Uma série de ficção sobre quatro protetoras do Amazonas que visa sensibilizar e alertar o público brasileiro e global para a realidade sangrenta da luta em prol do meio ambiente.
Numa iniciativa inédita uma série de ficção brasileira com cariz ambiental, “Aruanas”, inspirada em fatos reais, estreou-se no passado dia 2 de julho no Brasil, tendo ficado disponível em simultâneo em mais de 150 países com legendas em 11 línguas, desde o inglês, o espanhol, o francês, italiano, alemão, holandês, russo, árabe, hindi, turco e coreano.
“Aruanas” que foi coproduzido pela Globo e pela produtora Marina Farinha, acompanha a história de um grupo de ativistas que lutam contra a operação ilegal de uma empresa de extração de minérios, cuja atividade está a contaminar os rios da região e a afetar a saúde das populações ribeirinhas.
E qualquer semelhança desta série com a realidade não é pura coincidência. O objectivo principal? Humanizar o trabalho dos ativistas e homenagear aqueles que são alvo de perseguição, violência e até morte um pouco por todo o mundo, como realça o relatório da organização não-governamental britânica Global Witness (GW).
De recordar que a GW divulgou recentemente, pelo terceiro ano consecutivo, o número de mortes de ativistas ambientais ao nível global, onde o Brasil lidera o ranking com 57 ativistas mortos só em 2017. A título de curiosidade, no segundo lugar deste balanço fatídico estão as Filipinas, com 48 mortes, 71% mais do que em 2016. Na 3ª posição está a Colômbia, com 24 falecimentos. Em África, 19 ativistas foram assassinados, perdendo a vida defendendo áreas protegidas contra caçadores y minas ilegais, sendo que, doze desses defensores da terra eram da República Democrática do Congo.
De salientar que, este feito televisivo contou ainda, com a colaboração técnica da Greenpeace e o apoio de várias organizações de defesa do ambiente e dos direitos humanos, entre as quais a Amnistia Internacional, WWF, Global Witness, Nações Unidas, Instituto Betty & Jacob Lafer, Rainforest Foundation, Avaaz, 350.org, Instituto Socioambiental, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Fundação SOS Mata Atlântica, IMAZON, Conectas, Justiça Global, ISER e Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.
Se pretender saber mais sobre o documento da GW basta consultar o site
https://www.globalwitness.org/en/campaigns/environmental-activists/personas-defensoras-en-la-l%C3%ADnea-de-frente/#chapter-1/section-1
É urgente que veja a “Aruanas”, que se inspire e que nos unamos para travar a emergência climática e proteger quem está a arriscar a vida para defender o planeta.