Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

sábado, 04 maio 2013 13:15

O indomável

Joaquim de Almeida é um dos actores mais internacionais do panorama português. Possui uma carreira diversificada que lhe permitiu participar em todo o tipo de projectos cinematográficos dentro e fora de Portugal e agora encontra-se a promover um novo filme francês a " gaiola dourada" sobre a comunidade portuguesa.


Vamos falar do cinema português, tendo participados em vários filmes, acha que tem havido uma evolução em termos de cinematografia nacional?
Joaquim de Almeida: Nem sei quando foram os meus últimos projectos em Portugal. O cinema português infelizmente não tem dinheiro. Tem novos realizadores que estão a trabalhar muito bem, infelizmente este ano a Secretaria de Estado da Cultura não deu quase nada ao cinema, agora vemos que algum dinheiro foi atribuído. Eu gosto muito de cinema português, mas as pessoas não me tem oferecido papéis. Agora tenho um filme a estrear em França, "a gaiola dourada", é sobre a comunidade portuguesa em Paris. É um filme que vai sair 1 de Agosto em Portugal, estreou em Paris, ao qual estive a fazer publicidade e tem tido uma reacção muito boa. Infelizmente o cinema português está em más mãos e duvido que haja algum dinheiro para se fazer. Acho que temos grandes cineastas que filmam de forma diferente e é de louvar.


Pode nomear algum destes jovens cineastas que aprecia?
JA: Eu prefiro não dizer nomes porque não quero favorecer uns em detrimento de outros e são tão poucos. Há também dois tipos de cinema português, um de que gosto e outro que não gosto. O cinema português está numa fase delicada, mas Tabu, por exemplo, é um dos filmes que tem merecido grande destaque lá fora, Miguel Gomes, o realizador, tem muito talento. Há outros que são mais dirigidos ao cinema português.


Os chamados filmes comerciais?
JA: Não, eu não tenho nada contra os filmes comerciais. Eu acho um estilo fantástico, a cinematografia global não funciona sem este género. Em França, o cinema tem uma produção certa, para um público certo e eles podem fazer cinema de autor. Nós não temos dinheiro para fazer isso, se os portugueses não vão ver o cinema português às salas, então quem é que o vai ver?


Mas, referiu há pouco que havia dois tipos de cinema.
JA: O comercial e de autor. O Tabu é de autor, é bom cinema português. Há muitos que são muito Oliveira, ou o João Botelho de quem eu não sou grande apoiante. Em França há espaço para todo o tipo de cinema, que é o acho que deveria haver no nosso país. Só que não somos um país rico para ter dinheiro para desenvolver cinema. Os realizadores portugueses têm um dever que é mostrar cinema português aos portugueses. O filme que acabei de fazer em França pode-se chamar de comercial e vai ter grandes audiências. Em Portugal temos que olhar para a cultura, porque sempre que há crise quem sofre é a cultura e não justo. As pessoas que dela vivem também têm de continuar a trabalhar. Notámos que se sofre muito nos teatros com os subsídios pela metade, ou então são cortados por completo. Agora, ouço que deram mais algum dinheiro.

sábado, 04 maio 2013 13:11

Exótica sedução

É a nova colecção de Luís Onofre para esta primavera-verão 2013.

As cores vivas são uma das apostas do designer português de calçado Luís Onofre. São tons que dão o ar da sua graça numa colecção fresca e cheia de charme. As sandálias com tiras com saltos altos ou em cunha, ou ainda em plataforma conferem um andar ondulante e ao mesmo sofisticado. Os acessórios, como as malas, carteiras, as clutch e capas de iphone inspiram-se em padrões exóticos que aliás, dão o nome a toda a colecção. Luís Onofre é aliás, um dos designers de calçado preferido de muitas celebridades internacionais como Michelle Obama, a princesa Letizia de Espanha, Naomi Watts, Paris Hilton e Genoveva Casanova.

