Em época de férias nada pior do que ver concursos culinários.
Devo reconhecer que por algum tempo não tenho alimentado esta rubrica, por falta conteúdos que valham o meu comentário, contudo, abro uma excepção aos inúmeros concursos de culinária que pululam pelos vários canais de televisão por cabo e devo ser franca, estou tão farta que até me dói o estomâgo. Sempre gostei de ver programas sobre culinária com a Filipa Vacondeus, o Chakall, o Jamie Oliver, a Nigella Lawson e outros tais, onde o cerne não são apenas as receitas, mas o prazer do cozinhar e o comer bem. Ficava sempre com água na boca e imensa vontade de experimentar as receitas no final de cada de um dos episódios. Ultimamente tudo o que se constata é uma corrida quase insana por parte dos canais de televisão para mostrar o formato televisivo mais duro e exigente de sempre em termos de concursos culinários, que garantirá, pensam eles, mais audiências. Estou a falar dos "masterchefs", dos "Gordon Rampsay", "chefs academy", "the taste", "my kitchen rules" e para culminar como se tudo isto não bastasse, temos agora a "guerra dos pratos". De repente este tipo de concursos tornou-se um filão de ouro tão concorrido, diversificado que se chegou ao meu ver ao ridículo, não há mais nada que não inventem, o único de posso afirmar é que depois de ver tanto sofrimento, stress, choro, risos e decepção por parte dos concorrentes, fico sem apetite tal é o meu desânimo. É tudo tão horrível, só vemos pessoas a correr de um lado para outro, com vincos de preocupação na testa e muito suor a escorrer entre tachos e panelas e no fim alguém finalmente vence, exausto. Tira literalmente a vontade de comer seja o que for e de ir até a cozinha experimentar. A sério.