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A força que ninguém pode parar

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A associação presença feminina é uma entidade de utilidade pública com o objectivo principal de apoiar as vítimas de violência doméstica. Desde 1995 que desenvolvem um trabalho meritório que engloba não apenas o atendimento das pessoas que recorrem a esta instituição, mas apostam sobretudo nas acções de sensibilização junto dos mais jovens, no sentido de prevenir futuras situações e mudar mentalidades. Um trabalho titânico que poderá ser posto em causa, devido a falta de espaço e de verbas para anexação de técnicos especializados.

Gostaria por começar pelo balanço que faz da actividade desta organização desde a sua génese em 1993?

Helena Pestana: Trabalhámos em três áreas fundamentais. Uma delas é apoiar as vítimas de violência doméstica, num total de cento e quarenta e seis casos que estamos a acompanhar neste momento. Noventa e três destas mulheres vieram pela primeira vez até nós e 53 processos decorrem ainda de anos anteriores, porque estão em tribunal. Houve uma subida dos pedidos de ajuda substancial, no ano passado recebemos 67 em oposição aos 93 do ano passado. No espaço que viu, fazemos o primeiro atendimento, onde estás pessoas vêem para uma primeira consulta.

Elas aparecem por livre e espontânea vontade na vossa sede, ou são encaminhadas por outras instituições que lidam com estas mulheres alvo de violência?

HP: Temos variadíssimas situações. Há pessoas que chegam encaminhadas pela rede, nomeadamente segurança social, centros de saúde, PSP, vizinhos, amigos e familiares. O que fazemos cá? Num primeiro atendimento prestámos todos os esclarecimentos necessários, tomamos conta do problema, ouvimos sobretudo, porque isso é o mais importante. Muitas pessoas vêm nessa expectativa, de serem ouvidas, para falar do seu problema. Não temos receitas, nem podemos dar conselhos directos, dá-mos é alternativas, ideias construtivas e perante esses cenários as pessoas tomam as suas decisões. Tem de ser a vítima, neste caso a mulher, porque a vasta maioria é do sexo feminino, a procurar-nos. No entanto, dos 146 casos referidos anteriormente, quatro são homens. Depois dessa primeira aproximação e reflexão sobre a problemática, através da associação, ou dentro do nosso espaço, fornecemos apoio psicológico, jurídico e social, no caso de carência de calçado, roupa e alimentos. Eventualmente em casos de risco de vida e sem suporte familiar, como apoio, fazemos o encaminhamento para as casas abrigo. A associação gere uma das três residências existentes em toda a ilha. Depois há todo um trabalho que é desenvolvido após a entrada da mulher na casa abrigo. Elaborámos um projecto individual anual, ao nível das suas competências pessoais, sociais e parentais, porque as mulheres ou estão sós, algumas, ou acompanhadas pelos seus filhos menores. O objectivo é uma boa reinserção social e sair com alguma segurança em termos laborais e uma habitação condigna.

Qual é o perfil destas mulheres vitimas de violência domestica?

HP: São mulheres entre os 25 aos 70 anos de idade. Embora, a maioria se situe entre os 35 aos 45 anos de idade. A média é maior nestas idades. Uma diferença que notámos, não substancial ainda, mas que se nota, é o aumento de pedidos de ajuda das mais jovens. Neste momento, atendemos mulheres mais novas, entre os 24 até os 26 anos de idade. Já vemos uma luzinha no fim do túnel, porque estes dados indicam que as pessoas já não se deixam manter anos á fio em situação de violência. Estes resultados serão fruto de toda a divulgação que o plano regional tem tido. O papel dos órgãos de comunicação social nesta matéria e toda a rede que trabalha em prol das vitimas. Julgo que todos estes factores contribuíram para dar mais confiança as mulheres.

Há também a ideia que a grande maioria destas vítimas provém de meios sociais mais carenciados.

HP: Em termos gerais isso é um mito. Sabemos que a violência doméstica não tem fronteiras, abrande todas as idades, é evidente que na sua grande maioria é o sexo feminino que esta referenciado. Na associação as pessoas que nos procuram são da classe média baixa, com um nível de escolaridade que se fica pelo primeiro ciclo. Este ano, tivemos seis mulheres formadas com curso superior que nos pediram ajuda. Então, porquê é que a maioria que nos procura é de classes sociais mais carenciadas? A associação oferece vários serviços de forma gratuita, é evidente que alguém que possui uma condição económica mais favorável acede a esses meios de forma individual. Essa condição permite-lhe resolver certos problemas, como é o caso para onde vou? Mas, não a livra de outros factores. É um trabalho articulado, que necessita de um conhecimento profundo da situação real de cada pessoa. De 93 casos novos este ano, 64 em que as vítimas referiram o factor álcool como sendo importante. Elas acreditam que esse factor provoca a violência doméstica. É outra vez um mito, mas elas acreditam. Não é verdade, o álcool apenas faz despoletar, faz potenciar o gérmen da violência que já existe. O álcool é uma forma de expandir esses comportamentos e desculpabilizar a violência. Pelos números nós chegámos a conclusão que não é a baixa situação económica que está como factor primordial. Em termos sociais nós apoiámos 149 pessoas e só 26 delas são referenciadas com violência doméstica, Ou seja, ajudámos com roupas, alimentação e alguns medicamentos. Voltámos ao princípio, eu não posso com estes dados tirar conclusões, porque estas 123 mulheres não referiram qualquer tipo de problemas de violência nas suas residências. Se a família for estruturada e se houver valores, o tal amor com letra grande, poderá ser até uma situação em que as pessoas se unam, partilhem e procurem resolver a questão económica.

