Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

domingo, 30 dezembro 2012 07:45

A árvore da plena luz


A Quercus suber é uma das espécies vegetais mais abundantes do território nacional.

O sobreiro é uma das árvores florestais mais importantes de Portugal. Embora comum em todo o território, abrange perto 737 mil hectares de terreno, este espécimen vegetal é avistado com maior frequência, “a sul do Tejo onde surge na forma de montados e esporadicamente no Norte. Ocupa extensos povoamentos, na parte Oeste do Alentejo, bacia do Tejo e Terra-Quente de Trás-os-Montes. Está frequentemente associada à azinheira e ao carvalho cerquinho, mas também existe em matas estremes, onde só habita uma espécie. É uma árvore que pode viver até os 300 anos,devido em parte, a sua grande tolerância em climas com períodos de pluviosidade escassos e porque se desenvolve bem, em todo o tipo de solos.

Os "montados de sobro", como "os montados de azinho" encontram-se geralmente em associação com uma outra cultura ou pastagem. Existe também em povoamentos mistos com azinheiras. Oferece ainda, uma boa protecção dos solos e é um precioso aliado na luta contra os incêndios, devido à sua fraca cobertura subarbustiva. Os montados de sobro têm ainda, um grande valor económico: a glande, para alimento do gado suíno, a madeira e a lenha, para queimar directamente ou fazer carvão, por fim, o entrecasco de onde se extraem os taninos”, como salienta o site árvores de Portugal.  Em termos ecológicos a cortiça é de vital importância, por que serve de abrigo a inúmeros animais, sobretudo insectos e plantas: musgos, líquenes e até algas microscópicas. O seu valor comercial é de destacar.A partir dela, derivam ainda, uma série de produtos industrializados vitais para a economia mundial, tornando assim o nosso país num dos maiores exportadores do mundo desta máteria-prima.

A decorrer está uma petição para classificar o sobreiro como árvore nacional de Portugal. Um acto que pretende, dar maior visibilidade a este espécimen vegetal que tem vindo a decrescer no território, devido à pressão humana, embora seja uma árvore protegida.

http://arvoresdeportugal.free.fr/IndexArborium/FichaSobreiroQuercussuber1.htm

http://www.peticaopublica.com/?pi=sobreiro

domingo, 30 dezembro 2012 07:41

O jardim


É um espaço sobranceiro ao Funchal, onde se podem apreciar cerca de 3000 espécies vegetais.

O que tem este lugar de tão especial? Somos transportados para um mundo repleto de cores, aromas e texturas que animam o nosso olhar. O Jardim botânico do Funchal é um dos ex-líbris da Madeira e uma paragem obrigatória para os amantes da natureza. Trata-se de um lugar aprazível onde é possível observar uma grande variedade de plantas de diversos pontos do mundo e ainda espécimenes raros da floresta laurissilva. A sua localização privilegiada permite-nos avistar o anfiteatro natural da cidade do Funchal e ao mesmo tempo disfrutar de espaços coreografados, uma estufa e várias plantas agro-industriais, aromáticas e medicinais.

Logo à entrada, no edíficio central há duas salas dedicadas aos fosseis e espécimenes animais embalsamados existentes na ilha. Outras das áreas é dedicada ao herbário onde estão expostos vários exemplares de plantas vasculares e avasculares da Madeira e das Selvagens. Na saída vai deparar-se com uma grande colecção de orquídeas exóticas, muitas das quais são cultivadas em jardins particulares. As mulheres madeirenses desde sempre nutriram uma especial predilecção por este espécimen vegetal. Não há casa que se preze, que não tenha diversos tipos de orquídeas. O porque desta paixão? Não sei. Embora a imagem da ilha seja a estrelícia, a verdade é que elas cultivam orquídeas. Mas, com este assunto já me desviei do meu períplo por este jardim bucólico. Uma das zonas a visitar é a área dedicada as espécies indigenas da ilha, é uma pequena floresta de laurissilva, uma espécie de viagem no tempo para os encantos paisagísticos que os primeiros descobridores da ilha avistaram.

O jardim botânico tem diversos caminhos que nos conduzem para pequenos ecossistemas. Há um jardim dedicado aos cactos de todo mundo, curiosamente apelidado de plantas suculentas. Podemos também apreciar o cantinho das palmeiras, com mais de 30 espécieis e uma zona dedicada as árvores exóticas e plantas agro-industriais que fazem parte da alimentação dos madeirenses, ou matéria-prima para produzir os mais diversos produtos.  No final, pode ainda visitar, o parque dos louros. São 350 aves exóticas, mais de 60 espécies diferentes provenientes de vários países tropicais e que foram doados ao jardim botânico.

http://www.sra.pt/jarbot/

domingo, 30 dezembro 2012 07:38

Garranos para adopção


Esta espécie autóctone corre o risco de desaparecer das nossas serras, daí que está a decorrer uma campanha de preservação no mínimo original.

