Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Amadeus

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Ivo Reis é um jovem designer que procura através da sua arte inundar o mundo de criaturas bizarras que podem ser suas amigas, ou não, mas que são únicas. As suas ilustrações são uma espécie de cartoons estilizados que quase ganham vida própria.

Porquê Amadeus como pseudónimo? É pela sua irreverência?

Ivo Reis: Não, eu andava a procura de um novo, como o meu segundo nome é Amadeus, achei interessante usa-lo e ficou.

Porque sentiste a necessidade de usar um cognome nos teus trabalhos?

IR: Não sei, para ser diferente do Ivo, surgiu-me naturalmente.

Defines as tuas ilustrações como um mundo de criaturas bizarras, umas mais amistosas, outras não. Procuras o belo no feio?

IR: Basicamente é isso. Gosto muito que as minhas ilustrações sejam detalhadas, “agressivas”, procuro através das cores, nos pastéis, nas tonalidades mais suaves criar essas criaturas mais agressivas, ou pelo contrário, nas coisas mais simples tento dar traços mais agressivos.

Mas, onde te inspiras para criar esse mundo?

IR: Inspiro-me no mundo à minha volta. Muito no meu imaginário, mas não tenho um ponto específico. Vejo o trabalho de outros ilustradores e procuro a inspiração em cada detalhe.

Um dos teus trabalhos intitula-se lixeiros. Diz-me o que pretendias e porque o fizestes?

IR: Foi o projecto de final de curso. Pretendia-se que os contentores se tornam-se mais “apetecíveis” ao olhar das pessoas, porque não são bonitos e cheiram mal. Inspirei-me nos caixotes da minha cidade, que é Vila do Conde e fui buscar um pouco da história local. Escolhi seis personalidades muito influentes em termos locais e fiz as ilustrações. Dei-lhes o meu toque.

Podes dar-me um exemplo?

IR: A Mumadona Dias que é um símbolo de Guimarães e deu o nome a vila. Eu achei muito interessante o seu percurso.

Esse projecto foi aplicado nos contentores do lixo ou não?

IR: Apresentei-o na exposição de final de curso, mas ainda não enviei à Câmara, porque estou envolvido em outros projectos. Mas, pretendo mostra-lo e ver o que eles pensam.

Tu também pertences ao colectivo Visio, fala-me dos seus objectivos e como entrastes para o grupo?

IR: São brasileiros, de Salvador da Baía. Foi contactado por eles para fazer parte do grupo, através das minhas ilustrações. São um colectivo artístico que promove exposições, participações online e intervenções no meio urbano. Achei o trabalho que desenvolviam interessante e comecei desde logo a colaborar com eles.

Envias os teus trabalhos para o Brasil e depois?

IR: Eles expõem os trabalhos em diferentes galerias consoantes os novos projectos que desenvolvem. Também creio que fizeram intervenções nas ruas. Procuram acima de tudo mostrar o que é arte, aquilo que fazemos às pessoas.

Essa parceria já cruzou o Atlântico? Já houve alguma exposição em Portugal?

IR: Não, eles convidam artistas de todo o mundo, mas para já só acontece no Brasil.

Como é que uma pessoa de uma área tão artística como a tua encara o seu futuro em Portugal?

IR: O futuro aqui é complicado. Vivemos neste altura de crise, temos é de acreditar em nós, nos nossos artistas, porque lá fora temos muito sucesso. Temos mesmo muita qualidade e em vez de andar a procurar designers e ilustradores lá fora para fazer projectos cá, deviam apostar mais em nós e assim todos podemos crescer.

http://www.behance.net/amadeusdesign

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