Nos homens que atendemos este ano é evidente o sentido de poder em relação ao outro, porquê? Ele diz que por estar desempregado, sente que a mulher o agride psicologicamente, que se sente diminuído por estar sem trabalho. É este factor que está associado a outros que já esta na sua personalidade e maneira de pensar. Se ele tivesse uma situação de igualdade em relação a mulher, não é por estar desempregado que ela o vai rebaixar, no entanto pode acontecer. Tem a ver com a sua auto-estima. Voltámos ao núcleo familiar, se há desequilíbrio não é o desemprego que o vai despoletar. Tem a ver com as pessoas.

Também não se deverá pelo facto de que a vergonha é maior? Uma mulher culta, financeiramente independente não é porventura o retrato de uma vítima de violência doméstica.

HP: Mas, são também vítimas, embora os factores sejam múltiplos. Um caso nunca é igual ao outro, quando uma pessoa apresenta quatro ou cinco dos factores.

Quais são esses factores de que fala?

HP: Geralmente, o medo. Hoje em dia é mais esse factor que pesa mais nesta equação da violência doméstica. Medo de denunciar, por em causa culturalmente o casamento, de perder os filhos, as convicções morais e religiosas e a imagem. Há sempre ameaças por parte dos agressores. Muitas destas condições são de ordem cultural, de mentalidade, de educação e formação. Outro factor a ter em consideração é o de vivermos numa sociedade machista. O que persiste? Julgo que não é a vergonha, porque os dados estatísticos o comprovam, elas enfrentam essa realidade já com a noção que violência doméstica é crime público. Elas têm essa consciência que precisam de ajuda, por isso, a violência doméstica devia ser denunciada por todos. É um dever cívico e ético. É um processo longo que vai trazer muitas complicações e sacrifício, se houver compromisso e acreditação as pessoas sabem que é para melhor.

Referiu a imagem, como a mulher olha para ela própria, mas não deveria ser diferente? Elas são mais cultas, independentes em termos profissionais e pessoais.

HP: Sim, mas continuam a acumular de geração em geração estereótipos, que provém da educação, da cultura onde se inserem e quando dizem que não se compreende como é que se admite que maioritariamente são mulheres que educam estes homens? Porque foi essa a forma como foram educadas. É preciso mudar as mentalidades e tudo passa pela educação e formação. Paralelamente, a associação para além de dar apoio a quem já é vítima, aposta muito no trabalho de prevenção, de sinalização e de sensibilização nas escolas onde estejam jovens. Acredito que a mudança só poderá advir, através desta via. É a segunda fase do nosso trabalho.

Do caso que referiu, algumas dessas mulheres não acabam por desistir e voltar para os seus agressores?

HP: Muitas vezes a mulher retoma esse mesmo espaço, dentro daquela fase inicial, sabemos e sentimos que nesse momento de ruptura que se fosse o agressor a sair de casa, eventualmente seria o mais justo. O ter que deslocar os filhos do seu meio, da escola, tendo em conta a necessidade de os levar para uma casa abrigo, é muito grave. Não temos resposta nesse sentido, o que tem de mudar é a lei. Não é verdade que uma mulher ao sair de casa perca tudo. Não perdeu tudo. O problema resulta da lentidão dos processos na justiça que não resolvem estas situações e que se prolongam demasiado no tempo. Se vier me perguntar o que resolveria esta questão? Evidentemente que muitos dos problemas da vitima não se colocariam, se o agressor saísse de casa. A questão mais importante nesta matéria é a segurança da vítima e dos seus filhos e depois resolver as questões de partilhas de bens e todos esses processos jurídicos de forma mais célere, para que a pessoa possa dar continuidade a sua nova vida. Se perguntar a estas mulheres vítimas de violência doméstica, o que é que elas acham, é evidente que não haverá nenhuma que lhe diga que é o agressor que deve ficar com a casa e ela que foi massacrada é que tem de deixar o lar. Depois há situações em que outras pessoas ocupam a residência com o agressor, os bens comuns e pessoais e isso acaba por despoletar um retorno. O nosso papel é esse, não dar importância aos bens, a casa e pensar no bem como sendo ela, devendo preservar-se como ser humano e não depender de uma imagem artificial. Mas, sabemos que é difícil em particular quando se tem filhos. Algumas também retomam essas relações, quando o factor é o álcool, porque eles se sujeitam a tratamentos e dizem que mudaram. Mas, lá está como referi esse não é o único factor. A esperança e o querer resolver a situação, faz com que as pessoas entrem nas relações pensando que vai resultar, que vão ser felizes, no fundo estarem acompanhadas em partilha e comunhão, mesmo assim, as que retomam essas relações, o ter tomado a decisão de sair e procurar ajuda funciona como uma alavanca, é sempre muito positivo, a mulher volta, mas não da mesma maneira. Ela retoma essa vida com mais capacidades e força para enfrentar uma nova situação. E claro, há delas que voltam uma e outra vez e depois existe uma ruptura final. Só quando ela compreende que o ciclo da violência é algo que se repete e que mesmo que algumas situações sejam colmatadas, outras vêem ao de cima.

