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Por caminhos arcanos errei

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É a nova obra do jovem escritor Jorge Ribeiro de Castro, trata-se de um romance policial que nos remente para um castelo ensombrado por um segredo que o autor não quis descortinar.

Escreveste "por caminhos arcanos errei" quando tinhas vinte e um anos. E só passado vários anos é que decidiste editá-lo. Por isso pergunto, fizeste muitas alterações?
Jorge Ribeiro de Castro: Quando comecei a escrever o livro não sabia o que ia acontecer. Iniciei apenas o primeiro capítulo, mas depois pensei que como gostava imenso de Sir Conan Doyle, porque não escrever uma história em forma de policial? O drama passasse num castelo com centenas de anos.

Fala-me da linha condutora do policial? Quais foram as primeiras personagens que surgiram?
JRC: As primeiras foram o John, depois o conde Marius e a filha dele, a Kirsten, a Isabella que trabalha na estalagem que mais tarde dá-se a conhecer e o holândes que passou por vários sobrenomes.

Qual dos personagens constituiu um desafio em termos de construção?
JRC: O cocheiro que trabalha no castelo, é um empregado. Quando comecei a descrever esse personagem pensei que ia ser uma coisa, mas no final acabou sendo outra, não vou dizer o quê.

Escolheste um determinado castelo porque tem uma conotação em particular?
JRC: Eu gosto de castelos, desde que criança sempre senti um grande fascínio por este tipo de construções, devido as passagens secretas e as historias mirabolantes que possam ter acontecido nesses espaços quiça casos amorosos, traições, lutas e ainda por cima são uma espécie de fortalezas. Eu vivo perto da fortaleza do Pico e vejo essa beleza arquitectónica todos os dias, depois gosto de conhece-la melhor através de documentários e filmes, é fascinante. Por isso, castelo Wolkesnacht não existe, bem, apenas na minha imaginação.

A escrita foi um processo difícil ao longo deste anos? Houve momentos em que tiveste pausas e pensaste desistir?
JRC: Eu estive a escrever o livro constantemente e terminei-o em 1998. Decidi melhorá-lo, porque chegou o momento de editá-lo em ebook e pensei porque não aprimorá-lo substancialmente? Ou seja, vir com um epílogo que explicava a atitude estranha de uma certa personagem durante todo o romance. Mas, eu estive a escrever muitas outras histórias, durante os anos 90, que agora vão sair em livro, intitulado "reliquías, poéticas e antiguidades", será editado em Fevereiro, tem 17 contos e 12 poemas, portanto não estive parado com este livro, ou à espera que continuasse qualquer coisa, apenas tive outras ideias que desejava escrever. Em Junho de 2014 editei o cortejo das virtuosas solenidades, que possui oito contos. Neste tempo todo estive a melhorar a escrita, escrevi outras coisas também, letras para bandas, colaborei com várias revistas, tive este livro em hibernação, porque surgiram várias ideias que decidi avançar.

Quais os teus personagens preferidos? Ou um dos que tens um carinho muito especial?
JRC: Eu não posso falar de uma delas, porque sou lendo o livro é que se descobre a personagem, mas o Jonh tem muito a ver comigo.

É o incurável romântico?
JRC: Sim, ele apaixona-se por alguém que, ao seu ver, tem uma forma de ser, uma intelectualidade que ele não encontra nas outras mulheres que conhece na Inglaterra.

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