Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

sábado, 29 dezembro 2012 16:05

Trovante por detrás do palco

É uma resenha histórica da banda escrita por Manuel Faria.

Esta é a história de uma das maiores bandas portuguesas, os Trovante, relatada por um dos seus membros, Manuel Faria. É um autorretrato que descreve sem pudores o percurso de uma carreira feita de altos e baixos, num país pós 25 de Abril. O autor decidiu mostrar os bastidores, chamemos-lhe assim, de um dos grupos mais emblemáticos do panorama musical português. Não irei ao ponto de afirmar que se trata de uma biografia, é mais um diário de viagem com quase duas décadas, que sublinha os momentos mais importantes que marcaram o percurso da banda. A escrita reflecte esse universo íntimo, Manuel Faria, não é um escritor, nem almeja sê-lo, a ideia é mostrar algumas das situações mais hilariantes e outras menos do Portugal sem estradas, dos concertos improvisados em locais sem condições, da generosidade do público que sempre os apoiou, dos primórdios de alguns festivais em que participaram, tendo sempre como pano de fundo, a década de 70 e os famosos anos 80. O que fica deste livro é o espirito de união e de sacrifício que fez dos Trovante uma das maiores referências musicais ao nível nacional. É também uma óptima recordação para os milhares de fans, nos quais me incluo, que tiveram como banda sonora das suas vidas os Trovante e para os que não são, passam a conhecer a realidade do mundo musical. É acima de tudo um testemunho sentido para mais tarde recordar. Boa leitura.

sábado, 29 dezembro 2012 16:02

Niassa

É a viagem pelas memórias de uma região de Moçambique, descritas por Francisco Camacho.

É um retorno a um passado que desconhece por completo. Um homem em busca das suas raízes familiares enceta uma viagem até Moçambique, onde encontrará não só as respostas que procura, como também irá redescobrir uma jovem nação. A acção tem o seu epicentro na região de Niassa e é a partir desta panorâmica colossal que o protagonista procura decifrar os motivos que levaram o seu irmão e o seu pai a permanecer num país que os rejeitava. Nota-se na escrita de Francisco Camacho o carinho que sente por África, descreve-a sem recorrer a grandes recursos estilísticos e com grande mestria, permitem-nos uma “viagem” por estas paisagens luxuriantes, confrontando a realidade actual das populações com a história veiculada pela potência colonial. Não é um retrato paternalista, é um retrato objectivo, fruto quiçá da profissão de jornalista, onde não há juízos de valor, ou justificações lamechas, existe sim, um pragmatismo assumido pela personagem principal, que olha para Moçambique como uma realidade completamente nova, já que, a sua memória afectiva em relação ao país que o viu nascer é escassa e difusa. Por isso, deixe-se levar até Niassa e descubra o que ele encontrou. Boa leitura.

sábado, 29 dezembro 2012 16:01

Os três casamentos de Camilla S.

É um dos romances da escritora Rosa lobato de Faria

É uma biografia imaginada, contada na primeira pessoa por uma uma velha senhora de 90 anos que relembra, mais que isso confessa, os pensamentos que a povoaram, os desejos inconfessáveis que calou bem fundo e o amores que passaram pela sua existência restringida. A história começa em 1902, o rei Dom Carlos ainda reinava em Portugal e Camilla com apenas 13 anos é prometida em casamento a um homem de 40 anos, médico real. A mulher madura retrocede à sua curta infância, a Paca, a sua ama querida, a casa dos tios e mostra-nos a vida aparentemente dourada, mundana e tumultuosa do Portugal do novo século XX acabadinho de nascer. Não é um romance histórico, desde já aviso, o regicídio, a primeira grande guerra e o movimento republicano são apenas pano de fundo para a personagem feminina. É uma leitura que suscita um sorriso a medida que vamos devorando as páginas, porque a nossa interlocutora não se olha como uma mera vitima das circunstâncias, O tom da escrita não é o de um mero lamento, mas sim o relato de uma pessoa pragmática que nos conta como era ser mulher no século passado. Ao longo do tempo, assistimos também ao seu amadurecimento intelectual e sexual e Rosa Lobato Faria tem um dom que é o tom quase musical das suas frases, é como uma corrente, sucinta e sem demasiados floreados que vai ao essencial, o contar uma história, o da Camilla. O meu texto pretende ser acima de tudo uma pequena homenagem a outra mulher desta obra, a artista, a Rosa Lobato Faria que ao longo dos anos nos deu muitas palavras para ler e ao mesmo tempo nos agraciou com a sua presença nos palcos e na televisão.

sábado, 29 dezembro 2012 15:58

Onde param os anjos

 

É o primeiro romance da jovem Filipa Ribeiro do Cruz. Trata-se de um livro que aborda a questão do trafego de seres humanos, do amor incondicional que nunca se perde no tempo e reflecte sobre a existência de anjos sob a forma humana.

