Trata-se de uma jovem marca de joalharia singular que pretende inspirar as mulheres portuguesas e não só a usar joias com significado, mais do que isso, pretende exortar peças que contam uma história que começa no seu processo de produção sustentável e responsável. Venha ficar Wontherizada.
Porque decidiste criar uma marca de joalharia em Portugal?
Olga Kassian: Sempre quis inspirar mulheres. A Wonther nasceu com o sonho de inspirar mulheres a partilharem mais as suas ambições e conquistas, criar amuletos que as lembrassem disso. Por isso cada peça tem um simbolismo que eu espero que seja um lembrete constante de força e de determinação.
A “Wonther” é certificada pelo Conselho Responsável da Joalharia (CRJ), como é que funciona esse selo? Eles se encarregam de te enviar a lista de países ou de empresas que detém também esse certificado de qualidade?
OK: Para as nossas peças serem certificadas, existe um processo que tem a ver com a origem e produção das mesmas. Para se produzir as joias certificadas tem de passar por alguns critérios, nomeadamente adquirir a matéria-prima a certos fornecedores que são rastreáveis até às origens. Ou seja, tudo tem a ver com a nossa cadeia de fornecimento.
Um dos critérios de produção é que o material não prejudique o meio ambiente. De que forma podem garantir esse aspeto? Tendo em conta que tanto a prata, como o ouro e as pedras semipreciosas, ou preciosas são retiradas de minas, que alteram a paisagem, destroem ecossistemas e causam poluição? Como é que o CRJ consegue garantir essa sustentabilidade?
OK: Nós acima de tudo preferimos a utilização maioritária de materiais de origem reciclada e apenas usamos diamantes sintéticos. Relativamente ao material que não é de origem reciclada, este advém de locais que foram auditados em várias vertentes pelo RJC. Desde a mineração até à venda os processos são auditados garantindo as normas de ética e de sustentabilidade, entre eles, o respeito pelos direitos humanos, pelos direitos do trabalhador, reduzido impacto ambiental e boas práticas de aquisição de matérias-primas.
Tens várias coleções, como decorre o teu processo criativo até criares um conjunto de peças?
OK: Varia muito, mas não trabalho sozinha. Em conjunto com mais pessoas reúno um conceito que contém como base os valores e inspirações que se pretendem ver refletidos nas peças, o Pinterest ajuda muito. Cria-se também uma persona que vai usar as peças, pensa-se em mulheres reais que podem inspirar essa persona, por exemplo, a Jenna Lyons e junta-se isto tudo com o tipo de joias que se pretende, mais ou menos orgânicas, com mais ou menos com mais alguns inputs e voilá nasce uma peça ou até uma coleção.
Tens alguma peça das tuas coleções que seja a tua preferida?
OK: É uma pergunta difícil, mas tendo de escolhia diria que são as nossas argolas. Adoro a simplicidade e intemporalidade delas. Além disso, ficam bem com qualquer look.
Tu misturas nas joias vários materiais, porquê? Tem a ver com o facto de estares a vender para o mercado nacional? Ou, nem por isso?
OK: Não, é meramente por uma questão estética.
Consegues já identificar o perfil de cliente “Wonther”?
OK: O perfil de cliente “Wonther” é uma mulher que gosta de peças personalizadas que sente que têm um significado para além do adorno em si. É uma mulher usualmente contemporânea e preocupada com a sustentabilidade.
As peças das coleções podem ser usadas em qualquer ocasião? Desde um evento mais formal, até a utilização quotidiana?
OK: Sim. Tanto temos uma vertente mais formal, como mais descontraída. As nossas clientes por vezes surpreendem-nos com usos criativos das peças nos quais nunca tínhamos pensado e isso acaba por ser uma inspiração para novas criações.
Quais são agora os novos patamares que pretendes atingir com a tua marca a curto-prazo? E a longo-prazo?
OK: A curto-prazo a marca pretende criar mais notoriedade a nível nacional e internacional. A longo-prazo queremos criar um sistema de reciclagem que seja autossustentável para criarmos as nossas peças.