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O figurino do balas

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O guarda-roupa é uma das áreas mais importantes de um filme. A pré-produção do “balas e bolinhos” em termos de recolha de vestuário durou quase um mês, entre visitas a lojas de segunda mão e armários pessoais. Um trabalho minucioso encetado pela figurinista Joana Veloso.

Como elaborastes o guarda-roupa para este filme?

Joana Veloso: O guarda-roupa deste filme teve como objectivo individualizar cada uma das personagens. Os quatro tem estilos muito próprios de vestir e tendo em conta as características deste filme tentamos adaptar, como aliás fizemos nos anteriores. Criamos uma imagem de marca de cada um deles. Quanto ao resto há muitos figurantes e muitas novas personagens que tiveram de ser pensadas em termos de vestuário.

Como é feita a escolha para cada um desses grupos?

JV: Para os que tem falas tenho um guarda-roupa já definido, consoante cada papel que irão desempenhar nas filmagens. Neste cenário em particular, como se trata de um acampamento tive que adaptar muito, porque não conhecia as pessoas e tive de improvisar. Escolhi o máximo de roupas mediante uma pesquisa de imagens de ciganos e escolhi as peças de modo a fazer um conjunto engraçado.

Onde vais buscar as roupas?

JV: Vou sobretudo a lojas de segunda mão, da minha casa e peço as pessoas para trazer também. Dá para adaptar com um cinto ou um acessório e inventar muita coisa.

Como chegastes aqui?

JV: Eu trabalho muito em teatro e já tive algumas experiências em cinema. Eles souberam do meu trabalho e contactaram-me.

Qual é a diferença entre pensar um guarda-roupa para o balas e o teatro?

JV: Os figurinos dependem de cada companhia, cada encenador e do conceito. Em teatro podemos brincar muito mais, porque ao longe em palco tudo é diferente. Podemos trabalhar com texturas, com as luzes de palco e em profundidade. Aqui, no cinema é mais real, adaptamos tudo, porque o filme assim o exige, sem ridicularizar nenhuma das personagens.

Qual é dos personagens aquele que é o mais desafiante para ti?

JV: É o rato sem dúvida. É uma linha muito ténue. Não podemos ridicularizar demais este personagem. Ele tem uma imagem engraçada. Estou a ultrapassar sempre essa fronteira, porque acabo por exagerar e noto que é muito, demasiado até, daí o desafio.

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