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Impossível em palco

Written by  Yvette Vieira fts Leonor Silva

 

A obra estreou-se em 2018 em Lisboa, no Teatro Maria Matos, apresentou-se no Teatro Baltazar Dias no dia 18 de Maio e segue para Braga, nos dias 27 e 28 de Maio, às 15 horas, integrado no Circuito do serviço educativo Braga Media Arts.

Este espetáculo conta a história do Universo, bem vista de perto, e a vários anos-luz, desde o Big Bang ao aparecimento do homem. Uma viagem entre partículas, estrelas e dinossauros, que pode partir de diferentes palcos do planeta Terra, em teatros, cinemas, salas de espetáculo, museus, bibliotecas, planetários, centros culturais ou de ciência.
A performance conta com a participação de Catarina Sobral, que estará na mesa de projeção, desenhando ou dando vida a desenhos que são projetados na tela, a atriz Madalena Marques interpretando o texto e contracenando com as ilustrações e o músico F. Kent Queener, criando toda a música e sonoplastia do espetáculo, usando sinos, vassouras, um teclado, tambores, matracas, etc.

Porque decidiste transpor um livro de ilustração para o palco?
Catarina Sobral: Na verdade, o processo foi ao contrário, comecei pelo espectáculo e depois fiz o livro. Na altura em que recebi o convite do Teatro Maria Matos, que co-produziu o Impossível em 2018, estava apenas a começar a idealizar o livro, e por questões de programação do teatro, para poder aceitar o desafio e ter tempo de fazer ambos, acabei por fazer o espectáculo antes, e transpô-lo para o formato de livro mais tarde.

Era já uma ideia, este formato, que tinhas em mente quando publicaste o livro?
CS: Quando comecei a escrever o Impossível já tinha pensado que queria fazer um objecto performático com projecção de imagens, bidimensionais, que estariam em diálogo com um actor e um músico. Ainda não sabia exactamente se usaria vídeo, se um retroprojector, se imagens animadas ou estáticas, mas depois de algumas experiências decidi que queria manipular imagens e desenhar ao vivo, para que o espectáculo fosse mais vivo e artesanal.

Quais são os desafios de uma encenação que ocorre ao mesmo tempo que desenhas?
CS: A sintonia entre a interpretação, os meus desenhos e a música e sonoplastia tocada ao vivo. As deixas têm de ser muito afinadas para que tudo seja credível. Por outro lado, nenhum de nós (nem eu na imagem, nem a Madalena na interpretação nem o Kent na música) consegue ver o que os outros dois está a fazer na maior parte do tempo. Então, temos de estar bem ensaiados para reagir no momento certo, em simultâneo.

Como decorreu o processo criativo para adicionar música ao texto?
CS: O Kent já tinha composto o jingle e pensado na maior parte dos sons que seriam necessários para trazer vida ao texto, quando lhe passei o storyboard. Mas tudo foi sendo melhorado na sala de ensaios, quando nos juntámos os três, e pudemos avaliar a percepção de todas as cenas, tanto a música, como a dramaturgia e o movimento das imagens.

O que foi o mais difícil deste trajecto até à chegada ao Baltazar Dias?
CS: Para mim, foi ser performer. A primeira vez que tive público a ver o espectáculo comecei a tremer das mãos (que aparecem em sombra em muitas cenas do espectáculo). Tanto a Madalena como o Kent estão habituados ao palco e ao público, e para mim, isso foi o mais difícil.

Depois da estreia no TBD o que pretendes fazer com esta obra?
CS: Vamos continuar a viajar com o Impossível no continente. Para já, em Maio vamos à Braga, e em Junho ao Porto e à Guimarães. O livro também, terá uma segunda edição este ano.

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Catarina Sobral escreve e ilustra livros para crianças e cinema de animação. Fez a sua formação superior em Design e concluiu em 2012 o mestrado em Ilustração. Colabora regularmente como ilustradora para a imprensa periódica, discos e cartazes e assina doze livros infantis, já publicados em quinze línguas. Tem participado em várias exposições nacionais e internacionais e o seu trabalho já foi premiado pela Feira do Livro Infantil de Bolonha, Prémio Nacional de Ilustração, Sociedade Portuguesa de Autores e distinguido por publicações como o catálogo White Ravens e a revista 3x3.

A Associação Casa Invisível, que aposta no trabalho direto com diversos públicos, dando especial enfoque aos mais novos, nas áreas do teatro, da mediação cultural, da educação artística, da promoção da literacia e da formação, é produtora deste espetáculo.

 

Classificação etária: m/3
Duração: 30 min
Autoria, direção artística, imagem e manipulação: Catarina Sobral
Dramaturgia e interpretação: Madalena Marques
Música e sonoplastia: Kent Queener
Revisão científica: Pedro Figueira
Adereços: Janaína Drummond
Figurino: Catarina Fernandes
Produção: Casa Invisível
Promotora: Birds of a feather

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