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Sob o signo do pneu no solar

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A Solar, a Galeria de Arte Cinemática, em parceria com o Circular Festival de Artes Performativas, promove a exposição Sob o Signo do Pneu, com obras inéditas do performer, artista visual e ator Gustavo Sumpta, acompanhada de um programa de atividades paralelas e de um ciclo de performances, entre os dias 17 de setembro a 5 de novembro de 2022.

O trabalho de Gustavo Sumpta assume várias formas plásticas, da escultura à instalação, passando pelas ações performativas e videográficas. A exposição apresentada na Solar é construída a partir de várias peças, algumas de grandes dimensões, que estruturam o espaço físico e emocional da galeria.
O ponto comum das obras apresentadas está na forma como Gustavo Sumpta une dois tópicos, o ar, presente nos pneus e câmaras de ar, e o chão, no qual assentam estes elementos, permitindo, pela sua circularidade, o movimento. A temática de Gustavo Sumpta está associada à perda e à resistência, à falha e à sua exatidão, à antevisão e ao seu caráter decetivo.
É esta a razão – recorrendo às palavras de Delfim Sardo, professor, ensaísta e autor do texto curatorial – a que se deve o nome da exposição: Sob o Signo do Pneu, do pneuma, do enorme peso assente sobre ar.

Promovida pela Curtas Metragens CRL, cooperativa de produção cultural que organiza o Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema, a exposição é co-produzida em parceria com o Circular – Festival de Artes Performativas, com o apoio da Câmara Municipal de Vila do Conde e da Direção-Geral das Artes.

Em paralelo, a Solar apresenta na CAVE uma intervenção de Carlos Alberto Arteiro, artista plástico e escultor distinguido com o Prémio Revelação Novo Banco (2018). Eu Neandertal é uma peça sobre a experimentação de um estado primitivo, sobre o retomar do animal que antecede o homem.

<< A ideia de esticar uma corda até a sua tensão poder ser excessiva e romper é indissociável da sua consequência: no ricochete das suas metades há um silvo que faz antever uma chicotada, um impacto que produz um dano e uma consequência física num qualquer alvo.
O mesmo pode ser dito de qualquer dispositivo de equilíbrio incerto, como uma balança, ou um balancé: todo o movimento num determinado sentido implica, necessariamente, um movimento contrário e assim sucessivamente até à dissipação da energia do movimento original. [...]Em todos estes movimentos, no fluxo das suas causas e consequências, existe uma correlação de forças, de tensões e de refluxos orientados pela verticalidade da força da gravidade, pela atração pelo solo. Esta tensão em direção ao chão, que desgasta toda a movimentação horizontal, é, pelo menos para os humanos, o sinal da inevitabilidade do fim, o anúncio ou a permanente lembrança de que tudo é atraído para baixo e de que a finitude é o destino do movimento. Esta é a matéria-prima de Gustavo Sumpta nas várias formas plásticas que desenvolve, desde a escultura, a instalação e as diversas ações que tem vindo a realizar. 

Delfim Sardo, sobre Sob o Signo do Pneu

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SÁB 17 SET, 16:00 | Inauguração + performance Herdeiro Universal
DOM 18 SET, 17:45 | Visita guiada c/ Gustavo Sumpta
SÁB 24 SET, 18:00 | Performance Pó de Lâmpada
SÁB 5 NOV, 17:00 | Performance Amigo do meu amigo não é meu amigo

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Gustavo Sumpta, Sob o Signo do Pneu — Solar, Galeria de Arte Cinemática
Carlos Alberto Arteiro, Eu Neandertal — CAVE
17.09 — 05.11.2022
segunda a sábado, 14:00–18:00
Vila do Conde

Gustavo Sumpta (Luanda, 1970) é performer, artista visual e ator de cinema. Enquanto intérprete e autor, trabalhou com o coreógrafo João Fiadeiro de 2002 a 2008, participando nas peças Existência, Para onde vai a luz quando se apaga e Case Study.
Como artista visual, autor e interprete, destacam-se as performances recentes Herdeiro Universal (DAMAS, Lisboa, 2022), Denominação de Origem Controlada (Festival BOCA, Centro Cultural de Belém, Lisboa, 2022), Luto (Galeria da Casa A. Molder, Lisboa, 2020), Sempre-em-Pé (Festival Temps D'Images, Centro Cultural das Carpintarias de São Lázaro, Lisboa, 2020), O Melhor Mundo Possível e Primeira Lição de Voo (Jardins de Verão, ZDB / Fundação C. Gulbenkian, Lisboa, 2022), Levantar o Mundo (Festival Cumplicidades, Culturgest, Lisboa; Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, 2020; Anozero, Coimbra, 2017), e Pó de Lâmpada (Festival Turbine Hall, Suíça, 2015), entre muitas outras.
No cinema, trabalhou com Ben Rivers e Gabriel Abrantes, João Botelho, João Nuno Pinto, Manuel Mozos, Luís Costa, Luís Galvão Teles, Pedro Magano, Pedro Costa, Tiago Guedes, Vasco Saltão, José Nascimento, Carlos Conceição, Rodrigo Areias, Paulo Abreu e Eduardo Brito, entre outros.

Carlos Alberto Arteiro (Vila do Conde, 1992) é licenciado em Artes Plásticas, com especialização em Escultura (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, 2015) e mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto / Facultad de Bellas Artes da Universidad Complutense de Madrid, 2017), com o projeto O que fazemos de improviso, e o que fazemos. Foi finalista do Prémio Revelação Novo Banco (2018).
 É coordenador de produção da organização ArtWorks.

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