Achei curioso que tivesses abordado a questão do tráfego de seres humanos. O que sabias sobre o assunto? Pesquisas-te?

Filipa Ribeiro da Cruz: Eu primeiro comecei a pesquisar sobre o assunto, também coincidiu um pouco com as matérias que andava a estudar na escola, em Geografia, comecei a interessar-me cada vez mais e achei que era um tema que nem sempre vêm a baila na sociedade actual. Tratando-se de uma questão tão importante foi natural que me suscita-se tanto interesse.

Como definirias o livro que escreves-te? Parece um policial, mas ao mesmo tempo tem como base um romance.

FRC: Acho que este livro que escrevi é um misto desses géneros, por um lado é um policial, tem todos esses componentes, desvenda um crime. Por outro, acho que é um romance de intervenção, porque foca assuntos sociais e mundiais e tendo em conta que tem uma história de vida, inevitavelmente acaba por ser um romance.

Porque aquele título?

FRC: O título só me surgiu no final de escrever este livro, foi um pouco para as pessoas reflectirem sobre o tema, mesmo antes de lerem. É a necessidade de haver anjos, pessoas boas que libertem outras do mal de este mundo. Qual é o paradeiro dessas pessoas? Qual o seu papel? E a necessidade de existirem pessoas boas para combater esses malefícios.

A Bianca tem o seu destino logo definido no princípio do livro, porquê?

FRC: A partir do momento em que ela entra num caminho sem regresso, porque sabemos que o que lhe aconteceu, não há grande oportunidade para retroceder. Eu achei que o fim desta personagem é um pouco glorificar as pessoas boas que dão tanto ao mundo, apesar de saberem o seu paradeiro, o que lhes vai acontecer no final e foi acima de tudo, demonstrar que as pessoas boas nem sempre tem a justiça que merecem, mesmo assim lutam pelas suas crenças, pelos seus sonhos, apesar de a vida ser madrasta.

Qual é a personagem que tem mais de ti?

FRC: Acho que é Bianca. Sou uma pessoa que observa a sociedade, estou sempre a fazer juízos, do que vejo, das pessoas que encontro, dos lugares, das situações mais problemáticas e das mais caricatas. Esta personagem observa o que a rodeia e tenta por tudo fazer alguma coisa, intervir, criticar, e mudar alguma coisa. Eu sei que sou jovem, mas também gostava de fazer alguma coisa boa pelo mundo.

Falaste em objectivo de vida, é por isso que escreves sobre estes temas tão actuais?

FRC: Eu já tenho outros projectos que não passam muito por este tema, mas sinto-me inspirada para escrever sobre eles, ao nível universitário, ou seja, desenvolver trabalhos sobre estas temáticas. Vejo-me a escrever não só sobre tráfego humano, mas também sobre exploração de crianças, eu já retrato esta questão neste livro, mas a um outro nível. Gosto de focar os diversos problemas do mundo nessa óptica.

Escreveste este livro aos dezassete anos?

FRC: Comecei a escrever aos 15 anos e acabei aos 17 anos.

Depois decidistes enviar a todas as editoras ao nível nacional?

FRC: O meu primeiro objectivo foi concluir o livro e depois comecei a pensar numa possível publicação, depois tentei a minha sorte e enviei para várias editoras ao nível nacional, tive a resposta de duas e escolhi a chiado editora.

Falaste a pouco que tens vários projectos, mas um deles é ser escritora?

FRC: Sim, ser escritora é algo de que gosto muito e desde criança que escrevo, poemas, ensaios e agora estou mais virada para os romances. Eu sinto que é uma vocação e quero continuar a escrever livros.

Estas a já a escrever outro livro?

