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Não-me-esqueças

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Trabalhos de campo realizados na ilha do Corvo por elementos da SPEA e da Universidade Técnica de Munique permitiram a descoberta de vários exemplares de Myosotis azorica.

Desde 2001 que não existiam registos conhecidos desta pequena flor azul endémica nas Flores e no Corvo e apenas se tinham registado 5 exemplares em 2012, numa falésia que posteriormente ficou destruída por um movimento de terras, suspeitando-se que a espécie poderia estar perdida ou extinta. De 2009 a 2012, houve até várias tentativas infrutíferas para a localização de plantas desta espécie no âmbito do projeto LIFE "Ilhas Santuário para as Aves Marinhas". Contudo, os trabalhos recentes de prospeção às falésias costeiras da Ilha do Corvo, arquipélago dos Açores, realizados pelos técnicos da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), Carlos Silva e Tânia Pipa e pelo investigador da Universidade Técnica de Munique (Alemanha), Prof. Dr. Hanno Schaefer levaram à redescoberta de uma das plantas endémicas mais raras dos Açores e do Mundo a "Não-me-esqueças".

A grande ameaça para a sua sobrevivência, e para outras plantas e aves costeiras, é a elevada pressão de pastoreio das 245 cabras e ovelhas selvagens que habitam as encostas do Corvo e onde se localizam as maiores falésias do Atlântico Norte. A "Não-me-esqueças" só está fora do alcance destes herbívoros nas falésias mais declivosas e inacessíveis, que infelizmente são muito instáveis e colapsam, podendo levar ao desaparecimento desta rara planta.

A SPEA, em colaboração com o Parque Natural de Ilha do Corvo e a Universidade Técnica de Munique estão a unir esforços para definir o plano de ação para a espécie Myosotis azorica e esperam conseguir aumentar, por produção em viveiro, o número de indivíduos desta espécie extremamente ameaçada, para que num futuro próximo, todos os visitantes e habitantes do Corvo possam desfrutar da beleza desta planta e para que se faça jus ao seu nome e este não fique no esquecimento. Apesar de a nível mundial esta espécie estar listada com o estatuto de Vulnerável a situação da espécie é bastante preocupante.

http://www.spea.pt/pt/

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