 

sábado, 04 maio 2013 13:07

Como a ana

"Como tu" é uma obra destinada aos mais jovens que conjuga a poesia e a ilustração na abordagem às temáticas da educação sexual, cívica e ambiental, escrita pela poetisa e tradutora, Ana Luísa Amaral. Foi uma conversa sobre livros que derivou para outras leituras.

Recentemente publicou um livro de poemas infanto-juvenil, "como tu", existe alguma diferença em termos de escrita?
Ana Luísa Amaral: Diferença, diferença, eu diria que nenhuma, porque se eu dissesse que escrever para jovens é diferente do que escrever para adultos até parece que se trata de uma coisa quase pornográfica, escrever para adultos, ninguém diz isso. Eu acho que é sempre escrever, a poesia pode ser boa ou má, o que sinto é que o processo de escrita é que é diferente. Não sinto angústia quando escrevo para crianças, mas sim prazer. Ao passo que nos outros livros de poesia, há também o prazer misturado com a dor. Eu não penso se a criança vai ou não perceber aquilo, é como se pusesse na pele de uma criança, então, escrevo.


A ideia para este livro como surgiu?
ALA: Inicialmente este livro surgiu de uma encomenda do teatro do campo alegre para o guião de uma peça, que foi encenada e vai voltar ao palco em breve, chamada "amor aos pedaços". Pediram-me para escrever, eu disse que o fazia em verso e eles disseram logo que sim. Os poemas falam das diferenças, da educação sexual, sobre a vida. Depois pediram-me se poderia colocar este texto em livro e o que fiz foi fazer ligeiras alterações, apenas coloquei títulos ao que já eram diálogos e acrescentei mais dois poemas. Depois tive a sorte de ter o Álvaro Teixeira Lopes, que é um pianista a tocar música do António Pinto Vargas e o Pedro Lamares, a Rute Pimenta a ler e eu também leio um bocadinho. O livro vem um CD.


Este é um país de poetisas? Diz-se que é um país de poetas, mas por norma se esquecem as mulheres.
ALA: É verdade, ainda se esquecem das mulheres. Eu acho que elas continuam a ser subalternizadas, menorizadas em muitas áreas. O país, a Europa, o mundo estão em crise e isto não é novidade nenhuma. Quando há uma crise se não estão asseguradas as igualdades básicas, seja entre os sexos, as classes e as raças, penso eu, os mais desfavorecidos, os mais frágeis, sofrem mais. Quero dizer com isto que a violência doméstica está a aumentar brutalmente, se houver necessidade de dispensar pessoas dispensam uma mulher em vez de um homem. Isto prova como a subalternização das mulheres ainda é uma realidade. A literatura reflecte essa realidade. Quando falo de poesia com os meus alunos pergunto: quantas mulheres conhecem a escrever poesia? Lá vão dizendo uns nomes. Depois digo: há cinquenta anos? Sofia Melo e Breyner. Um pouco antes...Florbela Espanca. E mais ainda? Eles param, não há. Se eu os questionar quanto ao nome de homens que escrevem poesia, a lista é infindável. Portugal é um país de poetas nesse ponto de vista, do poder simbólico. Mas, digo que há muitas mulheres a escreverem poesia, não há muitas poetisas não.


Referiu que há muitas mulheres a escrever poemas, mas existe já uma nova geração de poetisas? Nunca se houve falar delas também.
ALA: Sim, houvesse falar dos jovens poetas justamente. O que eu curioso é que literatura não acho que discrimina, mas a especialização técnica, a ciência, a filosofia, a crítica literária, essas tem discriminado. O que eu queria dizer com isto? Se tiver 10 pessoas a escrever poesia, homens e mulheres, vamos imaginar que cinco são do sexo masculino e as restantes do sexo feminino, fala-se mais dos poetas em detrimento delas. Há uma nova geração de poetisas, a Filipa Leal é um destes casos, não conheço sinceramente, muitas mais. Até porque agora, se publica muito cedo, é uma coisa que não compreendo muito bem é quando um jovem publica um livro de poesia aos 22 anos, ou até menos e já fala da minha obra. Obra é do Herberto Helder. É tudo muito rápido. Eu nesse aspecto acho que o Bauman e a modernidade líquida de que ele fala é verdade. As pessoas estão em constante mutação e faz com que nada estabilize e sedimente. Não esperam pelas coisas.

sábado, 04 maio 2013 13:03

O sobrevivente

Sérgio Godinho condensou num livro 40 anos de canções de sua autoria. Um percurso que refuta como sendo uma carreira, mas que visa ser sobretudo o assinalar de uma efeméride que se iniciou com o disco "sobreviventes".