FRC: Sim, é um romance histórico já mais passado em Portugal, mas apresenta outra perspectiva da sociedade.

sábado, 29 dezembro 2012 15:54

Simplesmente Ana

ana moura

Ana Moura é uma fadista que ultrapassa a barreira do tradicional e reinventa a forma de cantar fado

Ouvir Ana moura é sonhar com uma voz que nos enche a alma de calor. Não sendo uma fã incondicional do fado, não resisto a voz desta artista, em particular, do seu último álbum, leva-me aos fados. A sua maior qualidade é forma como aborda a música, não basta saber cantar, é preciso senti-lo e isso transparece para o público que a ouve. A sua voz envolve-nos, deixa-nos hipnotizados, mesmo sem sequer lançar um olhar para a sua esplêndida figura. Esquecemos tudo e somos bafejados por um vento cálido e sereno. E ouvimos, uma e outra vez, sem nos sentirmos no fim com vontade de chorar, porque a maturidade da sua voz abarca as letras e enriquece-as na sua entoação.

Possui ainda outra qualidade que é o repertório que escolhe, que oscila entre a dor, as cumplicidades e o fado mais malandro. Rumo ao sul, é uma inovação, um tema lindíssimo que fala de um dia, de uma ida para o sul, algures no interior do país…ou não. Eu percebo perfeitamente porque o Prince tombou de amores pela artista. As participações de Amélia Muge que assina a letra de “um fado quase normal” e as contribuições de António Branco, sempre com a ajuda preciosa do músico Jorge Fernando, também como guitarrista, fazem deste último trabalho de Ana Moura um registo seguro de uma carreira que se prevê longa, um álbum que oscila entre o tradicional e mais inovador sem nunca esquecer as raízes do fado. Quando “leva-me aos fados” foi lançado, chegou a disco de ouro e pouco depois a platina. Não é de espantar, Portugal ama as suas fadistas. E a Ana Moura faz parte da galeria de fadistas mais influentes do nosso país. E ainda bem, por isso …nem sequer é preciso dize-lo. Silêncio que se vai cantar o fado!

www.myspace.com/anamourafado

sábado, 29 dezembro 2012 15:55

O romance das ilhas encantadas

É uma homenagem aos portugueses, escrito por Jaime Cortesão.

É um dos livros que fazem parte do plano nacional para a leitura e em boa hora e mais uma sugestão de leitura para os mais novos. Trata-se de uma história encantada sobre homens versados nas artes mágicas, bispos, guerreiros e sereias. É uma fábula sobre os feitos quase lendários dos portugueses que fascina há já muito tempo várias gerações de jovens leitores. É a génese da identidade nacional explicada aos mais novos, salpicada, claro está, de muito fantasia. A narrativa assenta sobretudo na história de duas personagens Dom Froiaz e Dona Marinha, um amor que funde a terra e mar. É uma metáfora muito bonita para Portugal e a sua vertente Atlântica, um país à beira mar plantado. Aliás, o romance tem uma forte componente marítima, há uma estreita ligação entre as personagens e os descobrimentos portugueses. É uma leitura que aconselho a um público mais jovem não só pelo prosa, mas pela sua ambiência e pela magia do enredo onde há nigromantes, ondinas e moiros que pairam pelas ilhas encantadas acessíveis só para alguns e que não aparecem nos mapas. É também uma interpretação muito pessoal das lendas dos Açores e da Madeira, daí o nome ilhas encantadas e um belo exemplo, singelo, de contar o feito dos nossos heróis pouco antes de dormir. Boa leitura e bons sonhos!

sábado, 29 dezembro 2012 15:53

Avódezanove e o segredo do soviético

Av

É um dos romances do autor angolano Ondjaki.

Avódezanove e o segredo do soviético é um romance que ganha os contornos de fábula. As suas palavras são adocicadas e os diálogos são de uma inocência desconcertante, o autor dilui-se nas vozes das crianças, através de uma linguagem sumarenta, cheia de sonoridades inusitadas que conferem uma grande beleza estilística à prosa. Não sei se me fiz entender? O que quero dizer é que só quando se é criança é que o mundo ganha contornos de arco-íris e transpor essa pureza para o papel requer um grande escritor, ou alguém que alberga o ser criança dentro de si, que é o caso de Ondjaki em ambas das afirmações. Sabe o que são gritos azuis? É uma questão de descobrir ao ler este livro. A história gira em torno da construção de um mausóleo que ira albergar uma figura proeminente da política angolana, para o efeito, o bairro que circunda o edifício monumental será requalificado, ou seja, vai desaparecer do mapa. A população não esta nada satisfeita com este desfecho e duas crianças decidem tomar as rédeas dos acontecimentos. Como? Fazendo explodir o dito cujo edifício. Paralelamente, a vida acontece na casa da avó de uma delas que alberga outras tantas e ainda há espaço para um soviético, guardião do mausóleo, que se apaixona pela dona da casa. Será esse o seu segredo? Confuso? Um pouco? Muito? Deixe-se mas é, contagiar pela escrita deste romance que não segue um rumo adivinhado e descubra o que ira acontecer ao mal-afamado mausóleo, as crianças, a avó e ao soviético. Boa leitura.

