Francisco Urbano é um dos fundadores da “L’agenzia di arte” um grupo de artistas que utilizam a internet como uma frincha para o mundo global. Uma promoção que também se materializa através de exposições realizadas em várias galerias e espaço de renome ao nível nacional e internacional.
Como é que surge a ideia de criar o “L’agenzia di arte”?
Francisco Urbano: É graças a um grupo de artistas italianos que possui uma página denominada “equilíbrio e arte”, que é um site muito abrangente, porque tem artista de todo o mundo. Fui para lá por convite de outros colegas e em 2007 surgiu a ideia de criar uma maior interação com os artistas portugueses e estrangeiros daí a “L’agenzia di arte” que rapidamente teve uma adesão fantástica. Temos mais de 600 artistas de todos os continentes, sendo que 80% são estrangeiros, isto permite que possamos trazer para Portugal artistas oriundos de outras partes do globo e nós próprios, os portugueses levámos a nossa arte através do mundo, mostrando-a a povos aos quais quase que seria que impossível chegar. Aproveitámos as sinergias de todos e tudo isto assumiu um caracter muito profissional que exigiu bastante do meu tempo. Neste momento temos uma agenda anual, religiosamente no dia 1 de Setembro é colocado o programa para o ano seguinte e assim, os artistas ficam a saber que os seus trabalhos serão colocados em locais bons, nobres que ajudam em termos de curriculum.
Como é que feita a selecção dos artistas? Há um painel que os escolhe?
FU: Sabe, o grupo foi criado por artistas e é gerido por artistas, não gosto de criticar o trabalho dos outros, a partir do momento que tem uma carreira artística assumida são bem-vindos, gostar ou não de um artista depende do observador. Enquanto artista tenho a minha própria linguagem, outros tem a sua e temos que respeitar o trabalho uns dos outros, sem o olhar crítico entre nós. Não existe uma selecção, desde que tenham uma carreira assinalável podem entrar. Temos uns emergentes, com eles é preciso ter um pouco mais de cuidado, porque é preciso perceber se pretendem seguir esta carreira, ou se é só para vender uma tela ou duas e isso não faz um artista.
Como são programados os locais para as exposições?
FU: Em 2012 começámos por Barcelona, estivemos em Coimbra, actualmente estamos na Madeira e estaremos presentes no Porto, no dia 13 de Outubro, na Casa Abel Salazar. Todos os anos temos o cuidado de escolher as galerias, ou os espaços que primam pela qualidade, que possam acrescentar algo à carreira dos artistas e não exibimos os nossos trabalhos em locais que não tenham esse perfil.
Quais são as novidades que têm agendadas para o próximo ano?
FU: No próximo ano vamos começar uma exposição na galeira Visionarte em Barcelona e vamos estar presentes, na Fiqueira da Foz, na 18º mostra internacional de Vendas Novas e na Casa da Cultura de Santa Cruz.
A aposta desde o início foi sempre um site online, porquê?
FU: Porque é uma ferramenta recente, para toda a gente, para a sociedade em geral. Tem sido aproveitada de uma forma positiva quer pelos artistas para divulgarem os seus trabalhos, quer para os colecionadores para os conhecerem. É brutal, fantástica, porque permite-nos uma exposição global e chegámos a todo o mundo