40 letras, 40 canções é uma sumula de 40 anos de carreira, porque optar por um livro?
Sérgio Godinho: Eu achei que era interessante que as canções fossem reinterpretadas. Elas têm imagens imaginárias em si para cada pessoa, sempre gostei muito de pintura, das artes plásticas e sempre achei que era um cruzamento interessante e que um dia teria de ser feito. Era um velho trajecto que só foi concretizado agora, há dois anos, no ano dos meus quarenta anos de canções que assinalou o meu primeiro disco que é o "sobreviventes". Portanto, era uma aventura múltipla e uma repercussão das minhas canções no trabalho de outros criadores, fico muito contente como isto foi feito, porque o João Paulo Cotrim, o editor, é alguém que é extramente prestigiado no meio da ilustração e da banda desenhada. Foi a pessoa ideal para fazer estes cruzamentos, estes casamentos de canções, no caso de letras. É um outro universo, é como se houvesse outra música para essas canções.


Passados 40 anos somos o mesmo país que cantou no início da sua carreira?
SG: Tenho dois discos de antes do 25 de Abril, mas passados 40 anos não somos o mesmo país de maneira nenhuma. Não podemos falar de liberdade, há muitos atropelos, sobretudo há muito injustiça e desigualdade social. Eu saí durante 9 anos, vivi exilado, precisamente por causa de uma guerra colonial que foi criminosa. Desde logo, não existe essa realidade.


Digo isto porque as suas canções e do Zeca Afonso ouvem-se nas ruas e continuam actuais.
SG: Claro, porque há um ferrete social e económico que esta a atirar a gente para o desemprego, para um desespero social e isso é absolutamente verdade. Nesse aspecto as canções aplicam-se, porque falam disso, a maior parte não são estrictamente políticas, falam da vida, do amor, da sociedade, são críticas irónicas, personagens que vou inventando, é um universo ficcional que se cruza com a realidade. Mas, isso sempre aconteceu. A nossa sociedade sempre foi bastante imperfeita no acesso a uma boa vida económica, nomeadamente, a uma cultura que é algo com que nos temos que preocupar, porque é ela é muito pouco acarinhada.


A carreira que teve é algo com que sempre sonhou ou ultrapassou as suas expectativas?
SG: Não, nunca sonhei a longo termo. Foi um ímpeto criativo que me fez escrever canções e pelo meio escrevi outras coisas, como livros infantis. Agora, este ano, vai sair outro livro infanto-juvenil e estou a escrever contos, não para crianças, mas espero, para adultos. Mas, nunca sonhei a longo termo, por isso, quando atingi esta efeméride dos 40 anos, não quis que se chamasse 40 anos de carreira, porque pressupõe uma previsão ao longo termo de algo. As coisas foram acontecendo com previsão a menos, é um percurso digamos um pouco espontanista também faz parte de mim.

sábado, 04 maio 2013 12:59

O lugar do abandono

António Lopes da área do cinema e Ana Rodrigues uma mestranda em arquitecta filmaram ao longo de um mês a vida de uma fábrica, através de uma curta-metragem. O Lugar do abandono é um projecto universitário que ressuscitou a um dos muitos espaços abandonados, da era dos lanifícios, na cidade da Covilhã.

