
A yellow star company não se limita a concretizar sonhos, é também uma produtora que aposta no teatro, através de tournées que se realizam um pouco por todo o país, como relata o reponsável Pedro Sousa Costa.
A yellow star company não se limita a concretizar sonhos, é também uma produtora que aposta no teatro, através de tournées que se realizam um pouco por todo o país, como relata o reponsável Pedro Sousa Costa.
Não tendo em conta apenas o actual panorama nacional, é difícil ser uma entidade que promove eventos culturais no nosso país? Ou não?
Pedro Sousa Costa: Sim, bastante. Mas queremos e vamos continuar a contrariar a tendência de apenas se produzir teatro em Lisboa e no Porto. Todas as pessoas têm direito a ver teatro e nós temos vindo a contribuir bastante para isso. Só entre Dezembro de 2013 e Dezembro de 2014 tivemos 122.533 espectadores, em todo o país. No caso da nossa vinda ao Funchal, tivemos o privilégio de uma entidade privada ter acreditado nos nossos espectáculos e convidarem-nos a cá virmos.
Com a quase ausência de apoios do Estado o futuro da cultura passa pelos privados?
PSC:Não é verdade que o Estado não apoie a cultura, basta ver a quantidade de apoios pontuais e anuais que a DGartes atribui por ano, assim como outros apoios da Secretaria de Estado da Cultura. De facto não há para todos e houve muitos cortes, mas os apoios continuam a existir. Nós é que nunca tivemos nenhum do Estado, mas nem por isso deixámos de produzir teatro, pois felizmente temos muitas marcas que acreditam no nosso trabalho e nos têm apoiado bastante. De qualquer forma, não acredito no modelo em que o Estado tenha de patrocinar cultura que muitas vezes nem público tem.
Qual é a sua perspectiva sobre o teatro nacional? Já que promove dois projectos teatrais “boing boing” e a “bela e o monstro”?
PSC: Como lhe disse, no espaço de um ano, tivemos mais de 120 mil espectadores e não foi apenas com o Boeing-Boeing e com a A Bela e o Monstro, pois produzimos também o “Casado à Força” de Moliére, o “Conto de Natal” de Charles Dickens, a “Gisberta”, e isto apenas em 2014. Como tal, não podia estar mais otimista quanto ao teatro nacional.
Como define o público que aparece nos espectáculos? Há algum gap geracional?
PSC: Felizmente temos descoberto novos públicos e de todas as idades.
Porquê a escolha do “boing boing” para ser adaptada? O que o atraiu nesta peça de teatro?
PSC: Já adaptei e produzi outras peças, como “A Noite” de José Saramago. Neste caso quis uma peça que fizesse rir bastante o público, que anda a precisar.
É mais seguro apostar em dramaturgia estrangeira do que na nacional? Se não porque a escolha de adaptações para as vossas peças no geral?
PSC: Há textos dramatúrgicos nacionais muito bons. A prova foi o sucesso que “A Noite” de José Saramago teve, com mais de 12,000 espectadores.
De que forma o yellow star company pretende evoluir nos próximos anos?
PSC: Apostando na qualidade dos textos, dos elencos e das equipas com quem trabalhamos. O sucesso acaba por aparecer com naturalidade.




