Trata-se de um projecto cultural que resulta numa exposição que estará patente na Fortaleza de Sagres de 21 de Novembro a 1 de Dezembro. A inauguração, às 16h00 do dia 21, conta ainda com uma performance de Ondina Santos a partir de um texto de Carlos Norton e com música de Argonautus Ensemble.
Este conceito artístico é meramente cultural e é mais uma provocação da Fungo Azul, envolvendo a população de Sagres. E se um dia acordássemos e a fortaleza tivesse desaparecido? Fora trasladada para outra região do país de modo a aumentar o número de visitantes.
Podia ser verdade, mas é apenas uma provocação para criar emoções aos habitantes de Sagres. Sem monumento, sem condicionantes, o espaço fica livre, transformando o vazio do promontório numa tela em branco. Agora existe espaço para a criatividade, liberdade para os desejos ou anseios dos que habitam este canto de Portugal, da Europa e do Mundo. Que projectos serviriam os interesses da vila e da população? Quais os medos mais profundos do que ali poderia vir a existir? Ou simplesmente, que projecções futurísticas e por vezes absurdas estão escondidas no nosso imaginário?
A RUÍNA DE SAGRES é uma intervenção artística multidisciplinar que assenta neste falso pressuposto, nesta provocação.
A importância que o monumento tem na comunidade residente envolvente, a forma como a população a vê, a sente e a vive e as delirantes consequências do seu desaparecimento, servem de mote ao imaginário colectivo da nova utilização do promontório.
Os testemunhos foram recolhidos por Carlos Norton, mentor do projecto: "O objetivo é envolver ao máximo a população neste projecto colaborativo. É dar voz a todos e mostrar que a cultura também se faz com as ideias de todos." A materialização dos projectos ficou a cargo de Jorge Pereira, que entre desenhos, esboços, plantas e alçados, colocou no papel as diferentes visões dos Sagrenses.
A entrada é livre, mediante inscrição prévia através de email.
A Ruína de Sagres é um projecto de criação da Fungo Azul e está inserida na programação do DiVaM, da Direcção Regional de Cultura do Algarve.