Fala-se agora muito na violência no namoro. Mas, é algo que já exista e nunca foi denunciado, ou é um fenómeno recente?

HP: Eu não tenho dados e nenhum estudo científico que o comprovem. Mas, naturalmente a violência doméstica acontece desde o namoro até a idade adulta. Quando temos uma média de mulheres, entre os 35 anos até os 45 anos de idade, que nos procuram, elas não dizem que foram alvo de violência ontem, ou o ano passado, são vítimas a dez ou quinze anos. Também era impensável à uns anos atrás que tivéssemos 146 queixas e que houvesse tantas pessoas e instituições mobilizadas para ajudar. Não quer dizer que não existisse, evidentemente que havia violência.

Então começa no namoro?

HP: Sim é um dos sinais que são latentes, hoje em dia, porque quando vamos as escolas e interagimos com os jovens estão lá bem evidentes muitos dos factores da violência doméstica.

Vamos falar sobre isso. A associação visita alguns dos estabelecimentos de ensino da ilha. Qual é esse trabalho que desenvolvem?

HP: Estamos mais presentes em três escolas básicas e secundárias com quem estamos a ter um trabalho mais continuado, em Santa Cruz, no Ângelo Augusto da Silva, no Funchal e na do Estreito de Câmara de Lobos. Numa primeira fase, há uma acção de sensibilização geral, com várias turmas, rapazes e raparigas sempre juntos. Não oferecemos directamente o apoio, porque não temos capacidade técnica neste âmbito da prevenção. Temos alguns concelhos como referencia em que o índice de violência doméstica é mais elevado, então propomos esse trabalho com as escolas. Estamos abertos a quem nos procura e pede para fazermos uma sensibilização.

Como é que nota nessas raparigas esse problema latente?

HP: Nesse trabalho de sensibilização propomos algumas actividades interactivas entre eles, questionários, trabalhos práticos e mediante as respostas encontrámos os factores de risco. Um dos exemplos mais flagrantes e evidentes, é perguntar as jovens que namoram, quantas vezes o namorado telefona por dia? Se é de hora à hora, desde que sai de casa até à chegada a escola, se há atrasos, saber onde é que está, com quem está e para onde vai. A maioria não considera isso como um sinal de violência futura. Desculpabiliza-se isso como um sinal amor. A maioria das jovens sempre afirma que é a preocupação para saber onde a pessoa está. Mas, não pode ser. Se à partida eu estou num local por várias horas, não fico á espera de um telefone de meia em meia hora. O nosso trabalho é explicar exactamente isso. Tem de haver uma margem de privacidade. O ciúme é outro sinal evidente. Há jovens que consideram que o namorado mostrar esse sentimento de forma exacerbada é um sinal também de amor, que gosta dela e não a quer perder. Este é outro dos sinais flagrantes de que algo não está bem. São valores que na mente daquela pessoa estão em causa, as jovens não entendem.

A Susana Lucas é uma investigadora que está a desenvolver um trabalho na Universidade de Coimbra ao nível nacional, que inclui as ilhas sobre a temática da violência no namoro, estamos a passar nestas escolas um questionário profundo e os resultados destes dados fiáveis, vão indicar em que áreas precisámos de actuar junto dos jovens. Como associação, tínhamos um mais simples que nos ajudava a detectar alguns casos, mas não com esta profundidade. No futuro é para estender, em parceria com os EUA e Canadá.

Estas escolas quando contactam a associação fazem-no, porque detectaram alguns casos?