O garrano é como Portugal pequenino e robusto, embora o seu nome tem origem na língua galega, “guer” que significa baixo e “guerran” que quer dizer cavalo. É uma raça autóctone do Norte de Portugal, que se passeia livremente em manadas, com particular incidência no Parque Peneda Gêres, na Serra da Cabreira e na Serra Amarela, só para citar alguns locais. Crê-se pelas pinturas rupestres existentes no nosso país que, esta raça de cavalo habita no nosso território desde a pré-história e desde então pouco ou nada mudou em termos de compleição física, uma vez que, há poucos indícios de cruzamentos. As populações rurais domesticaram este animal que era usado sobretudo no trabalho agrícola e como sela, devido ao seu carácter dócil e amigável.

As manadas são constituídas quase exclusivamente por fêmeas e um único macho, cuja função é proteger o grupo dos lobos ou outro tipo de predadores. A taxa de natalidade desta espécie é muito baixa, o que os coloca na lista dos animais em perigo de extinção. A reserva da Faia Brava, no vale do Côa, criou uma campanha de preservação destes especímenes no mínimo alternativa, pretendem criar um regime extensivo de cavalos garranos, cuja intervenção também tem uma função ecológica, evitar o risco de incêndios, já que esta raça come as ervas sem por em risco o bosque mediterrânico. Esta iniciativa pretende constituir uma manada de 30 animais, para tal basta, adoptar um dos animais e ao mesmo tempo que ajuda à preservação desta espécie autóctone, contribui para a manutenção do parque florestal.

http://www.atnatureza.org/apoie_atn/Garranos_da_Faia_Brava.pdf

domingo, 30 dezembro 2012 07:34

Os poios


Os primeiros colonos ajudaram a criar uma nova paisagem nas encostas da Madeira.

A montanha domina a paisagem da ilha. Foi sempre um desafio para os primeiros colonizadores desde a descoberta da Madeira, abrir caminhos pela luxuriante paisagem. Os primeiros colonos “rasgaram” os desfiladeiros profundos com as suas próprias mãos e utensílios rudimentares, por uma questão de sobrevivência. O esforço colectivo criou os socalcos, denominados de poios, que não são mais do que muros em rocha que serviam para estabilizar os solos para plantar as primeiras colheitas. As pedras que sustentam os taludes eram cortados e deslizados pela montanha abaixo, até a penedia escarpada onde eram encaixadas de forma a conter as terras. A tracção animal era pouco utilizada, devido a orografia tão acidentada que impedia a passagem dos animais,tudo era carregado as costas, embora em alguns pontos da ilha, o transporte pudesse ser feito por vacas e mulas.

A agricultura foi a actividade principal dos primeiros pioneiros que chegaram até a Madeira. O trigo foi das primeiras culturas a vingar nos ferteis solos, uma actividade agrícola local de grande relevo para os habitantes que o produziam para a sua própria subsistência. Mais tarde, a vinha e a cana de açucar dinamizaram a economia insular, ao ponto da Madeira ter sido um dos maiores exportadores de produção sacarina para a Europa. Um monópolio que desapareceu com o aparecimento do açucar produzido no Brasil e na Guiné no século XVII. A vinha, outra das culturas introduzidas já não teve o mesmo fatal destino. Devido a um clima essencialmente semi-tropical, o vinho produzido na ilha tornou-se no mais importante produto de exploração pelas suas qualidades únicas, uma fama além-fronteiras que dura até os nossos dias. Actualmente, a paisagem tem vindo a sofrer alterações derivado à pressão demográfica que potenciou um desmedido crescimento urbanístico e o abandono da agricultura, contudo muito à custa de pequenos agricultores teimosos muito ligados às suas terras, na paisagem da Madeira ainda se vislumbra as latadas e outras culturas hortícolas que adornam as encostas das montanha e que são um dos cartazes turistícos da região.

http://www.naturemeetings.com/pt/node/385

http://www.sper.pt/VCHER/Pdfs/Adelino_Gouveia.pdf

domingo, 30 dezembro 2012 07:31

Os maravilhosos golfinhos


São uma das espécies mais acarinhadas pelos seres humanos.

