| acolhimento | teatro |
9 ANOS DEPOIS
pelo Auéééu - Teatro
3 maio | 21h30
Auditório do Grupo Musical de Miragaia
Partindo da relação dos homens com os deuses, deuses que observam do alto do Olimpo, do alto da sua condição imortal, as tragédias dos mortais, concentrámo-nos na ideia de ver e de «fazer ver». Tal como Aquiles deseja a eternidade, assim também o homem das cavernas desejou ser observado enquanto imagem eterna: a sua mão nas grutas de Chauvet é a marca da sua percepção de que todos somos efémeros, é a marca que efetiva o espectador de si mesmo no mundo.
Ajax reconhece Poseidon pelos pés; hoje, é difícil ver os deuses. Talvez a poesia traga um encontro súbito e concreto de uma evidência, de uma epifania: leite. O divino. Leite. As perguntas de uma rádio disfuncional transformam-se em imagens projectadas de um «Mundo-Poema», num único take de cinema composto por detours de filmes. Mas no teatro tudo está exposto: ação e paixão tornam-se pouco discerníveis e já não se sabe quem vê e quem é visto, quem pinta e quem é pintado.
Criação e produção: Auéééu-Teatro Com: Beatriz Brás, Vânia Geraz, Sérgio Coragem, Jean Louis Silva, Joana Manaças, Filipe Velez, Miguel Cunha, João Santos e Frederico Barata
Piano: Tiago Velez
Artista plástica: Rosana Pereira
Apoio ao desenho de luz: Manel Abrantes
Apoio vocal: Elsa Braga Cartaz: Filipe Andrade
Fotografias: Alípio Padilha
Duração: 90min.
Classificação: M/16
Apoio à circulação: Fundação GDA