficiência energética, por se considerar que estas são as principais vias para a mitigação das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), e considera também as emissões associadas à desflorestação.
Tal como no ano passado, há, na opinião dos peritos, uma insatisfação generalizada em relação às medidas tomadas por cada país para assegurarem, à escala global, um aumento de temperatura inferior a 2ºC, em relação à era pré-industrial.

O relatório é disponibilizado pela Quercus através do blogue http://varsovia.blogs.sapo.pt e no sítio www.quercus.pt.

 

Deixe um comentário

Certifique-se que coloca as informações (*) requerido onde indicado. Código HTML não é permitido.

FaLang translation system by Faboba

Eventos