sábado, 29 dezembro 2012 15:44

O nosso amigo o morcego



2011 e 2012 foram declarados como os Anos Internacionais do Morcego. Datas que pretendem alertar para a importância deste pequeno mamífero em vias de extinção no ecossistema global. Só em Portugal existem 27 espécies protegidas e que correspondem a um terço dos mamíferos que ocorrem no território nacional.

O morcego sempre foi um daqueles animais mal compreendidos pelo público em geral, e nesse aspecto em muito têm contribuído a imagem de sangue sugas veiculada pelos filmes de terror sobre vampiros, pelas lendas que associam injustamente este pequeno mamífero a práticas maléficas e o facto de ser um mamífero essencialmente nocturno e que vive em cavernas. Pronto, reconheço que não se trata de um bicho dentro da categoria dos “fofinhos”, muito pelo contrário é feio com um demónio (é só uma piada), mas temos de reconhecer que o morcego necessita de uma reviravolta na sua imagem pública! Só porque é diferente e não se encaixa nos parâmetros de beleza que atribuímos a certos animais, não quer dizer que seja menos importante para o meio ambiente. E para desmistificar essa ideia, posso acrescentar que a maior contribuição deste mamífero na natureza é a polinização. “As muitas espécies de morcegos são polinizadoras e dispersam sementes de muitas árvores em florestas tropicais e temperadas, ajudando assim à regeneração e manutenção do meio florestal que corresponde a cerca de um terço da superfície terrestre do planeta. Apesar de em Portugal isto não acontecer a uma escala tão elevada, os morcegos continuam a ser fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas em meio florestal”, dados estes fornecidos pelo Eurobats (acordo sobre a conservação das populações de morcegos europeus). Ou seja, os morcegos são vegan! Brincadeiras á parte, um terço são frutíferos, no entanto, a maioria das espécies comem insectos, uma característica deste de pequeno mamífero no ecossistema que não pode ser subestimado, tendo em conta que, “A associação entre os morcegos e as florestas é particularmente forte nas espécies arborícolas, ou seja, as espécies que se abrigam em cavidades ou sob a casca de árvores. No entanto, todas as espécies de morcegos podem utilizar diversos tipos de florestas naturais e semi-naturais para se alimentarem, explorando muitas vezes áreas específicas em meio florestal, como charcos, linhas de água ou clareiras, onde os insectos tendem a ser mais abundantes. A distribuição, diversidade e densidade de morcegos depende do tipo de floresta e de como esta é gerida. É assim fundamental adoptar medidas que permitam compatibilizar a exploração de produtos florestais e a preservação ou mesmo melhoria do estado de conservação das populações de morcegos”.

Posto isto, e para “combater” o preconceito nada melhor do que aderir a uma “noite com os morcegos” e aprender como este mamífero detecta o mundo ao seu redor, através de ultra-sons, já que é quase cego e como se relaciona na sua comunidade. Uma actividade lúdica que pode e deve ser feita em família. Para morcegar-se basta inscrever-se nas muitas actividades que estão ao vosso dispor organizadas pelas várias entidades que aderiram ao projecto.

http://www.wix.com/anodomorcego/icnb

sábado, 29 dezembro 2012 15:37

Tenha uma Oon e esteja on com o ambiente


Trata-se uma invenção made in Portugal, uma máquina que permite converter o óleo vegetal e transforma-lo em velas.