Como é que tudo começou?
António Lopes: Conhecemo-nos numa cadeira intitulada "cinema e outras artes" cujo objectivo era elaborar uma curta-metragem que associasse o cinema a uma arte, como a música, a dança, a pintura e como era óbvio tínhamos que fazer algo relacionado com arquitectura. Depois partimos da ideia de revisitar uma fábrica. Eu sou da Covilhã e estudei lá. A cidade sempre viveu dos lanifícios, agora, uma grande parte dessas estructuras é onde esta sediada a universidade e por toda a cidade principalmente em volta do rio e dos ribeiros existem grandes edifícios abandonados. Nós quiséssemos pegar nos pormenores constructivos de cada edifício.


Ana Rodrigues: Não filmámos o edifício como é feito de forma usual no cinema. Por norma, eles fazem parte da narrativa, aqui é o próprio espaço que vai contar a sua história através de elementos significativos que fomos encontrando. Embora ao longo da curta-metragem não mostremos a amplitude toda do edifício, porque ao ver-se o filme queremos que nos remita não só ao que se passou no edifício, mas também as outras histórias. Aí aparece o som.


Porquê escolheram aquela fábrica em particular? O que a distinguia dos restantes edifícios abandonados que existem na Covilhã?
AL: É das poucas fábricas que dá para visitar por dentro. A última vez que fomos já quase não tinha chão. Gravámos ao longo de um mês e íamos praticamente uma vez por semana, sempre a mesma hora. E de cada vez que lá íamos encontrávamos sempre algo diferente, já andavam a roubar os cabos eléctricos e havia sempre um monte de maquinaria amontoado que iria ser levado por alguém durante a noite. A nossa intenção era gravar apenas pormenores para não ser uma fábrica identificável, acho que poderíamos tê-lo feito em outro espaço. Esta tinha aspectos arquitectónicos mais importantes, as fábricas de lanifícios não costumam ter janelas, normalmente são áreas fechadas onde os trabalhadores quase não viam a luz do dia, esta distinguia-se porque ao longo do espaço havia grande janelas e isso foi uma das muitas coisas que filmámos. Eram interessantes esses pequenos detalhes que encontrávamos sempre nas janelas e quase não havia nada no lado oposto. Havia muito mais elementos que podíamos ter gravado, as contas que faziam dos materiais que escreviam nas paredes com lápis, acho que foi por uma facilidade em termos de produção e como não pretendíamos gravar na totalidade esta podia ser bom exemplo, excepto arquitectonicamente, porque de resto elas por dentro não variam muito.

É um jogo de luz e de sombras que procuraram?
AL: Mais ou menos. A ideia inicial não ser sobre a luz e a sombra. Mas, os meios de produção levaram a isso. Sempre gravámos com uma câmara, não havia iluminação, a fábrica não tinha electricidade e então tentámos aproveitar a luz do dia e as janelas que existiam para poder fazer o filme com um aspecto mais adequado.

 

sábado, 04 maio 2013 12:53

A paisagista cultural

 

Gabriela Albergaria é uma artista plástica portuguesa que vive e trabalha em Nova Iorque e que define a sua obra como a ideia de reconstrução de momentos, sejam observados ou a partir de mecanismos do sentir. A ideia de um local físico que desperta o desejo de executar uma determinada peça e a paisagem no sentido cultural, não a paisagem "selvagem".

Segundo as suas próprias palavras, a sua obra reflecte um entorno social, político e cultural, onde é que se encaixam essas vertentes em peças de arte relacionadas com a natureza?
Gabriela Albergaria: O que acontece é que de qualquer lugar que eu parto é um lugar físico e real. Ele é sempre um conjunto de coisas que são o domínio da cultura, do social e do político. O me interessa num lugar é perceber como o leio, qual é a sua história, se esta relacionado com o contemporâneo, que decisões foram tomadas para ser daquela determinada maneira e quais são os pontos que me podem interessar ali. É nesse sentido. É um confronto connosco e nós somos seres sociais e políticos.