Há uma empatia imediata entre o homem e os golfinhos. Embora, vivam no oceano, não são peixes, são mamíferos. Respiram através de pulmões e por isso são avistados frequentemente à tona, vêem para respirar. Possuem corpos aerodinâmicos que lhes permite deslizar a grande velocidade no mar, em busca das suas presas preferidas, são ainda, revestido de uma espessa camada de gordura que os conserva quentes, quando nadam em mar aberto e a grandes profundidades. Como são muito sociais criam lanços profundos entre si, por isso vivem e caçam em grupos, que podem até atingir as centenas de indivíduos.

A reprodução desta espécie é um processo complexo, em que o macho tem de cortejar a fêmea, através de contacto físico permanente. “Os golfinhos são polígamos, mas não vivem em haréns. As fê­meas acasalam frequentemente com mais do que um macho na mesma época. Entre os roazes-corvineiros, os machos são sexualmente adultos por volta dos 10 anos, mas frequen­temente só acasalam depois dos 15 anos. As paradas nupciais podem durar várias semanas, ao longo das quais os machos realizam inúmeras proe­zas acrobáticas. Depois, as fêmeas aptas para serem fecundadas aproxi­mam-se e formam-se os pares. Desejosos de carícias, os golfinhos esfregam-se nas barbatanas peitorais das suas parceiras. A seguir, a cópu­la dura apenas 15-20 segundos e rea­liza-se debaixo de água” de acordo com os dados fornecidos pela página golhinhos.net.

A gestação em algumas espécies dura um ano, finda da qual a fêmea dá a luz uma cria com a ajuda de um segundo golfinho que vigia todo o processo, as chamadas madrinhas, ajudando a cria à deslocar-se até a tona da água para a sua primeira inspiração. Durante, um período de cerca de dezoito meses, o filhote é amamentado com intervalos frequentes, ao mesmo tempo que a mãe lhe ensina técnicas para procurar comida de forma independente. A ligação é tão forte que dura para toda vida. As fêmeas são autênticas guerreiras no que concerne a protecção da sua prole, quando o seu maior predador, o tubarão ronda as crias, o grupo nada velozmente em círculo em volta delas enquanto, os golfinhos mais experientes atacam sem dó, nem piedade. Um comportamento defensivo, que já salvou também muitas vidas no mar.

Os golfinhos caçam através do ecolocalização. Trata-se de um som que emitem e que ao ecoar pela água, permite a este espécie obtenha uma imagem mental dos peixes, ou objectos que se encontram ao seu redor. A sua audição é extremamente desenvolvida por esse motivo, já que a sua visão é fraca e vêem apenas várias tonalidades de cinzento. Existem 37 espécies conhecidas de golfinhos no mundo, contudo as mais vulgares na costa portuguesa, são o roaz-corniveiro e o golfinho nariz de garrafa. A única colónia residente situa-se no Rio Sado, mas encontra-se em perigo de extinção, há uma grande mortalidade entre as crias, devido a poluição crescente deste passadiço fluvial. Os golfinhos comuns podem também ser avistados nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, existem vários operadores turísticos que realizam saídas para avistar estes maravilhosos e muito inteligentes animais aquáticos.

http://golfinhos.net/parcerias/vertigem-azul.html

domingo, 30 dezembro 2012 07:27

A salamandra lusitânica


Está espécie endémica da península ibérica que corre o risco de desaparecer devido a poluição e as florestas de eucaliptos.

É um pequeno animal que habita em zonas húmidas e não poluídas para poder subsistir, embora os especímenes adultos prefiram uma actividade essencialmente terrestre. “Habita em zonas montanhosas, junto a ribeiros de água corrente com vegetação abundante nas margens e atmosfera saturada de humidade. Os biótopos circundantes apresentam, também, uma grande importãncia para esta espécie, condicionando de forma acentuada os seus movimentos e mesmo a sua presença. São tipicamente constituídos por bosques caducifólios ou lameiros, onde a elevada humidade ao nível do solo permite que os indivíduos se afastem largas dezenas de metros da linha de água mais próxima. No entanto, é comum encontrarem-se exemplares desta espécie junto a cursos de água com áreas envolventes muito distintas, que vão desde campos agrícolas até culturas de espécies florestais exóticas. Evita zonas calcárias e ribeiros contaminados ou com dureza elevada” segundo dados do site água online. Uma das suas características mais curiosas é prescindirem da cauda quando ameaçadas, uma capacidade um tanto quanto rara nos anfíbios. Outra característica curiosa é o facto de no período de acasalamento, os machos distinguem-se das fêmeas pela coloração pelas patas anteriores e a cloaca inchada. Até já foram encontrados especímenes semi-albinos e albinos. A salamandra lusitânica alimenta-se de aranhas ou outros pequenos insectos.

http://www.aguaonline.net/gca/?id=201

domingo, 30 dezembro 2012 07:24

A aranha mais feminista da europa


É um especímen endémico do território nacional e muito raro ao ponto de estar em vias de extinção.

