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A jurada bambolina

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Ana Brito e Cunha quase dispensa apresentações. É uma das actrizes portuguesa com um grande percurso profissional pelas artes cénicas e pela televisão. Este ano aceitou o desafio para ser juiz do FIFF’11, um convite que muito a orgulha e que é mais passo numa já longa carreira artística.

Do que já viu como juiz num festival de cinema, qual é a sua opinião sobre os trabalhos apresentados de uma forma geral?

Ana Brito e Cunha: Este foi a primeira vez que fui juri neste género de competição.O que para mim é um privilégio. Acho que a qualidade do festival foi muito acima do já esperado, sendo esta é a 6ª edição e consciente de que este festival tem primado pela qualidade, agora que estive mais por dentro, sinto um enorme orgulho em perceber que a qualidade dos artistas presentes foi muito boa mesmo. O facto de ser internacional permite uma interessante troca de impressões sobre esta arte e ser bem abrangente,

Como surgiu o convite?

ABC: Atraves do director do Festival, o Henrique Teixeira. O ano passado apresentei a cerimónia de fecho. Este ano fui jurada. O que me honra bastante e lá esta me permitiu a oportunidade de alargar os meus conhecimentos e experiência.

Se pudesse ser actriz de algum filme (independente do festival) qual teria sido a personagem que escolheria? E porquê?

ABC:A personagem femenina do filme de Matias Bize do Chile, "La vida de los peces", aliás o filme vencedor, porque é de uma consistência incrível o papel, a historia e acima de tudo porque me apaixona o trabalho e forma como o realizador nos conta a história destes personagens

Como actriz como vê a evolução do cinema português? Acha que há um progresso no bom sentido, ou se não? O que necessita para ganhar esse impulso?

ABC:Acho que tem se afirmado cada vez mais, aos poucos, temos que ser conscientes que é um mercado que ainda tem muito por onde crescer e desenvolver, ainda é um pouco restrito, mas também é indiscutível que cada vez temos melhores artistas e qualidade de trabalho. Deverá ser mais apoiado e dar espaço e oportunidades à sua renovação. Não é por acaso que por todo o mundo se ouve falar de algum português envolvido em grandes produções, sejam elas de bilheteira ou independente.

Ao longo destes mais de vinte anos de carreira, verifica-se que escolhe a comédia, em detrimento de papéis mais sérios, porquê? Sente-se mais à vontade?

ABC:Tem sido assim, tem acontecido. Sinto-me bem na comédia, embora seja muito dificil. Gosto muito do trabalho de fundo de textos sérios. Mas tem sido o acaso.

Vejo-a muitas vezes no teatro, recentemente esteve com uma peça na madeira, acha que o teatro está de boa saúde? Há público? Ou apenas é atraído pelo facto de ser feito por figuras públicas?

ABC: Há publico e bom, mas como toda a cultura, é necessário um maior apoio para o fazer chegar as pessoas e com a qualidade merecida. Acho que a aptidão artistica está cada vez melhor. Portugal e os seus artistas tem um país com uma história e cultura muito enriquecedores e como tal, merece mais e uma especial atenção.

No seu percurso profissional tem trabalhado em diversas vertentes artísticas, como sejam a televisão, ou o teatro, qual é a que prefere?

ABC: Hoje em dia, todas elas são importantes como expressão e aprendizagem, é indiscutivel que para mim o teatro é, digamos… a minha sala de trabalho diário, de estudo, e crescimento, mas cada vez mais me fascina a câmara, o cinema, pelo cruzamento do trabalho com as diferentes técnicas.

Como vê a acção do estado em termos de cultura?

ABC:Vejo que não deveriamos mesmo nem desprezar nem substimar a nossa cultura. Temos um país e história, como ja referi anteriormente, MUITO RICOS e o momento que estamos a passar é perfeito para dar-mos o exemplo, dos grandes artistas, poetas, navegadores, e tantos outros portugueses que levaram Portugal ao mundo.

Porquê chamar-se bambolina?

ABC: Porque para além de gostar do som da palavra, o seu significado. Ela define a linha entre o espaço cénico e a audiênca. A Bambolina é a passagem para o sonho.

www.bambolinateatro.blogspot.com

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