A paisagem nas suas peças são descontextualizadas, como no caso da árvore, porque decide sempre reinterpreta-las?
GA: Não, é sempre assim. Talvez tenha sido o que eu escolhi para apresentar aqui, porque o tema era "o lugar e a representação". Do lugar parto de uma coisa real e as peças fazem isso, a árvore aparece por um acaso, não tenho nenhuma razão específica, há um fascínio de se ir conhecendo, foram as circunstâncias e as visitas que foi fazendo a vários jardins. Tudo foi acontecendo naturalmente no trabalho. A questão de descontextualizar, é que eu gosto muitas vezes de encontrar soluções que já estão feitas na natureza e como esta bem feito posso aportar para mim aquelas coisas que já existem para chamar à atenção para determinados pontos que me interessam. É um produto do meu trabalho. Interessa-me mais executar uma coisa nova sobre um determinado tema.


Algumas das obras chegam a ser muito violentas.
GA: Exactamente. Quando vê essas árvores elas assumem um momento poético, depois são extremamente violentas, porque são feitas com encaixes, se calhar obedecem a uma linguagem da escultura. Quando coloco um ramo ele não pode cair, tenho de encontrar uma forma de o agarrar, então encontrei esta linguagem que vem dos jardins, das cercas e das pontes. Tudo são soluções que encontro na maneira de trabalhar a natureza. É uma linguagem violenta, porque esta dentro de um museu, de uma sala, nós olharmos para ela de outra maneira. Se visse uma árvore na natureza a ser escoriada com uma madeira que tem um parafuso para se segurar, não dizia a mesma coisa. A minha função é sempre encontrada na natureza.


Visitou vários jardins, em diversos pontos do mundo. Porquê?
GA: Os jardins, mas não só, as paisagens, locais naturais, interessa-me. Andar pela natureza, com os pés na terra. É o que eu gosto.

sábado, 04 maio 2013 12:49

Seminário sobre o mar e a ciência

No dia 9 de Maio, pelas 9h30, no Instituto Superior de Ciências Politicas, em Lisboa.

Trata-se de mais uma sessão do ciclo de conferências do "Seminário do Mar: Ciência e Visão Estratégica", sobre o tema "a extensão da plataforma continental na perspectiva da ONU", pelo Comandante Aldino Santos de Campos. Este conjunto de palestras, que tiveram início em Abril e extendem-se até o mês de Junho, inserem-se no projecto "A Extensão da Plataforma Continental: Implicações Estratégicas para a Tomada de Decisão, financiado pela Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT), em parceria com a Marinha e a empresa ESRI-Portugal, no quadro do Centro de Administração e Políticas Públicas do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa. Uma iniciativa que visa sobretudo dar a conhecer ao público em geral a visão estratégica de Portugal sobre o Atlântico e o trabalho desenvolvido em termos de investigação científica pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental(EMEPC). À conferência, que durará cerca de 30m, seguir-se-á um debate. A entrada é livre.


A EMEPC tem como missão a preparação de uma proposta de extensão da plataforma continental de Portugal. "Criar um dicionário de dados oceanográficos e preparar a estrutura de base de dados de apoio ao projeto de extensão da plataforma continental de forma a poder servir, no futuro, um sistema de monitorização e gestão integrada do oceano. Promover o desenvolvimento de projetos de investigação e desenvolvimento orientados para a exploração dos dados e informação obtidos no desenvolvimento do projeto de extensão da plataforma continental; Reforçar o corpo científico nacional promovendo a realização de programas de doutoramento diretamente relacionados com o projeto de extensão da plataforma continental, nomeadamente em sistemas de informação geográfica (SIG), geologia, geofísica e direito internacional público; Dinamizar a publicação de um atlas de dados e informação do projeto de extensão da plataforma continental de Portugal e a participação de jovens estudantes e investigadores no projeto de extensão da plataforma continental, nomeadamente através da sua participação nos cruzeiros científicos a realizar para o efeito como contribuição para o esforço nacional de regresso ao oceano. E finalmente dar apoio na preparação de propostas de extensão da plataforma continental dos Estados com os quais o Governo Português venha a estabelecer acordos de cooperação neste domínio, como refere no seu site.
http://www.emepc.pt/

sábado, 27 abril 2013 14:50

A vintena da pimenta

É um dos símbolos da nação dos descobridores e como tal é um dos monumentos mais visitados de Portugal.