HP: Sim, temos muitas outras escolas que já nos pediram acções de sensibilização. Com as três escolas que referi, temos tido uma ligação, não contínua, mas mantido e aprofundada uma parceria profícua. A partir de 14 de Fevereiro começámos nova campanha. Ao nível regional participámos na iniciativa “só bem me quer” que foi um trabalho profundo, que mobilizou vários parceiros e autarquias no sentido de alertar para a violência doméstica. De Novembro de 2010 até final de 2011 passámos por vários concelhos, por imensas escolas com varias equipas de sensibilização.  Nestas acções reparámos que temos tido finalizações de violência doméstica a partir destas campanhas, os jovens sentem o problema e têm um outro olhar sobre a família, o meio e a vizinhança onde estão inseridos. No final das sessões é frequente eles virem ter connosco e realçar que tem um problema no seio familiar, perguntam o que posso fazer? Dê-me um cartão, ou um panfleto. E nós sabemos que recebemos vários pedidos de ajuda que vieram por intervenção dos jovens. Daí o meu entusiasmo e preocupação em apostar nas camadas mais jovens, porque eles mobilizam-se para esse trabalho.

Que necessitam como instituição?

HP: Prioritário e mais importante para o nosso trabalho é aumentar a capacidade de atendimento. Aumentar o corredor em que trabalhamos, que é muito pequeno. Já nos questionámos se é correcto atender pessoas vítimas de violência, que trazem muitas debilidades e problemáticas, num espaço tão exíguo. Nós atendemos num corredor, no hall de entrada e quando chegam duas ou três pessoas ao mesmo tempo, já tivemos que sair para poder atender as pessoas que nos procuram. O nosso lema e não prescindimos dele é que ninguém chega sem ser atendido, nunca enviámos as pessoas para trás, ou dizemos volte amanhã. Nunca será algo que vamos fazer. Porquê? Nós conhecemos as condicionantes e a coragem que a pessoa teve que ter para chegar até a associação e poderá ser o último momento em que de facto aquela mulher teve essa força e não sabemos o que pode acontecer depois de isso. Não sei mais o que faça. Já apelei a diversas instituições e a segurança social, mais do que isso a Secretaria do turismo e transportes que gere este espaço, apelámos por diversas vezes no sentido de aumentar a nossa capacidade de atendimento ocupando umas salas que servem como armazém. Pedimos o corredor, porque há a possibilidade de quem entra de faze-lo pela entrada principal, mas todos esses pedidos foram negados. Outra necessidade grande que sentimos, e não sabemos como vamos resolver, é a afectação de técnicos. Há várias áreas em que intervimos na violência doméstica, só para garantir este serviço com alta qualidade, temos que ter a tempo inteiro, uma psicóloga e assistente social. No atendimento, as pessoas que temos estão em situação de estágios profissionais, através do instituto de emprego. Os últimos pedidos para anexar mais técnicos foram recusados, porque não havia essa possibilidade de mantê-los anexados. A assistente social que trabalha na associação está a faze-lo como voluntária, mas não poderá manter esta situação por muito mais tempo, porque ela também precisa de sobreviver e a psicóloga termina em Fevereiro o seu estágio. A associação não tem neste momento capacidade económica para manter um salário para os técnicos. A gestão dos projectos de sensibilização e educação é feita também por jovens em estágios profissionais, sei que para eles foi muito positivo, para nós também, pelo entusiasmo demonstrado, mas o que acontece? A equipa é instável, não há um período de adaptação porque, quando as pessoas ganham esse impulso, ao fim de nove meses tem de sair. Necessitámos de uma equipa efectiva com um psicólogo, um assistente social e alguém da área de educação para as campanhas de sensibilização. Mas, não há voluntariado? Eventualmente há. É preciso alguém que faça um trabalho contínuo, eu não posso depender de uma pessoa que está semana pode fazer atendimento, mas na outra não. A psicóloga anexada á associação ainda está a acompanhar casos de anos anteriores. Isso implica uma grande confiança entre as partes e uma empatia mútua. Estamos a tentar tudo por tudo, através do instituo de emprego, manter os técnicos que dispomos neste momento em termos das valências que exige o nosso trabalho contínuo que é o atendimento às vítimas de violência. No entanto, não sei até que ponto podemos continuar a trabalhar desta forma, porque eu já acumulo várias funções, coordeno as áreas educativas e dou apoio em termos de serviço para a associação. A vertente social aumentou imenso, porque há a necessidade de acompanhar as famílias, no sentido de evitar futuras situações e embora se fale de crise, não é de agora. Apelámos as mais diversas entidades, mas não podemos viver só de esperança. Gostaríamos ainda ter capacidade de poder apoiar as mulheres pós-saída da casa de abrigo e aquelas que retomam aos seus lares, para fazer um acompanhamento mais profundo. Haver um espaço informal dentro da associação onde pudessem trocar experiencias. Há mulheres que acham que o seu problema é muito maior e quando ela ouve outras e outras, é espectacular, porque já sentem que não estão sós, nem que são as únicas.

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