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A alma mater

Escrito por 

Cristina Perneta é uma artista plástica sensível, atenta as pequenas coisas que nos rodeiam, transforma essas essências de alma em obras de arte que timidamente sugerem mundos alternativos, outras vivências.

Tens três componentes que se repetem no teu trabalho, a luz, a terra e a água. Porquê são tão importantes estes elementos na tua obra?

Cristina Perneta: Sim é verdade, é uma forma de encontrar essa paz. Identifico-me com esse tipo de energia, essa empatia.

De uma forma geral acabas por abordar a natureza e com diversos suportes artísticos.

CP: Tem a ver com a minha forma de ser. O que procuro? É aquilo que faço no meu dia-a-dia, seja na pintura, no desenho, naquilo que gosto de criar.

Uma das tuas exposições aborda a laurissilva, porque escolhestes esse tema?

CP: É algo que me fascina por aquilo que esta detrás do tema em si. Pela natureza. Sentir essa parte como um todo. No fundo somos todos um. Essa ligação acaba por criar esta rede com as pessoas. A natureza transfere essa harmonia, essa paz.

A mostra terra, ar e fogo é outra abordagem a mesma temática. Nesta existe uma forte componente multimédia aliada as restantes vertentes artísticas.

CP: Essa foi uma experiência entre aquilo que faço e os elementos que a natureza criou, tendo em conta a nossa direcção. Deixar fazer esse fazer pela natureza, como por exemplo, o sol é um destruidor, mas ao mesmo tempo é um criador. A própria água também se insere nessa dinâmica. Depois ensaiei os vários sentidos, o tacto, o cheiro, etc. Usei os elementos básicos, como a luz, para criar uma textura e a alteração de cor no próprio objecto.

Qual dos vários processos é o que gostas mais de manipular?

CP: Isso surge naturalmente. Há ideias que me direccionam para determinado caminho e traduzem-se em pintura, ou em desenho. Às vezes nenhuma delas consegue transmitir o que estamos a sentir e isso acaba por aparecer sob a forma de instalação, ou outra forma de criar. Tem muito a ver com o que esta dentro de nós. Depois vai-se encaminhando.

O que te inspira?

CP: A vida! A simplicidade das coisas gratuitas é um pequeno luxo. O que esta sempre presente, mas facilmente passa-nos ao lado. Os gestos. Uma atitude. Um som.

Para os utilitários fizestes joias, o que te atraiu?

CP: Era um tema que já vinha desenvolvendo á algum tempo e como objectivo era ser utilitário peguei nessas joias que são inspiradas em mandalas. São pinturas que partem sempre de um foco central. Depois vão-se expandido e repetindo. É quase como uma meditação. Essas mandalas é uma forma de falar com esse lado interior.

O que vens desenvolvendo agora?

CP: Tatuagens temporárias. Surgiram por acaso e comecei a fazer. Foi engraçado, porque se trata de uma forma de criar um desenho sob a pele. Uma mensagem. As pessoas procuram-me para isso. Estou presente em eventos de ligados ao artesanato, as artes.

Tu crias o desenho ou as pessoas escolhem?

CP: As pessoas escolhem os temas e crio a partir daí. Outras preferem desenhos meus já pré-definidos. Outras ainda, não todas, pedem um desenho livre. É uma forma de confiar. É bom ter essa liberdade de criar.

Como é que chegastes aí?

CP: Eu desconhecia a henna. Quando a descobri, achei muito interessante tudo o que esta por detrás e as mensagens. Comecei a fazer há uns três anos.

http://cristina-perneta.blogspot.pt/

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