A aranha cavernicola do frade foi descoberta apenas em 2005 durante as actividades do núcleo de espeleologia da Costa azul e descrita apenas em 2009. “Trata-se da aranha mais pequena da Europa (0.43-0.58mm) e uma das mais pequenas do mundo. É a única representante da família no território europeu, sendo as parentes mais próximas conhecidas apenas da Costa do Marfim. Com uma área de distribuição de apenas 1 a 2 km2, no Sistema do Frade, em Sesimbra. Os seus números tem sofrido um decréscimo acentuado devido as pedreiras, foi recentemente classificada com o estatuto de  perigo crítico de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza. É a única aranha europeia e uma de apenas 13 espécies animais em Portugal a ter este estatuto, o mais alto no ranking da IUCN” de acordo com naturdata, um grupo de cientistas portugueses que se congrega para classificar os vários tipo de vida selvagem que habitam no nosso país.

O seu nome cientifico é anapistula ataecina  que deriva de uma antiga deusa Lusitana, deusa da Natureza, da Morte e do Renascimento. Segundo a mitologia vivia no meio subterrâneo, o que vai ao encontro das caracteristicas deste aracnideo furtivo. Curiosamente, os machos desta especie são desconhecidos. Aparenta ser partenogénica, ou seja, não existem machos dando-se a reprodução através de "clonagem" das fêmeas. Muito feministas estas pequenas aranhas. De acrescentar ainda, que este especimen faz parte do ranking das espécies mais representativas que por qualquer razão se destacaram como as mais emblemáticas de entre todas as descritas de Portugal entre 2000 e 2010. Se quiser os restantes eleitos desta lista que contou com 303 votos ao nível nacional, basta consultar-la no link que se encontra no final deste texto.

http://naturdata.com/top-10

domingo, 30 dezembro 2012 07:18

Renascer das cinzas


A associação dos amigos do Parque Ecológico do Funchal não cruzou os braços após o incêndio que destruiu quase todo o seu património natural.

Fez um ano e dez dias que o parque ecológico do Funchal (PEF) viu desaparecer a sua biodiversidade, cerca de 90% de várias espécies vegetais, devido a um incêndio que varreu em apenas algumas horas um património natural que levou centenas de anos a desenvolver-se e embelezar as cordilheiras centrais da ilha da Madeira. Uma tragédia ambiental incalculável que, embora tenha deixado uma marca cinzenta na paisagem, pouco a pouco renasce das cinzas graças ao empenho inestimável dos voluntários do PEF. Depois de um trabalho titânico de limpeza dos esqueletos das árvores ao longo das encostas da serra do Cabeço da Lenha, ainda o solo fumegava, foram introduzidas as chamadas plantas pioneiras, criadas num viveiro de plantas indígenas, que mais tarde serão replantadas nas áreas de maior altitude no inicio de Outono.

Até o final do ano, os amigos do parque esperam replantar cerca de 10 000 espécies de plantas, das quais vinte são endémicas, que estão a crescer na estufa da associação, somadas as já 3 mil árvores reintroduzidas numa área aproximada de 10 km2 e que representa 13% da superfície do concelho. Renascer das cinzas é o tema do trabalho da associação que incide sobretudo na recolha de fundos e no voluntariado, com vista a recuperação total do pulmão da capital da Madeira. Segundo, um dos dinamizadores da associação, Raimundo Quintal, trata-se de um projecto “que exige muito trabalho voluntário, muita dedicação e muita persistência, porque há um enorme fosso entre a ecologia de alcatifa e a recuperação da biodiversidade nas montanhas que vigiam o Funchal!”.

http://bisbis.blogspot.com/

domingo, 30 dezembro 2012 07:14

Bem-vindos ao mundo azul da tintureira


É uma espécie de tubarão muito abundante nas águas dos Açores. Devido à sobrepesca este peixe está a ser alvo de um estudo internacional liderado pela Universidade dos Açores.

