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O amigo bico-de-lacre

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Dois estudos provaram que esta espécie invasora não prejudica os ecossistemas autóctones.

O Bico-de-lacre, uma espécie da africa subsaariana foi alvo de dois estudos que permitiram concluir que o seu impacto ambiental na biodiversidade nativa é residual, já que esta ave exótica tem vindo a ocupar um nicho ecológico bastante diferente da maioria dos espécimens autóctones. As duas investigações, dirigidas pelos cientistas Helena Batalha e Carlos Carvalho, investigadores da CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, Universidade do Porto), apresentam resultados "animadores" sobre a espécie e a sua presença em Portugal. Embora se trate de uma espécie exótica introduzida há duas décadas, trazida na época de regresso dos ex-colonos, os bandos de bicos-de-lacre não competem com as restantes aves, embora também possam ser encontrados em zonas agrícolas, ripícolas e arrozais, o facto de comerem só sementes de certas gramíneas, que parecem ser pouco comidas pelos outros especimens, faz com que não seja um animal que exerça pressão ecológica sobre as endógenas. Outro factor a ter em consideração nesta equação é o longo período repodutor destas aves que gera menor pressão nas restantes espécies nativas. Contudo, a sua escolha dos locais de nidificação acaba por ter impacto numa pequena ave local, a escrevedeira-dos-caniços, classificada como "vunerável" e que também põe os ovos nas mesmas zonas húmidas que o bico-de-lacre.

Artigos:
- A successful avian invasion occupies a marginal ecological niche («Acta Oecologica»)
- Personality traits are related to ecology across a biological invasion («Behavioral Ecology»)

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