Sim, mas qual é o porquê desta iniciativa? Porque é coerente com a programação?
BF: Sim, achámos que é coerente com a programação, porque trabalhámos há vários anos interpretando e produzindo peças de teatro infantil para as escolas da Camacha e da Região. E uma vez mais um desses espectáculos decorreu na nossa sede, "o príncipe feliz" da companhia de teatro "Magia e Fantasia", orientada pelo encenador Paulo Laje. Desde o primeiro ano do festival que englobamos sempre uma peça de teatro infantil para estimular a infância e contactámos nesse sentido as escolas e os professores para que eles se encarreguem de trazer as crianças e adolescentes ao teatro.
Outra das apostas do amoteatro14 é a programação para o dia mundial do teatro.
BF: Para o dia mundial do teatro temos a apresentação, na casa do povo da Camacha, do grupo de teatro "Pamilha Dentada", do Porto, que trazem a peça "o guardião do rio" e no Funchal, houve a apresentação, na placa central, dos Camachofones, dos Gaitúlia, do palhaço Enano e o grupo de teatro "bolo do caco".
Quem são os camachofones?
Carlos Pereira: É um grupo da Camacha, são músicos locais, todos com formação superior que através da adaptação de instrumentos de repercussão e de sopro tocam música ligeira, covers, rock e originais. São um dos grupos de maior projecção turística em todas as praças do Funchal. Os gaitúlia, por sua vez, são um grupo mediaval complementados com os artistas do teatro "bolo do caco", que misturam as artes cénicas, com artes de fogo, há toda esta junção.
Em termos de inscrições de grupos este ano ultrapassaram o número de vagas. Quantos se increveram?
BF: O número não sei ao certo, não seleccionámos ninguém, não queremos que os grupos pensem que os excluímos por algum critério, não foi bem por isso, apenas não comportámos mais, tivemos de dizer que já não aceitavámos mais inscrições, porque os 10 dias estavam completos. É claro, que todos são bons, vimos que valia a pena, porque curiosamente para este festival não tivemos de convidar ninguém, como as pessoas já conhecem o âmago desta iniciativa e gostaram tanto de participar, passam a palavra a outros grupos. Os que não se puderam inscrever, sinto muito, mas numa próxima oportunidade poderão estar connosco. É um orgulho saber que o "amoteatro" é evocado em todos os lugares.
Este ano o salto qualitativo do festival é brutal, para o ano, qual é o próximo objectivo?
BF: Eu prefiro não adiantar nada. O que espero que este chegue ao final com o sucesso que tem tido até o momento e que o próximo possa ser organizado com todo o empenho, carinho e amor que todos os intervenientes tem demonstrado. O objectivo é que seja igual ou melhor, bem se for igual é fantástico.