Foi o inicio fulgurante da carreira musical de Pedro Abrunhosa e os bandemónio, com um álbum de estreia com influências no jazz.
Foi no ano de 1994, mas podia ter sido a semana passada, quando o primeiro álbum do Pedro Abrunhosa e os bandemónios se estreou, já o ritmo destas viagens, era sentido noite dentro nos bares da noite do Porto. O tema, “não posso mais viver assim” era um dos mais badalados nas pistas de dança e isto eu posso assegurar, porque estava lá. Foi um som diferente que irrompeu pelas mesas de misturas dos DJ's da altura e pelas ondas hertzianas das rádios locais. Toda a gente ouvia! Curiosamente este disco rompeu com um pouco da hegemonia da música anglo-saxónica que se ouvia em todo o lado. Ninguém sabia ao certo quem era o tipo, lembro-me que o nome circulava de boca em boca, até que o mistério se desvaneceu quando ele apareceu pela primeira vez em televisão, já com a imagem de marca, os famosos óculos escuros. E o sucesso foi ainda mais estrondoso. Com o seu som muito jazz, que aliás se nota em todo o álbum, este foi outro dos temas fez ainda mais as delicias do público até, porque “é preciso ter calma/não dar o corpo pela alma. E o mesmo se pode dizer, de “socorro/estou a apaixonar-me/ é impossível resistir a tanto charme”. A balada “tudo o que te dou” contribuiu concerteza para aumentar a taxa de natalidade nacional e disso restam poucas dúvidas basta ouvir. Ainda hoje é uma das composições mais emblemáticas da sua carreira como cantor e dos mais belos poemas que Pedro Abrunhosa escreveu. É um álbum que acarinho muito, porque é a banda sonora da minha juventude perdida e relembrada com muito carinho ao som dos primeiros acordes desta viagem.