São uma das espécies mais acarinhadas pelos seres humanos.
Há uma empatia imediata entre o homem e os golfinhos. Embora, vivam no oceano, não são peixes, são mamíferos. Respiram através de pulmões e por isso são avistados frequentemente à tona, vêem para respirar. Possuem corpos aerodinâmicos que lhes permite deslizar a grande velocidade no mar, em busca das suas presas preferidas, são ainda, revestido de uma espessa camada de gordura que os conserva quentes, quando nadam em mar aberto e a grandes profundidades. Como são muito sociais criam lanços profundos entre si, por isso vivem e caçam em grupos, que podem até atingir as centenas de indivíduos.
A reprodução desta espécie é um processo complexo, em que o macho tem de cortejar a fêmea, através de contacto físico permanente. “Os golfinhos são polígamos, mas não vivem em haréns. As fêmeas acasalam frequentemente com mais do que um macho na mesma época. Entre os roazes-corvineiros, os machos são sexualmente adultos por volta dos 10 anos, mas frequentemente só acasalam depois dos 15 anos. As paradas nupciais podem durar várias semanas, ao longo das quais os machos realizam inúmeras proezas acrobáticas. Depois, as fêmeas aptas para serem fecundadas aproximam-se e formam-se os pares. Desejosos de carícias, os golfinhos esfregam-se nas barbatanas peitorais das suas parceiras. A seguir, a cópula dura apenas 15-20 segundos e realiza-se debaixo de água” de acordo com os dados fornecidos pela página golhinhos.net.
A gestação em algumas espécies dura um ano, finda da qual a fêmea dá a luz uma cria com a ajuda de um segundo golfinho que vigia todo o processo, as chamadas madrinhas, ajudando a cria à deslocar-se até a tona da água para a sua primeira inspiração. Durante, um período de cerca de dezoito meses, o filhote é amamentado com intervalos frequentes, ao mesmo tempo que a mãe lhe ensina técnicas para procurar comida de forma independente. A ligação é tão forte que dura para toda vida. As fêmeas são autênticas guerreiras no que concerne a protecção da sua prole, quando o seu maior predador, o tubarão ronda as crias, o grupo nada velozmente em círculo em volta delas enquanto, os golfinhos mais experientes atacam sem dó, nem piedade. Um comportamento defensivo, que já salvou também muitas vidas no mar.
Os golfinhos caçam através do ecolocalização. Trata-se de um som que emitem e que ao ecoar pela água, permite a este espécie obtenha uma imagem mental dos peixes, ou objectos que se encontram ao seu redor. A sua audição é extremamente desenvolvida por esse motivo, já que a sua visão é fraca e vêem apenas várias tonalidades de cinzento. Existem 37 espécies conhecidas de golfinhos no mundo, contudo as mais vulgares na costa portuguesa, são o roaz-corniveiro e o golfinho nariz de garrafa. A única colónia residente situa-se no Rio Sado, mas encontra-se em perigo de extinção, há uma grande mortalidade entre as crias, devido a poluição crescente deste passadiço fluvial. Os golfinhos comuns podem também ser avistados nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, existem vários operadores turísticos que realizam saídas para avistar estes maravilhosos e muito inteligentes animais aquáticos.