A Oon candlemaker surgiu no mercado para revolucionar a forma como olhamos para os desperdícios da nossa cozinha. Trata-se de uma máquina que reutiliza o óleo  alimentar usado, comum em qualquer cozinha portuguesa, e transforma-lo em velas com aromas deliciosas. Uma inovação pensada e tornada realidade por Mário Silva, que é já um sucesso de vendas no nosso país, de tal forma, que o grupo de hóteis Pestana, já utiliza este dispositivo para aproveitar todo os óleos queimados produzidos nas suas cozinhas. Tendo assim um ganho duplo, ter uma forma de aproveitar um composto sem custos acrescidos e poder criar velas para a decoração dos próprios complexos turísticos.

O conceito da Oon até é simples, a permissa foi: Como reaproveitar os óleos usados sem poluir? Um problema recorrente para qualquer um de nós com preocupações ambientais. E apesar da resposta poder parecer óbvia, a materialização da ideia ainda levou algum tempo e muitos estudos. O produto final é uma máquina que é 100% reciclável, ou seja, todos os seus componentes são feitos de plástico reciclado. As velas tem um impacto de zero carbono para a atmosfera. E há várias cores dispóniveis consoante os gostos dos clientes.  E apesar do custo da Oon ser elevado cerca de 300 euros, tenho em conta a capacidade financeira dos portugueses, segundo o responsável de comunicação da marca, Carlos Carvalho “ O custo da OON CANDLEMAKER se justifica já que é uma inovação mundial, feita com materiais sustentáveis e de forma responsável. Não estamos disponíveis para explorar ninguém nem para produzir produtos que criem problemas ao resolver outros. Isto significa, por exemplo, produzir com uma percentagem elevada de plásticos verdadeiramente reciclados (a mais alta possível com a tecnologia à data), obter componentes na Europa, sem grandes custos ambientais ou energéticos de transporte, e menos ainda explorar os nossos parceiros e fornecedores. Realço que a nossa produção não cria resíduos tóxicos ou perigosos para o ambiente ou para a saúde publica”.

A empresa disponibiliza ainda um conjunto de acessórios que permitem de forma rápida criar velas com vários aromas, eliminando assim, qualquer tipo de cheiros e resíduos que advém do próprio óleo. Contudo, o preço é mais um vez um factor a ter em consideração, já que é mais elevado do que uma vela de parafina, nesse âmbito o colaborador da Oon, sublinha que “ as vela feita com as CANDLEPODS são vegetais, pelo que duram 4 vezes mais que as velas de parafina, tem uma queima mais limpa e previnem a contaminação da água. Estas características são únicas e não vai encontrar vela no mercado com as mesmas características. Se compararmos apenas o custo unitário das velas OON (1,9€) com outras velas a poupança é significativa: as velas vegetais tem um custo pelo menos 3x superior, enquanto que as velas de parafina tem um custo equivalente mas têm uma duração de queima 4 vezes inferior, logo na realidade, ficam mais caras”. No entanto, acrescenta “Apesar disto, posso assegurar que trabalhamos arduamente e o mais rapidamente possível para proporcionar os preços mais baixos possível, sem nunca colocar em causa a qualidade do produto nem a justiça da cadeia de valor”.

www.oonsolutions.com

sábado, 29 dezembro 2012 15:34

Filhas

De Paulo José Miranda um poeta que decidiu escrever prosa.

Este é um livro de dualidades. O passado e o presente de uma família. O destino de duas nações irmãs, Brasil e Portugal. A morte e a vida. As diferentes visões do mundo que opõem pais e filhas. Paulo José Miranda decidiu escrever sobre mulheres, sobre a vida de uma em particular, Maria de Fátima e do seu amor, João Cabral. É a saga desta família em terras de Vera Cruz que vamos acompanhar ao longo do tempo, no Brasil oitocentista, na ilha do desterro, Florianópolis. Os saltos temporais de certa forma remeteram-me para a escrita de António Lobo Antunes. O curioso neste romance é que a tensão patriarcal e de certa forma geracional é uma metáfora para as relações entre os dois países, que embora irmãos, viviam tempos de tensão. A prosa é belíssima, basta ler as primeiras passagens para aperceber-se de uma escrita cheia de sumo, fruto talvez da sua veia poética. Contudo, o final é desconcertante, muitas vezes, os autores quando não sabem o que hão-de fazer a determinadas personagens encerram o seu ciclo de existência de forma quase injusta. Banal, e em resume, ninguém merece. Apesar de tudo, recomendo este “filhas” e só para terminar este autor foi agraciado com o prémio literário José Saramago. Boa leitura.

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