Actualmente estima-se que existam 100 milhões de tubarões que são alvo de pesca intensiva. Um dado estatístico que confirma a drástica diminuição de certas espécies, ao ponto de se encontrarem em risco de extinção ao nível mundial. Um desses especímenes muito procurado nos mercados internacionais, para a confecção de óleo a partir do seu fígado e pelas suas barbatanas para a culinária asiática, é o tubarão azul, mais conhecido por tintureira. Descolando-se ao sabor da corrente do Golfo, estes peixes cartilagíneos abundam em grandes números as águas do arquipélago dos Açores, “Como que chegando a um oásis após uma longa e desgastante viagem no deserto, é notória a maior abundância de alimento por estas paragens. Paredes verticais de atuns, anchovas e cavalas entre outra "comedoria" quebram a continuidade do que mais parece ser um gigantesco aquário sem paredes à vista. Suportando toda esta vida, e como que explodindo desde os 500 até cerca de 30 metros de profundidade, temos os fundos marinhos do Banco Princesa Alice, localizado a Sudoeste da Ilha do Faial” como sublinha um estudo levado à cabo pela universadade local.

Ao todo existem 31 especies nos mares açoreanos, dividos em dois grupos. Os primeiros são denominados de tubarões profundidade pelo facto de viverem e reproduzirem-se, tal como o nome indica, em grandes profundidades marítimas. De seguida temos os pelágios que, são especies assoaciadas á coluna de água, ao meio ambiente pelágico como é o caso da tintureira. Este peixe devido ao seu valor comercial, sendo uma das especies mais pescadas nos mares açoreanos, tem sido alvo de um estudo internacional, do qual faz parte uma equipa da Universidade dos Açores, que visa compreender o seu ciclo de vida e os seus movimentos migratorios, de modo a poder preservar este predador de topo, que contribui para o equilibrio dos ecossistemas marítimos.  A tintureira tem assim, “um corpo alongado. Apresenta uma coloração azul-vivo que praticamente a confunde com o próprio mar dos Açores, não fossem o seu ventre esbranquiçado e os seus olhos grandes e curiosos. À boleia no seu corpo viajam ainda 3 peixes-piloto que, oportunisticamente, se vão alimentando das pequenas partículas que sobram das suas refeições. As fêmeas adultas tem cerca de 2,40 m de comprimento e um período de gestação que dura cerca de 9 meses. Dentro dos seus dois úteros desenvolvem-se 80 embriões que mais parecem ser réplicas em miniatura da sua mãe. É possivelmente nos mares açoreanos, ou ainda noutras águas europeias ou do Norte de África, que este tubarão vai dar à luz. Durante os primeiros 2-3 anos de vida, os em breve recém-nascidos irão encontrar uma maior disponibilidade de alimento nestas chamadas áreas de maternidade e crescimento. A sua probabilidade de sobrevivência é reforçada pelo facto de não abundarem adultos nestas paragens, diminuindo, deste modo, a competição pelo alimento”. Embora, dados confirmem a sua alta taxa de natalidade, o facto é que a pesca excessiva está a ter um efeito alarmante na regeneração da especie, daí a importância de mais este alerta.

http://www.horta.uac.pt/projectos/MSubmerso/old/199902/Artigo.htm

domingo, 30 dezembro 2012 07:07

O fluviário de mora


Localizado em Mora, no Alentejo, esta infra-estrutura tornou-se uma das maiores atracções desta zona. E uma das únicas no género no mundo.

A criação do fluviário de Mora foi a concretização de um sonho. Uma ideia que teve como principais objectivos, a promoção turística desta localidade alentejana e a investigação de natureza científica sobre a vida nos rios. Trata-se de uma estrutura inovadora, porque recria o universo aquático existente na península ibérica. Mostra ao público o percurso de várias espécies autóctones de um rio desde a nascente até a foz. Imaginem vários aquários que contam a história de um girino até a vida adulta num cardume. Um recorrido, que engloba cerca de 70 variedades piscícolas, que não se limita a mostrar à evolução da fauna que abunda ou escasseia nas águas doces, mas também a flora que ajuda a sustentar todo esse frágil ecossistema.

A investigação científica é um dos pólos de maior importância no fluviário, porque são a oportunidade quase única de investigar a capacidade evolutiva dos vários especímenes aquáticos num meio controlado e o impacto do ser humano nos rios. Daí a integração deste projecto na rede natura 2000, uma colaboração com várias entidades nacionais e internacionais que visa encontrar soluções sustentáveis a longo prazo para estes ecossistemas. Outro dos alicerces fundamentais deste empreendimento local é a área dedicada á educação ambiental. Nesta vertente, o fluviário tem um papel fundamental junto das novas gerações, através de visitas de estudos e das restantes actividades que promove. Um outro aspecto a realçar é o seu enquadramento paisagístico. A sua arquitectura. O edifício pretende evocar os celeiros rurais do distrito de Évora. Foi pensado como um volume compacto monolítico, protegido pelo sol por um conjunto de finos pórticos em branco. Um conceito arquitectónico que já foi alvo de vários prémios na área.

http://www.fluviariomora.pt/

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