O mosteiro dos Jerónimos foi mandado erigir por obra e graça de sua majestade Dom Manuel I, rei de Portugal, para demonstrar o poder do seu ramo dinástico, mesmo á entrada do porto onde fundeavam as caravelas que vinham dos novos mundos conquistados pelos portugueses. Perdão, achados pelos Portugueses. Para que saibam a construção deste mosteiro foi paga com a vintena da pimenta, que representava 5% das receitas provenientes do comércio de África e do Oriente, 70 quilos de ouro por ano. Uma soma astronómica para a época. E como não poderia deixar de ser onde havia um símbolo de poder, também havia a cruz de Cristo. Foi o local de oração dos monges de São Jerónimo, que rezavam pela alma do soberano, da sua régia família e ainda prestava assistência espiritual aos mareantes.

 

sábado, 27 abril 2013 14:42

A minha língua é a minha pátria

 

A Casa da língua Portuguesa (CLIP), através da "âmago associação cultural", é um espaço de convergência de várias culturas do mundo lusófono, através das diversas vertentes das artes. Um projecto encabeçado por Bernice Bernstein e Valéria Carvalho que se traduz na peça de teatro "Chico em Pessoa" e não só.

Na peça "Chico em Pessoa" existe sempre uma dualidade, Portugal e Brasil, duas culturas opostas, musicalidades diferentes, mesmo na peça ONNI, que versa sobre a descoberta do Brasil, ela é encenada a partir do ponto de vista de ambos os povos.
Valéria de Carvalho: Na verdade a âmago é uma associação cultural que criou esse projecto que é a casa da língua portuguesa, que tem como missão a proximidade das comunidades através da arte. Trabalhámos em várias vertentes, o teatro, dança, audiovisual, literatura, artes plásticas e música. Trata-se de um projecto que estamos levando, eu e a Bernice Bernstein, esse espectáculo esta nesse âmbito, o que o oceano às vezes separa.


A peça surgiu porque o seu pai era fan do Chico Buarque, também há Fernando Pessoa porque quando chegou a Portugal lia muito esse autor e afirma que ambos têm um ponto em comum, são suburbanos, mas onde é que ambos são suburbanos?
VC: A ideia que tenho é ao contrário, Chico Buarque tem personagens controversos e suburbanos e Pessoa é outro lado, seria o inconsciente desses personagens, um seria o céu e outro é a terra.


Esta peça é uma viagem, porque as malas são muito importantes em cena, cada mala é uma mulher diferente.
VC: Também.


É também um períplo pela língua...foi esse o objectivo deste trabalho?
VC: É engraçado, eu acho que a viagem começa no fim da peça. Eu acho giro esse feedback, como as pessoas sentem esse espectáculo, ver como as pessoas o vêm, que o que criámos é aquilo que recebem. Eu acho que no fim quando faço aquela nau, é como um ultimato de Pessoa, o mundo quer sensibilidade nova, o mundo tem sede que se crie e ele até diz: eu proclamo saudando o infinito, é como se agora tivéssemos de resgatar o espirito daquelas pessoas, a raça dos descobridores.

 

sábado, 27 abril 2013 14:41

A voz do cidadão

É um programa emitido pela RTP 1 e que aborda as questões relacionadas com a programação televisiva.


A voz do cidadão é da responsabilidade do provedor do telespectador, na actualidade, José Carlos Abrantes, que aborda no programa as queixas, dúvidas e sugestões dos espectadores da televisão pública. Acima de tudo, procura responder essas inquietações que lhe são dirigidas por via escrita e lançar o debate junto dos profissionais da televisão sobre outros problemas que preocupam os telespectadores. É um conteúdo sóbrio, que gosto de assistir, porque responde mesmo as perguntas mais pertinentes e prementes da sociedade actual. Depois não foge das polémicas e acaba por fazer o que muito poucos programas fazem, serviço público! Algo que falta e muito à televisão dita pública e supostamente de todos os portugueses.

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